Galope à beira-mar: diferenças entre revisões
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*[http://www.poetaciceromoraes.com/2010/01/pernambuco-em-galope-beira-mar.html Pernambuco em Galope à beira-mar] |
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Revisão das 16h56min de 2 de fevereiro de 2015
O galope à beira-mar foi criado pelo repentista cearense José Pretinho. Conta-se que ele, após perder um duelo em martelo agalopado, foi retirar-se à beira-mar, e ali, vendo e ouvindo o marulho, imaginou o som de um galope. E fez os versos de onze sílabas (hendecassílabos), com a mesma estrutura de décima (estrofe de dez versos). Manteve o esquema rímico ABBAACCDDC usual no martelo agalopado.
Estrutura
- O galope à beira-mar é formado por uma ou mais estrofe(s) de 10 versos hendecassílabos, com o ritmo de tônicas nas posições 2, 5, 8 e 11, ou seja, um iambo e 3 anapestos.
- Uma exigência no galope à beira-mar é que o último verso sempre termine com a palavra "mar", no mínimo, sendo preferível terminar com "galope na beira do mar"
Versos hendecassílabos que têm o ritmo semelhante são considerados apenas versos com ritmo de galope à beira-mar, mas não identificados como o genuíno, pela falta dos requisitos exigidos, ou seja, estrofe com 10 versos, última palavra: "mar".
Exemplo
- Cantor das coivaras queimando o horizonte,
- das brancas raízes expostas à lua,
- da pedra alvejada, da laje tão nua
- guardando o silêncio da noite no monte.
- Cantor do lamento da água da fonte
- que desce ao açude e lá fica a teimar
- com o sol e com o vento, até se finar
- no último adejo da asa sedenta,
- que busca salvar-se da morte e inventa
- cantigas de adeuses na beira do mar.
- (“Galope à beira-mar” – Luciano Maia)[1]
Ligações externas
Referências