O Mequetrefe

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O Mequetrefe
O Mequetrefe
Primeira página do nº 2
Periodicidade Semanal
Sede Rio de Janeiro
Assinatura 16 mil Réis (anual, na sede)
Fundação janeiro de 1875
Fundador(es) Pedro Lima e Eduardo Joaquim Correia
Proprietário Eduardo Joaquim Correia (1879-1891)
Término de publicação janeiro de 1893

O Mequetrefe foi um jornal brasileiro, ilustrado e humorístico, publicado no final do século XIX, e com claro teor republicano, pelo qual passaram grandes nomes da literatura e da caricatura do país na época.

Fundado em 1875 no Rio de Janeiro (então a capital do país), teve duração até 1893 quando, após a morte de seu proprietário, veio finalmente a deixar de circular.

Fundação e primeiros anos[editar | editar código-fonte]

O jornal começou a circular em janeiro de 1875, por iniciativa de Pedro Lima e de Eduardo Joaquim Correia, sendo que este último veio a se tornar o único dono a partir de 1879.[1]

Embora o jornal trouxesse já num de seus primeiros números que não tinha orientação política - "não somos republicanos... mas também não somos monarquistas. Em princípios políticos, que se prendam a formas de governo, assim como em questões de nacionalidade, nem queremos ser vistos, nem cheirados" - na verdade era claramente republicanista, havendo surgido cinco anos antes da fundação do Partido Republicano, e por várias vezes sendo utilizadas alegorias claramente alusivas a esta forma de governo, como a mulher com um barrete frígio.[1]

Principais colaboradores[editar | editar código-fonte]

Participaram do Mequetrefe nomes como Artur Azevedo, Filinto de Almeida, Lúcio de Mendonça, Raimundo Correia, o português Henrique Lopes de Mendonça, Olavo Bilac, entre outros.[1]

Dos seus ilustradores estiveram em suas páginas caricaturistas como Antonio Alves do Vale, Antônio Bernardes Pereira Neto, Cândido Aragonez de Faria, Joseph Mill e até Aluísio Azevedo que, antes de se tornar um literato reconhecido, fazia ilustrações para o jornal.[1]

Encerramento[editar | editar código-fonte]

Com a morte do proprietário Eduardo Joaquim Correia, em maio de 1891, a sua viúva assumiu os negócios e colocou o cunhado José Joaquim Correia à frente do periódico, assim permanecendo por quase dois anos, quando finalmente encerrou a circulação, em janeiro de 1893.[1]

Referências

  1. a b c d e Aristeu Elisandro Machado Lopes (2011). «"O dia de amanhã": a República nas páginas do periódico ilustrado O Mequetrefe, 1875-1889». Scielo, após: História vol.30 no.2, dezembro de 2011. Consultado em 18 de outubro de 2017. Cópia arquivada em 18 de outubro de 2017