Leopoldo Fróes

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Leopoldo Fróes
Nascimento 30 de setembro de 1882
Niterói
Morte 2 de março de 1932 (49 anos)
Davos
Ocupação Ator, Compositor, Letrista e Cantor

Leopoldo Fróes (Niterói, 30 de setembro de 1882Davos, 2 de março de 1932) foi um ator, compositor, letrista e cantor brasileiro.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Leopoldo Fróes desde pequeno, sempre sonhou em ser ator, mas seus pais eram completamente contra isso e não permitiram que ele seguisse seus sonhos. Formou-se então em Direito e seu pai lhe conseguiu um cargo diplomático.

Foi trabalhar em Paris, mas nunca era visto na Embaixada. Começou sua carreira de ator, então estreando no teatro em Portugal, em O rei maldito.

Em 1915, voltou ao Brasil e foi contratado pela Companhia de Dias Bragas. Depois de um tempo montou sua primeira empresa com a atriz Lucília Peres, de quem se separou depois de dois anos.

Fez grande sucesso no Rio de Janeiro e São Paulo entre 1917 e 1927. No cinema, trabalhou em Perdida(1916) e Minha noite de núpcias(1931). Escreveu para o teatro duas peças em três atos:Mimosa e Outro amor. Deve-se a Leopoldo Fróis a primeira tentativa séria, depois de João Caetano, de dar à arte cênica e sobretudo a dicção brasileira valor de curso estético.

Leopoldo Fróes faleceu no dia 1º de março de 1932. Durante a filmagem do filme Noite de Núpcias, o ator apanhou resfriado que evoluiu para uma tuberculose, sendo internado no Sanatório Davos-Platz, onde veio a falecer.[1]

Causa social[editar | editar código-fonte]

Além de todo esse fascínio pelos palcos, por atuar, interpretar e improvisar, Leopoldo Fróes tinha grande paixão pelo social. Em 1918, conseguiu juntar alguns amigos do meio artístico e jornalistas, como: Eduardo Leite, Mário Magalhães, Irineu Marinho, entre outros, para abraçarem uma causa social. Fundaram então o "Retiro dos Artistas", uma associação que pudesse acolher os artistas que não tinham mais amparo, que precisassem de ajuda.[2]

Em 1919, Leopoldo junto com seu grupo de amigos, conseguiu a doação de um terreno, de propriedade de Frederico Figner, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, aonde foi montado então o Retiro, que teve como primeiros moradores o casal Madalena e Domingos Marchisio.

O Retiro dos Artistas criado por Leopoldo Fróes existe até hoje. Com aproximadamente trinta e cinco casas, o lugar presta assistência a muitos artistas idosos que não têm lugar para morar.

Filmografia[editar | editar código-fonte]

Ano Título Personagem
1916 Perdida Reinaldo de Toneleiros
1917 A Viuvinha do Cinema
1931 Minha Noite de Núpcias João Pestana

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Revista do Globo, nº 5/Ano IV.
  2. Tania Brandão - Historiadora, pesquisadora de História do Teatro Brasileiro, professora, ensaísta, escritora, crítica de teatro (28 de abril de 2020). «A fome teatral e os arquitetos da solidão». Folias Teatrais. Consultado em 8 de julho de 2022