Female:pressure

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female:pressure é uma plataforma internacional feminista feita por e para mulheres DJ's, produtoras, artistas e pesquisadoras da área de música eletrônica. female:pressure foi iniciada na Europa (Alemanha e Áustria) em 1998 pela artistas Electric Indigo, Acid Maria e Gudrun Gut, entre outras.

Baseado na web, o banco de dados foi criado com o intuito de promover o apoio mútuo e a comunicação, bem como para servir de fonte de informação entre DJs, musicistas, produtoras, selos musicais e artistas plásticas e de música eletrônica do sexo feminino, transgênero ou feministas não-binárias. A rede oferece um banco de dados em código livre, bem como uma plataforma para compartilhamento de áudio e duas listas de discussão. O banco de dados é programado continuamente e contém links para as páginas web, bem como informações referentes à localização, área de trabalho e ao estilo musical de quase 2000 artistas em 73 países[1].

Objetivos e atividades[editar | editar código-fonte]

female:pressure enfatiza e valoriza a praticidade e a necessidade de redes e de comunicação na área da música eletrônica, onde, segundo muitos estudos, pode ser constatada uma grande desigualdade na representatividade entre os gêneros[2]. Sendo a falta de visibilidade uma das causas da baixa representatividade feminina, como afirmam os referidos estudos, dar visibilidade às artistas femininas é um dos objetivos principais da rede female:pressure. Além de cadastrar-se no site, as artistas também podem se inscrever em uma lista interna de e-mails, a qual oferece a oportunidade de troca, planejamento de novos projetos, ajuda, informações, compartilhamento de experiências e oportunidades de trabalho.

Desde 2013, a cada dois anos, female:pressura publica o Facts Survey[3], um levantamento da representação de gênero nos principais festivais de música. Além disto, a rede origina ações coletivas, como por exemplo Perspectives Festival[4] em Berlim, VISIBILITY[5] tumblr ou #Rojava Awareness & Solidarity Action.

Reflexos em países lusófonos[editar | editar código-fonte]

Brasil[editar | editar código-fonte]

No Brasil, a atuação da rede female:pressure inspirou as produtoras Daniella Pimenta, Débora Schuw, Milena Camilotti e Margô Pasheco a criarem o coletivo Mulheril[5], responsável pela organização de festas com lineup exclusivamente feminino. Um outro exemplo brasileiro é a Women´s Music Event (WME), uma plataforma de música, negócios e tecnologia vista por uma perspectiva feminina[6], iniciada pela jornalista e editora musical Claudia Assef e pela produtora cultural e advogada Monique Dardenne.

female:pressure mantém também uma parceria com o Sonora Ciclo Internacional de Compositoras, um festival internacional de composição e criação feminina, que teve origem no Brasil e é organizado de forma colaborativa por autoras/produtoras em diversas cidades do mundo (com 65 cidades e 16 países participantes da edição de 2017). A Sonora – músicas e feminismos, uma rede colaborativa que reúne artistas e pesquisadoras/es interessadas/os em manifestações feministas no contexto das artes, realiza três atividades regulares: um grupo de estudos com discussões de textos e sessões de escuta; a série vozes, que recebe mulheres artistas para falarem sobre seus próprios trabalhos; e a série visões que recebe pesquisadoras/es atuantes nas áreas de gênero e feminismos[7].

Links[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. «female:pressure site oficial». Consultado em 4 de junho de 2017 
  2. Montesanti, Beatriz (24 de julho de 2016). «Quais são os obstáculos para uma maior representação das mulheres na música». NEXO. Consultado em 4 de junho de 2017 
  3. Duarte, Mariana (16 de setembro de 2016). «Activismo na pista de dança». Publico. Consultado em 31 de maio de 2017 
  4. «Female: Pressure inaugurating Perspectives festival for female musicians». Wire. 20 de agosto de 2013. Consultado em 31 de maio de 2015 
  5. a b Elise, Jacqueline (6 de agosto de 2015). «Como uma Finlandesa Está Inspirando Brasileiras a Buscar mais Espaço na Cena Eletrônica». Thump. Consultado em 31 de maio de 2015 
  6. «Women´s Music Event». Consultado em 31 de maio de 2017 
  7. «Sonora: músicas e feminismos». Consultado em 4 de junho de 2017 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Revista AzMina e do e-zine Hard Grrrls: "14 festivais feministas de música pra você ficar de olho em 2017"

Revista Linda: "Artivismos digitais e cyberfeminismos", por Isabel Nogueira