Numeração das artes
A numeração das artes refere-se ao hábito de estabelecer números para designar determinadas manifestações artísticas.
O termo "sétima arte", usado para designar o cinema, foi estabelecido por Ricciotto Canudo no "Manifesto das Sete Artes",[1] em 1912 (publicado apenas em 1923).
Posteriormente, foram propostas outras formas de arte, umas mais ou menos consensuais, outras que foram prontamente aceitas como o caso da 9ª arte, que hoje em dia é uma expressão tão utilizada para designar a "Banda desenhada",[2][3][4] como é 7ª arte para o cinema.
Numeração das artes
Presentemente, esta é a numeração das artes mais consensual, sendo no entanto apenas indicativa, onde cada uma das artes é caracterizada pelos elementos básicos que formatam a sua linguagem e foram classificadas da seguinte forma:
- 1ª Arte - Música (som);
- 2ª Arte - Artes Cênicas (Teatro/Dança/Coreografia) (movimento);
- 3ª Arte - Pintura (cor);
- 4ª Arte - Arquitetura (espaço);
- 5ª Arte - Escultura (volume);
- 6ª Arte - Literatura (palavra);
- 7ª Arte - Cinema (integra os elementos das artes anteriores, principalmente a 8ª e no cinema de animação a 9ª).
Outras formas expressivas também consideradas artes foram posteriormente adicionadas à numeração proposta pelo manifesto:[nota 1][5][6][7]
- 8ª Arte - Fotografia (imagem);[8]
- 9ª Arte - Quadrinhos (cor, palavra, imagem);
- 10ª Arte - Vídeo Games (alguns jogos integram elementos de todas as artes anteriores somado à 11ª, porém, no mínimo, ela integra as 1ª, 3ª, 4ª, 6ª, 9ª artes somadas à 11ª desde a Terceira Geração, considerada portanto, a forma de arte definitiva);
- 11ª Arte - Arte digital (integra artes gráficas computadorizadas 2D, 3D e programação).
Numerações alternativas
Outras numerações, não tão consensuais, propõem o seguinte:
- Numeração mais utilizada
- Pintura;
- Escultura;
- Arquitectura;
- Dança;
- Música;
- Literatura;
- Cinema;
- Televisão;
- Banda desenhada;
- Jogos de Vídeo ou modelismo ferroviário;
- Multimédia/multimídia ou arte digital.
- Numeração menos utilizada
- Arquitectura;
- Escultura;
- Pintura;
- Música;
- Poesia;
- Dança, mímica, teatro e circo;
- Cinema;
- Rádio, televisão e fotografia ou agrupados em "media arts";
- Banda desenhada;
- Arte digital ou RPG ou jogos de vídeo ou modelismo ferroviário (e por extensão modelismo de uma forma geral);
- Culinária ou arte gráfica.
Notas
- ↑ É preciso clarificar, que quando se fala em numeração proposta pelo manifesto, está-se a referir aos números utilizados e não à sequência ou ao tipo de artes na listagem.
Referências
- ↑ Université de metz
- ↑ Este nome vem da série de artigos Neuvième Art, musée de la bande dessinée assinados por Morris no Jornal Spirou, entre 1964 e 1967 (o primeiro publicado em 17 de dezembro de 1964, especial de Natal, No. 1392 ). Esta classificação foi adotada e popularizado por Francis Lacassin em seu livro Pour un neuvième art, la bande dessinée. No entanto, aautoria da expressão foi reivindicada pelo crítico e historiador de cinema Claude Beylie ele usou pela primeira vez em março de 1964 na revista Lettres et Médecins (artigo La bande dessinée est-elle un art ? ") Fonte: Lettres et Médecins, suplemento literário de La Vie médicale,, edição datada de março 1964.
- ↑ ANDRAUS, Gazy, "O Meme nas Histórias em Quadrinhos (acessado em Janeiro de 2008) - a sétima arte é o cinema, a oitava a televisão, que se somam às seis formas artísticas consideradas "clássicas"
- ↑ No Brasil, também pode ser referida como oitava arte, Exem: O poeta, artista visual e professor Moacy Cirne se despede aos 70 anos Tribuna do Norte (01/11/2014)
- ↑ «Quais são as 7 artes tradicionais?». Entretenimento. Consultado em 13 de setembro de 2011 Verifique data em:
|acessodata=
(ajuda) - ↑ Alexandre Cunha. «11 Artes». Revista Don't Panic. Consultado em 13 de setembro de 2011 Verifique data em:
|acessodata=
(ajuda) - ↑ THE SPIRIT, DE FRANK MILLER: A opção estética e o domínio técnico na transcriação fílmica da obra de Will Eisner (PDF). [S.l.]: Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação. 2010. p. 5
- ↑ Pedro Vasquez (2003). O Brasil na fotografia oitocentista. [S.l.]: Metalivros. p. 1831. 295 páginas