Marta Arruda

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Marta Arruda foi uma radialista, militante do movimento negro e movimento feminista, teve um programa com ampla audiência na década de 80, usou do seu espaço para denunciar a discriminação contras mulheres negras.[1] Fico conhecida por denunciar a falta de mulheres negras compondo Conselho Estadual da Condição Feminina (CECF). Desempenhou um papel crucial, já que sua denuncia sobre a ausência de mulheres negras no CECF, repercutiu na alteração do corpo do CECF e na criação de coletivos do feminismo negro. Seu ativismo cruzou caminho com grandes figuras como Sueli Carneiro[2][3][4]

Conselho Estadual da Condição Feminina (CECF)[editar | editar código-fonte]

O Conselho Estadual da Condição Feminina (CECF), surgiu em São Paulo na década de 1983, no período de redemocratização brasileira, visava discutir a condição da mulher, promover debates e propor projetos de políticas públicas que ampliassem os direitos das mulheres. Incialmente buscou atuar em âmbito, municipal, estadual e federal.[1] Foi marcado por crises internas: entre as diversas demandas do movimento social constatou-se a ausência de mulheres negras compondo o CECF. Dentre as 32 mulheres que compunham o CECF nenhuma delas era negra.[1] A radialista Marta Arruda foi a principal expoente da denúncia do que não haviam mulheres negras integrando o CECF, denunciou as barreias colocadas as mulheres negras para participarem no CECF e o processo de silenciamento que sofriam.[1] Suas denuncias sobre a invisibilidade da mulher negra no CECF em sua programa de rádio foi extremamente importante para ventilar o assunto, engajando diversas outras mulheres negras ativistas como Sueli Carneiro e Thereza Santos o que resultou na inclusão de mulheres negras no CECF e a criação de um coletivo feminista de mulheres negras.[3][5]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b c d Silva; Wolff, Tauana Olivia Gomes; Cristina Scheibe (2019). «O protagonismo das mulheres negras no Conselho Estadual da Condição Feminina de São Paulo (1983-1988)». Cadernos Pagu. Consultado em 19 de fevereiro de 2022 
  2. vanilapontes (20 de novembro de 2020). «OAB SP realiza o XXXVI Prêmio de Direitos Humanos Franz de Castro Holzwarth». Jornal da Advocacia. Consultado em 5 de março de 2022 
  3. a b «Sueli Carneiro - Literatura Afro-Brasileira». www.letras.ufmg.br. Consultado em 5 de março de 2022 
  4. «Thereza Santos – Teatróloga, professora, filósofa e militante negra». Geledés. 12 de julho de 2015. Consultado em 5 de março de 2022 
  5. disse, Mikah Ribeiro (8 de dezembro de 2018). «Você, mulher negra, deve ler imediatamente 'Escritos de uma vida', de Sueli Carneiro». Jornalistas Livres. Consultado em 5 de março de 2022