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Suas fotos, ao contrário do que propõe a maioria do fotojornalistas, foram, na maior parte das vezes, posadas. Uma vez, alguns monges recusaram-se a ser fotografados para uma matéria jornalística; Jean Manzon chamou dois amigos, vestiu-os com batas, tirou as fotos necessárias e as enviou para a redação, que as publicou como autênticas.
Suas fotos, ao contrário do que propõe a maioria do fotojornalistas, foram, na maior parte das vezes, posadas. Uma vez, alguns monges recusaram-se a ser fotografados para uma matéria jornalística; Jean Manzon chamou dois amigos, vestiu-os com batas, tirou as fotos necessárias e as enviou para a redação, que as publicou como autênticas.


Tinha espírito de aventura e não tinha medo e arriscar-se visitando locais remotos e selvagens do Brasil<ref>[http://memoriaviva.digi.com.br/ocruzeiro/17101964/171064_3.htm O Debret da Câmera. O Cruzeiro - 17 de outubro de 1964.]</ref>. Foi um dos primeiros fotógrafos, junto com Henri Ballot e José Pinto, a revelar ao mundo as diversas faces dos índios do Xingu.
Foi um dos primeiros fotógrafos, junto com Henri Ballot e José Pinto, a revelar ao mundo as diversas faces dos índios do Xingu e retratou os irmãos Villas Boas em suas expedições indianistas.


Até o início dos anos [[Década de 1980|1980]], era obrigatória a apresentação de documentários em todos os cinemas antes do filme principal. A partir de [[1952]], Jean Manzon dirigiu e produziu mais de 900 [[documentário]]s, vários deles a serviço do [[Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais|IPES]]. A maior parte foi veiculada nos cinemas de todo o Brasil. Durante o período da [[Ditadura militar no Brasil (1964-1985)|ditadura militar de 1964]], os documentários de Jean Manzon ficaram conhecidos pelos elogios às realizações e obras do governo.
Até o início dos anos [[Década de 1980|1980]], era obrigatória a apresentação de documentários em todos os cinemas antes do filme principal. A partir de [[1952]], Jean Manzon dirigiu e produziu mais de 900 [[documentário]]s, vários deles a serviço do [[Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais|IPES]]. A maior parte foi veiculada nos cinemas de todo o Brasil. Durante o período da [[Ditadura militar no Brasil (1964-1985)|ditadura militar de 1964]], os documentários de Jean Manzon ficaram conhecidos pelos elogios às realizações e obras do governo.

Revisão das 14h28min de 15 de abril de 2015

Jean Manzon (Paris, 2 de fevereiro de 1915 - Reguengos de Monsaraz, 1 de julho de 1990) foi um fotógrafo francês radicado no Brasil que inovou o fotojornalismo brasileiro.

Biografia

Começou trabalhando, na França, para as revistas Paris Match, Vu e Paris Soir.

Em 1940, mudou-se para o Rio de Janeiro fugindo da Segunda Guerra Mundial.

Trabalhou como como diretor de fotografia e cinema no Departamento de Imprensa e Propaganda do governo da ditadura de Getúlio Vargas com salários bem altos. Tornou-se o fotógrafo preferido de Getúlio Vargas que adorava ver fotos suas publicadas na imprensa internacional[1].

Em 1943, foi trabalhar na revista "O Cruzeiro", tornando-se parceiro do jornalista David Nasser em uma das mais notáveis e polêmicas duplas jornalísticas da história da imprensa no Brasil. As reportagens que fez em parceria com com David Nasser de 1943 a 1951 foram fundamentais para o sucesso de vendas da revista, cuja tiragem atingiu níveis inesperados para a época[2]. Tornou-se então o mais famoso fotógrafo brasileiro do período entre as décadas de 1940 e 1970.

Inovou o fotojornalismo brasileiro, até então pouco criativo, com novos enquadramentos, "closes" extremos e ângulos bizarros que atraiam a atenção dos leitores[1]. Fotografou Carmen Miranda e outros ícones brasileiros das décadas de 1940 e 1950, além de ter registrado clássicos da burguesia carioca, como desfiles de moda no Copacabana Palace. Viajou para Alemanha, onde registrou o Cabaré Berlim, e para Portugal, onde retratou a cantora fadista Amália Rodrigues.

Suas fotos, ao contrário do que propõe a maioria do fotojornalistas, foram, na maior parte das vezes, posadas. Uma vez, alguns monges recusaram-se a ser fotografados para uma matéria jornalística; Jean Manzon chamou dois amigos, vestiu-os com batas, tirou as fotos necessárias e as enviou para a redação, que as publicou como autênticas.

Foi um dos primeiros fotógrafos, junto com Henri Ballot e José Pinto, a revelar ao mundo as diversas faces dos índios do Xingu e retratou os irmãos Villas Boas em suas expedições indianistas.

Até o início dos anos 1980, era obrigatória a apresentação de documentários em todos os cinemas antes do filme principal. A partir de 1952, Jean Manzon dirigiu e produziu mais de 900 documentários, vários deles a serviço do IPES. A maior parte foi veiculada nos cinemas de todo o Brasil. Durante o período da ditadura militar de 1964, os documentários de Jean Manzon ficaram conhecidos pelos elogios às realizações e obras do governo.

Casou-se três vezes e teve dois filhos.

Referências

Ligações externas