Ixaque ibne Alabas ibne Maomé Alhaximi

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Ixaque ibne Alabás ibne Maomé Alhaximi (em árabe: إسحاق بن العباس بن محمد الهاشمي; romaniz.:Ishaq ibn al-'Abbas ibn Muhammad al-Hashimi) foi um governador do Iêmem do século IX para o Califado Abássida.

Vida[editar | editar código-fonte]

Ixaque foi um membro menor da dinastia abássida, sendo sobrinho dos califas Açafá (r. 750–754) e Almançor (r. 754–775). Ele é mencionado pela primeira vez em 817, quando esteve no Iraque desempenhando um pequeno papel de apoio ao anti-califa Ibraim ibne Almadi.[1]

Em 824, Ixaque foi nomeado governador do Iêmem pelo califal Almamune (r. 813–833) e chegou em Saná no final daquele ano. Seu governo na província provou-se ser extremamente tumultuado e ele foi logo acusado de tratar de forma severa os iemenitas. Os assuntos da províncias posteriormente tornar-se-iam tão desordenados que Almamune decidiu demiti-lo, e Maomé ibne Nafi foi nomeado em seu lugar.[2][3][4]

Em 830, Ixaque foi selecionado para liderar a peregrinação (haje) daquele ano,[5][6] e por volta da mesma época, foi reinvestido com o governo do Iêmem de modo a preencher o vácuo político que prevalecia na região após o assassinado do governador Abul Razi Maomé ibne Abedelhamide. Ixaque imediatamente dirigiu-se à província e estabeleceu-se em Saná, mas não agiu contra o assassino de Abul Razi, o rebelde Ibraim ibne Abi Jafar Almanaqui, a quem foi permitido reter sua posição nos planaltos meridionais. O segundo governo de Ixaque continuou até ele morrer ou ser demitido, tendo sido sucedido por Abedalá ibne Ubaide Alá ibne Alabás.[7][8][9][a]

Notas[editar | editar código-fonte]

[a] ^ Califa ibne Caiate apontou que Ixaque morreu no Iêmem em 215 A.H. (837), enquanto Van Arendonk sugeriu o ano de 216 A.H. (838) e alegou que ele teria sido sucedido por seu filho Iacube. Almadaje, por sua vez, afirmou que Ixaque chegou no Iêmem em 215 A.H. e foi "substituído" por Abedalá dois anos depois.[7][8][9]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Precedido por
Maomé ibne Abedalá ibne Muriz
Governador abássida do Iêmem
824–827
Sucedido por
Maomé ibne Nafi
Precedido por
Abul Razi Maomé ibne Abedelhamide
Governador abássida do Iêmem
830–c. 832
Sucedido por
Abedalá ibne Ubaide Alá ibne Alabás

Referências

  1. Atabari 1987, p. 53.
  2. Almadaje 1988, p. 212-13.
  3. Van Arendonk 1919, p. 100-01.
  4. Bikhazi 1970, p. 29.
  5. Atabari 1987, p. 183.
  6. Califa ibne Caiate 1985, p. 474.
  7. a b Califa ibne Caiate 1985, p. 475.
  8. a b Van Arendonk 1919, p. 101.
  9. a b Almadaje 1988, p. 214-15.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Bikhazi, Ramzi J. (1970). «Coins of al-Yaman 132-569 A.H.». Al-Abhath. 23: 3–127 
  • Almadaje, Abedal Mucine (1988). The Yemen in Early Islam (9-233/630-847): A Political History. Londres: Ithaca. ISBN 0863721028 
  • Atabari, Abu Jafar Maomé ibne Jarir (1987). Yar-Shater, Ehsan (ed.); Bosworth, Clifford Edmund (trad.), ed. The History of al-Ṭabarī, Volume XXXII: The Reunification of the 'Abbasid Caliphate. Albany, Nova Iorque: State University of New York Press. ISBN 0-88706-058-7 
  • Van Arendonk, Cornelius (1919). De Opkomst Van Het Zaidietische Imamaat in Yemen. Leida: E.J. Brill. ISBN 0863721028