Zina Aita: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
notas sobre a trajetória da artista
Linha 9: Linha 9:
Fixou-se em [[Florença]] onde estudou com [[Galileo Chini]]. Com esse conhecido mestre aprendeu e adquiriu especial pendor para as artes decorativas.
Fixou-se em [[Florença]] onde estudou com [[Galileo Chini]]. Com esse conhecido mestre aprendeu e adquiriu especial pendor para as artes decorativas.


Em seguida, retorna ao Brasil e trava conhecimento e amizade com vários intelectuais e artistas tais como [[Ronald de Carvalho]], [[Manuel Bandeira]], [[Oswald de Andrade]] e através deles, com [[Tarsila do Amaral]] e [[Anita Malfatti]].
Em seguida, retorna ao Brasil e trava conhecimento e amizade com vários intelectuais e artistas tais como Graça Aranha, [[Ronald de Carvalho]], [[Manuel Bandeira]], [[Oswald de Andrade]], di Cavalcanti e através deles, com [[Tarsila do Amaral]] e [[Anita Malfatti]].


De qualquer forma, o movimento estava instalado em [[São Paulo]] e culminaria na organização de três festivais, a 13, 15 e 17 de fevereiro do ano de [[1922]], durante os quais realizaram-se conferências, foram lidos [[poemas]] e trechos em prosa, foram executadas peças de [[música clássica]] e no saguão do [[Teatro Municipal de São Paulo]], onde tiveram lugar esses festivais, foram expostos desenhos, pinturas e obras de [[arquitetura]]. A esse movimento deu-se o nome de [[Semana de Arte Moderna de 1922]]. Não se tratava de um movimento revolucionário com a intenção de quebrar os padrões então vigentes. A Semana, na realidade, nasceu sob a iniciativa de artistas do Rio e São Paulo e o patrocínio de conhecidos nomes da alta burguesia paulistana e tinha por finalidade a renovação do ambiente artístico e cultural e sacudir a cidade do marasmo em que vivia. No entanto, insatisfeita com Belo Horizonte, a artista não encontra ambiente em São Paulo, mudando-se para o Rio de Janeiro.
Sob influência desses amigos, em [[1922]], participa da [[Semana de Arte Moderna]]. Essa Semana não traduz o início das manifestações de arte moderna no Brasil. Podemos dividir essas manifestações como anteriores e posteriores à Semana. A principal delas foi a exposição de [[Anita Malfatti]], realizada em São Paulo em 1917. A mostra gerou grande polêmica e opiniões pró e contra principalmente partidas de [[Monteiro Lobato]] de um lado, e de [[Oswald de Andrade]] de outro.

De qualquer forma, o movimento estava instalado em [[São Paulo]] e culminaria na organização de três festivais, a 13, 15 e 17 de fevereiro do ano de [[1922]], durante os quais realizaram-se conferências, foram lidos [[poemas]] e trechos em prosa, foram executadas peças de [[música clássica]] e no saguão do [[Teatro Municipal de São Paulo]], onde tiveram lugar esses festivais, foram expostos desenhos, pinturas e obras de [[arquitetura]]. A esse movimento deu-se o nome de [[Semana de Arte Moderna de 1922]]. Não se tratava de um movimento revolucionário com a intenção de quebrar os padrões então vigentes. A Semana, na realidade, nasceu sob o patrocínio de conhecidos nomes da alta burguesia paulistana e tinha por finalidade a renovação do ambiente artístico e cultural e sacudir a cidade do marasmo em que vivia. Vinda do Rio de Janeiro, dela participou Zina Aita como artista plástica.


=={{Ver também}}==
=={{Ver também}}==
Linha 32: Linha 30:
Quando expôs em 1922 em São Paulo, a artista manipulava uma pintura altamente estilizada, dentro do espírito Art Dèco, se bem que com reminiscências do Art Noveau e mesmo impressionistas.
Quando expôs em 1922 em São Paulo, a artista manipulava uma pintura altamente estilizada, dentro do espírito Art Dèco, se bem que com reminiscências do Art Noveau e mesmo impressionistas.
Trocando mais tarde, e cada vez mais, a pintura pelas artes industriais - chegou a se tornar na Itália importante ceramista, com intensa participação em diversas coletivas de monta, nas quais obteve inclusive prêmios.
Trocando mais tarde, e cada vez mais, a pintura pelas artes industriais - chegou a se tornar na Itália importante ceramista, com intensa participação em diversas coletivas de monta, nas quais obteve inclusive prêmios.
Sua importância, na arte brasileira, é antes de tudo histórica, sendo muito pouco o que dela aqui restou em museus e coleções, destacando-se obras no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo e na Coleção Mário de Andrade, do Instituto de Estudos Brasileiros da mesma Universidade.
Sua importância, na arte brasileira, é antes de tudo histórica, sendo muito pouco o que dela aqui restou em museus e coleções, destacando-se obras no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo e na Coleção Mário de Andrade, do Instituto de Estudos Brasileiros da mesma Universidade. Em 2014, participou da exposição Tarsila e Mulheres Modernas do Rio no MAR (Museu de Arte do Rio), com a tela Os calceteiros.


