Opiliaceae

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaOpiliaceae

Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Santalales
Família: Opiliaceae
Géneros
Ver texto.

Opiliaceae é uma família de plantas angiospermas (divisão Magnoliophyta) que compõe a ordem Santalales. A família compreende cerca de 33 espécies descritas e catalogadas, as são divididas em 10 gêneros taxonômicos. Geralmente,  as plantas de Opiliaceae são parasitas de raízes. Essas plantas  podem ser árvores, arbustos ou lianas.[1]

Sua história taxonômica é complexa e devido a isso, é necessário que as relações desse grupo sejam mais exploradas.[2]

Atualmente, 10 gêneros são conhecidos:

Morfologia[editar | editar código-fonte]

As espécies da família Opiliaceae apresentam uma grande diversidade morfológica. Porém, possuem como características gerais: folhas simples e alternas, com pecíolo, nervação pinada e ausência de estípulas; essas plantas podem possuir  brácteas escamiformes e caducas.Geralmente, possuem formatos e tamanhos variáveis.[1]

Possuem diversos tipos de inflorescências, axilares ou caulifloras, que podem ser panículas, racemosas, umbeladas ou em forma de espiga. As flores,  diminutas e actinomorfas, são unissexuais ou bissexuais. Além disso, o perianto possui pétalas e sépalas livres ou pouco unidas na base e possuem estames livres e pétalas com o mesmo número de peças. O estilete, é curto ou ausente.[1]

O fruto, por sua vez, possui uma única semente  que preenche quase todo o interior do fruto e é envolto por um endoderma rico em óleo. No geral, podem ser arbustos, árvores ou lianas e, geralmente, são parasitas de raízes de outras plantas.[1]

Relações filogenéticas[editar | editar código-fonte]

Foram realizadas pesquisas sobre a família Opiliaceae a fim de estabelecer as relações entre os gêneros e entre espécies que a compõem, porém essas relações ainda não estão claras. Um estudo recente[2] realizou análises com base em dados moleculares e morfológicos, no qual examinaram algumas espécies para inferir dados filogenéticos nas relações dentro de Opiliaceae.

A partir disso, o clado, inclui quatro gêneros: Cansjera, Opilia, Pentarhopalopilia e Rhopalopilia.Agonandra e Gjellerupia apresentam  ausência de pétalas  nas flores femininas  como sua característica. Agonandra e Gjellerupia formam o clado.  Três especies de Urobortrya formam um clado, porem este clado não tem uma ordem bem resolvida para suas espécies. O clado Champereia, é caracterizado por uma florescência pinacular  e  tem um suporte com clado irmão de Agorandra. O clado Opilia geralmente tem uma plumosa inflorescência.[2]

Distribuição geográfica[editar | editar código-fonte]

A família Opiliaceae, em geral, é pantropical e neotropical, presentes em grande parte do mundo.  Alguns grupos ocorrem na Ásia e na Austrália, na América Central e América do Sul, outros porém, restritos a Madagascar.

O gênero Agonandra, exclusivamente neotropical, possui cerca de 10 espécies, as quais possuem diversas formas morfológicas[1] e está distribuído desde o noroeste a nordeste do México até o sul continental, através do leste dos Andes até o norte da Argentina e no Brasil.[3]

No Brasil, há a ocorrência apenas de Agonandra, gênero o qual está geograficamente distribuído no Norte (Acre, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins), Nordeste (Bahia, Ceará, Maranhão e Piauí), Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso) e Sudeste (Minas Gerais e São Paulo) do país.[4]

Flores - Agonandra brasiliensis

A distribuição fitogeográfica do gênero ocorre na Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e no Pantanal e está distribuído em matas ciliares ou de galeria, cerrado aberto, floresta sazonal decídua e semidecídua.[4][5]

Espécie nativa[editar | editar código-fonte]

Agonandra brasiliensis (pau marfim)[1]

Relações ecológicas[editar | editar código-fonte]

Parasitismo

O parasitismo radicular, na África e na Ásia, é presente em grande parte dos gêneros de Opiliaceae (cerca de 8 de 10 gêneros), havendo uma grande variedade de plantas hospedeiras. Além disso, o auto-parasitismo foi observado em todas as espécies estudadas.[2]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d e f Groppo Junior, M.; Pirani, J.R. (1 de dezembro de 2003). «Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Opiliaceae». Boletim de Botânica. 21 (2). 279 páginas. ISSN 2316-9052. doi:10.11606/issn.2316-9052.v21i2p279-281 
  2. a b c d Le, Chi-Toan; Liu, Bing; Barrett, Russell L.; Lu, Li-Min; Wen, Jun; Chen, Zhi-Duan (28 de dezembro de 2017). «Phylogeny and a new tribal classification of Opiliaceae (Santalales) based on molecular and morphological evidence». Journal of Systematics and Evolution. 56 (1): 56–66. ISSN 1674-4918. doi:10.1111/jse.12295 
  3. HIEPKO, Paul (2000). Opiliaceae. [S.l.]: Flora Neotropica 
  4. a b MARQUETE, Ronaldo (2005). «Reserva ecológica do IBGE—Opiliaceae» (PDF). Rodriguésia. Consultado em 30 de novembro de 2018 
  5. «Detalha Taxon Publico». reflora.jbrj.gov.br. Consultado em 30 de novembro de 2018 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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