José Luís Cabrita
| José Luís Cabrita | |
|---|---|
| Vereador da Câmara Municipal de Silves | |
| Período | 1986 - 1989 |
| Dados pessoais | |
| Nascimento | 23 de dezembro de 1930 Silves |
| Morte | agosto de 2018 (87 anos) Silves |
| Nacionalidade |  Portugal
|
| Ocupação | Contabilista, arqueólogo e vereador |
José Luís Cabrita (Silves, 23 de Dezembro de 1930 - Silves, Agosto de 2018), foi um político, contabilista e arqueólogo português.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Nascimento[editar | editar código-fonte]
José Luís Cabrita nasceu em 23 de Dezembro de 1930, na freguesia de Silves, no concelho com o mesmo nome.[1]
Carreira política e profissional[editar | editar código-fonte]
A sua ocupação principal foi como Técnico Oficial de Contas.[1]
Após a Revolução de 25 de Abril de 1974, que restaurou a democracia em Portugal, integrou-se na Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Silves, que entrou em funções em 19 de Junho daquele ano, tendo feito parte daquele órgão até Novembro de 1975.[2] José Luís Cabrita exerceu como vereador da Câmara Municipal de Silves entre 1986 e 1989, tendo sido eleito pelas listas da coligação Aliança Povo Unido.[1] Presidiu à Associação de Património Histórico-Cultural de Silves, tendo sido um dos proponentes para a recuperação do imóvel onde tinha sido descoberta uma cisterna árabe, em Silves, e a sua adaptação para o Museu de Arqueologia.[2] Também contribuiu com diversas peças para o espólio do museu.[2] Durante o seu mandato como vereador, foi responsável pela preservação e restauro de vários monumentos no concelho, como a cisterna árabe e o Menir dos Gregórios, e pela instalação do Museu Arqueológico.[3] Também convidou vários investigadores para estudarem o património de Silves, como José Hermano Saraiva, Caetano de Mello Beirão, Carlos Penalva, Rosa Varela Gomes e Mário Varela Gomes.[3] Incentivou igualmente o estudo da história entre a população local mais jovem, tendo a autarquia financiado, por sua iniciativa, várias licenciaturas em história e em arqueologia, e organizado vários cursos sobre o património cultural do concelho.[3]
Estimulou a realização de pesquisas arqueológicas na cidade de Silves, tendo participado em algumas delas, como por exemplo no Castelo de Silves, onde foi o primeiro investigador a identificar vários materiais e estruturas do período islâmico, e na Necrópole de Benaciate, onde descobriu várias estelas.[3] Também fez investigações na área da numismática, especialmente sobre as moedas da primeira dinastia, tendo lançado algumas obras sobre aquele tema.[3]
Estudou igualmente a história mais recente de Silves, com destaque para os movimentos de trabalhadores da indústria corticeira no concelho, tendo editado vários artigos sobre esses temas, no periódico Terra Ruiva.[4]
Falecimento e homenagens[editar | editar código-fonte]
José Luís Cabrita faleceu em Agosto de 2018, na cidade de Silves.[2] Deixou uma viúva e vários filhos.[1] O seu funeral teve lugar em 31 de Agosto.[4]
Na sequência do seu falecimento, a autarquia de Silves emitiu uma nota de pesar, onde destacou as suas investigações no campo da arqueologia, e pelos seus esforços na defesa da cultura e da democracia no concelho.[1]
Referências
- ↑ a b c d e «Nota de pesar pelo falecimento de José Luís Cabrita, antigo vereador da Câmara Municipal de Silves». Câmara Municipal de Silves. 3 de Setembro de 2018. Consultado em 28 de Julho de 2019
- ↑ a b c d «Faleceu José Luís Cabrita». Terra Ruiva. 3 de Setembro de 2018. Consultado em 28 de Julho de 2019
- ↑ a b c d e GOMES, Rosa Varela; GOMES, Mário Varela (4 de Setembro de 2018). «Silves perdeu importante defensor do seu património». Sul Informação. Consultado em 28 de Julho de 2019
- ↑ a b «Câmara de Silves manifesta pesar pela morte do antigo vereador José Luís Cabrita». Sul Informação. 3 de Setembro de 2018. Consultado em 28 de Julho de 2019
