Ixaque ibne Muslim Alucaili

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Ixaque ibne Muslim al-Ucaili)
Ixaque ibne Muslim ibne Rebia Acim Alucaili
Nacionalidade Califado Omíada
Etnia Árabe
Progenitores Pai: Muslim
Ocupação General
Religião Islamismo sunita

Ixaque ibne Muslim ibne Rebia Acim Alucaili (Ishaq ibn Muslim ibn Rabi'a ibn Asim al-Uqayli) foi um general e governador do Califado Omíada na região da Armênia (Transcaucásia) e um forte apoiante do último califa omíada, Maruane II. Após a derrota de Maruane pela Revolução Abássida, inicialmente resistiu mas finalmente entrou em termos com os abássidas.

Vida[editar | editar código-fonte]

O avô de Ixaque, Rebia Acim Alucaili, foi um baçorano que lutou e morreu na Batalha do Camelo, depois da qual a família mudou-se para a Jazira. Junto com seus irmãos, Abedal Maleque e Issa, Ixaque foi um dos comandantes de Maruane ibne Maomé (futuro Maruane II) durante o governo do último na Armênia e Azerbaijão e suas campanhas contra os cazares.[1] Assim, em 738 ele derrotou o príncipe caucasiano Tumã Xá e capturou suas fortalezas.[2] Em 743/744, foi nomeado como comandante de Derbente (Babal Abuabe) e governador da Armênia (a província combinada da Armênia e Azerbaijão) e acompanhou Maruane em 745/746 na luta na Jazira, durante a Terceira Fitna. Ele então retornou para seu governo na Armênia, que parece ter mantido até o fim do Califado Omíada em 749/750.[1]

Dirrã do califa Maruane II (r. 744–750)

Naquele tempo, após a derrota de Maruane nas mãos dos exércitos da Revolução Abássida, reuniu os remanescentes dos exércitos omíadas e reagrupou os apoiantes de Maruane na Armênia e Jazira (as áreas que foram base de poder pessoal de Maruane) e estabeleceu-se com relatados 60 000 na fortaleza de Sumaisate (Samósata), esperando o avanço abássida. No evento, um termo negociado foi alcançado entre Ixaque e Abul Jafar (o futuro califa Almançor) e muitos dos líderes pró-omíadas começaram a aceitar as fileiras dos abássidas.[1][3] Assim, Ixaque tornou-se um dos membros mais influentes do conselho de Almançor,[4] e mesmo seu irmão Bacar, que participou na rebelião de Abedalá ibne Ali em 754, foi perdoado novamente e reabilitado, partindo para governar a Armênia sob Almançor.[1]

Referências

  1. a b c d Crone 1980, p. 106.
  2. Blankinship 1994, p. 174.
  3. Kennedy 1986, p. 49–50.
  4. Kennedy 1986, p. 57.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Crone, Patricia (1980). Slaves on horses: the evolution of the Islamic polity. Cambrígia e Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Cambrígia. ISBN 0-521-52940-9 
  • Kennedy, Hugh N. (1986). The Early Abbasid Caliphate: A Political History. Londres e Sidnei: Croom Helm. ISBN 0-7099-3115-8