Igreja de Nossa Senhora de Belém (Rio de Mouro)

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Igreja de Nossa Senhora de Belém, Rio de Mouro (século XVI).

A Igreja Matriz de Rio de Mouro, de invocação de Nossa Senhora de Belém, é uma construção quinhentista localizada em Rio de Mouro, Sintra, Portugal.

Consta que esta igreja foi construída por padres (monges) do Mosteiro dos Jerónimos, que tem a invocação de Santa Maria de Belém, por isso, à igreja de Rio de Mouro foi dada igualmente a invocação de Nossa Senhora de Belém. Exteriormente há uma torre de características comuns, com quatro pináculos nos acrotérios, muito usual em templos rurais do século XVIII, e um portal maneirista que ornamenta a fachada, encimado por uma lápide calcária onde pode ler-se a seguinte inscrição:

SACROTEMPLO DE NOSSA SNRA DE BELÉM 1563

Esta data tem sido aceite como correspondente ao ano de construção do templo. Mas existem no seu interior resíduos que são anteriores a 1563, como seja uma pia de água benta com encordoamento, peça do tipo manuelino e uma escultura de São Brás (século XVI), o que nos leva a pensar que a Igreja tenha sido construída anteriormente a esta data. Hoje em dia se encontra bastante descaracterizada por muitas intervenções, especialmente no século XVI e as que seguiram ao terramoto de 1755. No interior a decoração de azulejos instalada nos anos 60 substituiu o revestimento setecentista.

O altar é em talha de madeira. Nas naves direita e esquerda, existiam dois altares em talha dourada. O chão era em lage e existiam sepulturas perto do altar. O altar-mor e a nave são separados por um arco triunfal maneirista e o teto em abóbadas de berço é pintado. Na parede esquerda da capela-mor existe um baixo relevo marmórico com características renascentistas que ilustra a Anunciação, do século XV, provavelmente trabalho regional inspirado em modelos eruditos arcaizantes.

Referências bibliográficas[editar | editar código-fonte]

Nina - Rio de Mouro Velho: igreja resistente ao terramoto. In: Videira: revista paroquial de Rio de Mouro. – Rio de Mouro. ISSN 0874-7334. – Ano 1, N.º 1 (2000), p. 23.

Ver também[editar | editar código-fonte]

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