O Evangelho de Van Gogh

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O Evangelho de Van Gogh (em espanhol El Evangelio de Van Gogh) é um espectáculo performativo das produções D. Mona que dá vida a um dos mais famosos pintores de sempre numa experiência única que une a história do pintor pós-impressionista Vincent Van Gogh, com o seu espírito missionário e artístico irreverentes, aos universos fantásticos da Biblioteca de Nag Hammadi [1][2][3]. O espectáculo foi nomeado ao Prémio Nazario da Fundación SGAE[4].

O espectáculo[editar | editar código-fonte]

O Evangelho de Van Gogh dá uma nova vida a Vincent Willem van Gogh, o pintor holandês considerado uma das figuras mais famosas e influentes da história da arte ocidental. Criou mais de dois mil trabalhos em pouco mais de uma década, tendo pintado cerca de 860 pinturas a óleo, entre as mais famosas estão A Noite Estrelada (1889), Auto-retrato com a orelha cortada (1889) ou Amendoeira em flor (1890). O teatro une-se à pintura, à música e à dança numa experiência multisensorial. O Evangelho de Van Gogh une a história do pintor pós-impressionista Vincent Van Gogh aos universos fantásticos do texto gnóstico Pistis Sophia, à Dismaland, de Bansky, e ao evangelho de Maria Madalena. O espectáculo é um evangelho de imagens, catastroficamente feminino: a maçã envenenada da Branca de Neve é a mesma que beijou os lábios de Adão, a cruz de Cristo é aquela que crucifica a mascote da McDonalds, a lua pintada por Gogh é a que foi pisada pelo astronauta James Irwin, e, por fim, as palavras vibrantes de Sophia (Deusa da Sabedoria) transformam o jardim do Éden num parque de diversões. O espectáculo é multilingue, falado em português, espanhol, inglês, taitiano e neerlandês[5].

Sílvia Raposo como Vincent Van Gogh

Pode ler-se na sinopse:

O evangelho de Van Gogh é herege. Raspou a tinta das escrituras para pintar A noite estrelada. O Evangelho de Van Gogh é erótico. Seduziu Paul Gauguin num campo de girassóis. O Evangelho de Van Gogh é astuto. Usou os paus do micado para desenhar os contornos de Eva.

O Evangelho de Van Gogh é instintivo. Arrancou o sagrado coração e escondeu-o na caixa do Monópolio. O Evangelho de Van Gogh é intrigante. Transformou em batatas o pão da última ceia e travestiu os apóstolos em camponeses do Ródano. O Evangelho de Van Gogh é arrojado. Sentou bisnagas de cores na roda gigante de Bansky. O Evangelho de Van Gogh é subversivo. Licitou as cadeiras de Mabunda e restaurou-as num quarto em Arles.

O evangelho de Van Gogh é vorazmente feminino. Veste em venús de Botticelli um fato Emporio Armani. O evangelho de Van Gogh vive às escuras numa neblosa pós-impressionista com a qual só podemos contactar como amantes de olhos fechados e lâmpadas nos dedos e na boca. As apóstolas de Van Gogh pedem perdão pelo inconveniente, but this is a revolution.

O espectáculo estreia mundialmente em Sevilha, integrando o festival EL FOC[6][7][7][8], chegando a Lisboa em Outubro de 2020 ao Centro Cultural de Carnide [9] e iniciando digressão nacional e internacional a partir desse mês por Cabo Verde e Madrid[10]. A primeira leitura encenada do espectáculo subiu à cena no Salão da Frida, em Coimbra, numa versão live-streaming[11].

O texto e encenação foram uma criação de Mónica Kahlo e Sílvia Raposo, o elenco é composto pelas actrizes Mónica Kahlo, Sílvia Raposo, Patrícia Borralho e Angela Canez, com ilustração de figurinos pintados pela artista plástica Élia Ramalho, criação e concepção de figurinos e direcção de locução por Helena Raposo, locução Narrativa em voz-off por Patrícia Borralho, Helena Raposo e Linda Valadas, interpretação em vídeo por Edevânia Mateus e Cenografia e desenho de luz e som por Mónica Kahlo e Sílvia Raposo[12]

Elenco[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «El Evangelio de Van Gogh». Revista El Giraldillo. 3 de Agosto de 2020. Consultado em 6 de Setembro de 2020 
  2. «Kusama e Warhol: o maior roubo da pop». Escena En Sevilla. 1 de Agosto de 2020. Consultado em 6 de Setembro de 2020 
  3. «Távora Teatro Abierto - El Evangelio de Van Gogh». FindLocal 
  4. Diario de Sevilla (4 de Setembro de 2020). «El Festival Cultura con Orgullo (FOC) llena Sevilla de teatro, exposiciones y proyecciones». TW News. Consultado em 10 de Setembro de 2020 
  5. «El Evangelio de Van Ghog.Espectáculo». Turismo Sevilla. Consultado em 6 de Setembro de 2020 
  6. «El Evangelio de Van Gogh». La Guia del sur. 2 de Agosto 2020. Consultado em 6 de Setembro de 2020 
  7. a b «El Evangelio de Van Gogh». Diario de Sevilla. 2 de Agosto 2020. Consultado em 6 de Setembro de 2020 
  8. Redactora AIGH (4 de Setembro de 2020). «Sevilla acoge del 15 de septiembre hasta el 4 de octubre el IV FOC». La Guia del Sur. Consultado em 10 de Setembro de 2020 
  9. «El Evangelio de Van Gogh». Europa Press. 2 de Agosto 2020. Consultado em 6 de Setembro de 2020 
  10. «Producciones D.Mona estrena en Sevilla su nueva obra El Evangelio de Van Gogh». La Super Agenda. 8 de Setembro de 2020. Consultado em 10 de Setembro de 2020 
  11. «Entradium El Evangelio de Van Gogh». Entradium. 1 de Agosto de 2020. Consultado em 6 de Setembro de 2020 
  12. «O Evangelho de Van Gogh». Produções D. Mona. 2 de Agosto 2020. Consultado em 6 de Setembro de 2020 

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