Imunofenotipagem

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A imunofenotipagem é uma técnica utilizada para se identificar qual o tipo exato de célula que compõe um determinado tecido, quando há dúvida diagnóstica na análise de biópsias.[1]

Geralmente é uma técnica eleita quando é preciso diferenciar entre células que têm o aspecto físico muito semelhante ao microscópio ótico (microscópio comum), mas que têm moléculas diferentes em sua membrana ou no seu citoplasma, atribuindo-lhes funções diferentes.

Um dos usos freqüentes da imunofenotipagem é, por exemplo, nas suspeitas de leucemia e de linfoma. Quando as células brancas (linfócitos) são examinados no microscópio comum, o examinador não tem como saber em detalhes se estas células são ou não da mesma família, pois são todas visualmente muito parecidas. O examinador só tem como saber se elas estão ou não estão elevadas em número, mas não tem como saber se são ou não do mesmo tipo.

Para isso, geralmente a imunofenotipagem é utilizada. É um exame no qual um anticorpo específico para a molécula que o investigador quer pesquisar, já marcada pelo examinador com algum colorante ou com radiação é colocado sobre o fragmento de tecido analisado[2] Caso este anticorpo "grude" na amostra analisada, isso significa que naquele tecido existe a molécula que o pesquisador está procurando.

Para cada molécula testada, há um anticorpo diferente que é utilizado. Com isso, o pesquisador consegue não só classificar as células que estão no tecido, como também consegue ver se são todas da mesma ´"família" ( no jargão técnico chamadas de monoclonais) ou se são de famílias diferentes ( chamadas de "policlonais"). No caso das leucemias e linfomas, geralmente são encontradas proliferações de células monoclonais.

Caso sejam achadas proliferações policlonais, o diagnóstico de leucemia ou de linfoma torna-se menos provável, sendo mais sugestivo de outras causas inflamatórias.

A imunofenotipagem pode ser aplicada para a pesquisa e diagnósticos mais precisos de inúmeras doenças, incluindo:

Referências

  1. «Título ainda não informado (favor adicionar)» (PDF). www.ciencianews.com.br 
  2. isso só é realizado em tecidos de pele já removidos do paciente, ou em amostras de sangue- nunca no paciente em si.