Modelo de Kübler-Ross

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O Modelo de Kübler-Ross (ou também Modelo de Sofrimento de Kübler-Ross) propõe uma descrição de cinco estágios discretos pelos quais as pessoas passam ao lidar com a perda, o luto e a tragédia. Segundo este modelo, pacientes com doenças terminais tendem a entrar em estado de autodepreciação e, como tal, necessitam de se apoiar em alguns conceitos de consciencialização do seu estado.

O modelo foi proposto por Elisabeth Kübler-Ross no seu livro On Death and Dying, publicado em 1969. Os estágios popularizaram-se e são conhecidos como Os Cinco Estágios do Luto (ou da Dor da Morte, ou da Perspectiva da Morte).[1] Embora seja referenciado e mais aceito na cultura popular e na mídia, os críticos do modelo afirmam que não existem provas empíricas da existência desses estágios e que ele não ajuda a explicar o processo de luto.[2][3][4]

Enumeração dos estágios[editar | editar código-fonte]

Os estágios são:[1]

  1. Negação: "Isto não pode estar a acontecer."
  2. Raiva: "Por que eu? Não é justo."
  3. Negociação: "Deixe-me viver apenas até ver os meus filhos crescerem."
  4. Depressão: "Estou tão triste. Por que devo me preocupar com qualquer coisa?"
  5. Aceitação: "Vai tudo ficar bem.", "Eu não consigo lutar contra isto, é melhor preparar-me."

Aplicabilidade[editar | editar código-fonte]

Kübler-Ross originalmente aplicou estes estágios para qualquer forma de perda pessoal catastrófica, desde a morte de um ente querido e até o divórcio. Também alega que estes estágios nem sempre ocorrem nesta ordem, nem são todos experimentados por todos os pacientes, mas afirmou que uma pessoa sempre apresentará pelo menos dois.

Outros notaram que qualquer mudança pessoal significativa pode levar a estes estágios. Por exemplo, advogados criminalistas de defesa experientes estão cientes de que réus que estão enfrentando a possibilidade de punições severas com pouca possibilidade de evitá-las frequentemente experimentam estes estágios, sendo desejável que atinjam o estágio de aceitação antes de se declararem culpados.


Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b Broom, Sarah M. (30 de agosto de 2004). «Milestones». TIME. Consultado em 5 de fevereiro de 2020. Arquivado do original em 24 de fevereiro de 2009 
  2. Stroebe, Margaret; Schut, Henk; Boerner, Kathrin (2017). «Cautioning Health-Care Professionals». Omega. 74 (4): 455–473. ISSN 0030-2228. PMC 5375020Acessível livremente. PMID 28355991. doi:10.1177/0030222817691870 
  3. Bonanno, George A. (2019) [2009]. The Other Side of Sadness: What the New Science of Bereavement Tells Us About Life After Loss (em inglês). Londres: Hachette UK. pp. 32–34. ISBN 978-1-5416-9942-7 
  4. «PHI350: The Stages in the Dying Process». Departamento de Filosofia. Universidade do Kentucky. Consultado em 5 de fevereiro de 2020 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]