[[Categoria:Naturais de Belo Horizonte]]
[[Categoria:Naturais de Belo Horizonte]]

Revisão das 03h15min de 1 de junho de 2015

Zina Aita (Belo Horizonte, 1900Nápoles, 1967) foi uma pintora desenhista e ceramista brasileira.

Biografia

Pertencia a uma família de origem italiana e, bem jovem demonstrou pendores para a pintura e o desenho.

Após organizar uma exposição de seus primeiros quadros em Belo Horizonte, viajou à Europa durante o primeiro grande conflito mundial para melhor aprimorar-se nas artes.

Fixou-se em Florença onde estudou com Galileo Chini. Com esse conhecido mestre aprendeu e adquiriu especial pendor para as artes decorativas.

Em seguida, retorna ao Brasil e trava conhecimento e amizade com vários intelectuais e artistas tais como Graça Aranha, Ronald de Carvalho, Manuel Bandeira, Oswald de Andrade, di Cavalcanti e através deles, com Tarsila do Amaral e Anita Malfatti.

De qualquer forma, o movimento estava instalado em São Paulo e culminaria na organização de três festivais, a 13, 15 e 17 de fevereiro do ano de 1922, durante os quais realizaram-se conferências, foram lidos poemas e trechos em prosa, foram executadas peças de música clássica e no saguão do Teatro Municipal de São Paulo, onde tiveram lugar esses festivais, foram expostos desenhos, pinturas e obras de arquitetura. A esse movimento deu-se o nome de Semana de Arte Moderna de 1922. Não se tratava de um movimento revolucionário com a intenção de quebrar os padrões então vigentes. A Semana, na realidade, nasceu sob a iniciativa de artistas do Rio e São Paulo e o patrocínio de conhecidos nomes da alta burguesia paulistana e tinha por finalidade a renovação do ambiente artístico e cultural e sacudir a cidade do marasmo em que vivia. No entanto, insatisfeita com Belo Horizonte, a artista não encontra ambiente em São Paulo, mudando-se para o Rio de Janeiro.

Ver também



Nascida em Belo Horizonte (MG) e falecida em Nápoles. De origem italiana, foi com a família para a Itália ao ser deflagrada a Guerra de 1914-18, tendo iniciado seus estudos de arte com Galileo Chini, em Florença. Regressando ao Brasil, realizou sua primeira individual em 1920 em Belo Horizonte e pouco depois conheceu, no Rio de Janeiro, Manuel Bandeira, Ronaldo de Carvalho e outros modernistas, que a aproximaram do grupo modernista de São Paulo. Em 1922 foi um dos participantes da Semana de Arte Moderna de São Paulo, tendo exposto na mostra de artes plásticas os trabalhos A Sombra, Estudo de Cabeça, Paisagem Decorativa, Máscaras Siamesas, Aquarium, Figura e Painel Decorativo, além de 25 Impressões. No mês seguinte, março de 1922, realizou em São Paulo, na livraria O Livro, uma individual com 46 pinturas, obtendo sucesso de crítica e venda.

Em 1923, no Rio de Janeiro, participou do Salão da Primavera, embarcando já no ano seguinte para a Itália. Radicando-se em Nápoles, ali adquiriu e passou a dirigir uma fábrica de cerâmica. Em 1953 voltou por curta temporada ao Brasil. A arte de Zina Aita não pode ser de todo entendida sem menção à forte influência que sobre ela exerceu Galileo Chini (1873-1945), pintor, ceramista, cartazista e decorador, autor das pinturas ornamentais do Palácio Real de Bancoque, no Sião (não é demais recordar que Zina, na mostra de 1922, tinha uma obra denominada Máscaras Siamesas), senhor de uma estilização formal rigorosa, um dos principais representantes, na Itália, do chamado Style 1925.

Quando expôs em 1922 em São Paulo, a artista manipulava uma pintura altamente estilizada, dentro do espírito Art Dèco, se bem que com reminiscências do Art Noveau e mesmo impressionistas. Trocando mais tarde, e cada vez mais, a pintura pelas artes industriais - chegou a se tornar na Itália importante ceramista, com intensa participação em diversas coletivas de monta, nas quais obteve inclusive prêmios. Sua importância, na arte brasileira, é antes de tudo histórica, sendo muito pouco o que dela aqui restou em museus e coleções, destacando-se obras no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo e na Coleção Mário de Andrade, do Instituto de Estudos Brasileiros da mesma Universidade. Em 2014, participou da exposição Tarsila e Mulheres Modernas do Rio no MAR (Museu de Arte do Rio), com a tela Os calceteiros.