Palacete de Frederika von Söhsten

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Palacete de Frederika von Söhsten
Início da construção 1860
Geografia
País Brasil
Cidade Recife

O Palacete de Frederika von Söhsten é um casarão histórico localizado na cidade do Recife, capital do estado brasileiro de Pernambuco. Funciona atualmente como casa de recepções.[1]

História[editar | editar código-fonte]

O palacete de número 251 da Rua Benfica, no bairro da Madalena, foi morada de Frederika Christiana Elizabeth von Söhsten (Dona Souci), oriunda de uma família de usineiros de Pernambuco.[1] Frederika era filha de Frederik von Söhsten, sócio-gerente e co-proprietário da Usina Pedrosa que exerceu o cargo de cônsul da Holanda, e de Dulce de Lima Cavalcanti, filha de Arthur de Siqueira Cavalcanti, também proprietário da Usina Pedrosa e fundador da Usina Caxangá, além de senhor dos engenhos Tapera e Caeté[2].

O casarão é um representante da fase neoclássica brasileira. Pertencia a um senhor de engenho que morava no número 15 numa localidade então conhecida como “Passagem da Madalena”, onde eram realizadas travessias feitas por balsas.[3] Segundo registros do livro genealógico da família Gomes Leal, a construção deste casarão foi no ano de 1860 por Marcelino Gonçalves da Fonte, com jardim e várias construções secundárias.[4]

Depois o casarão foi vendido a Manuel Marques Amorim e em 1919, foi comprada por João Cardoso Ayres, pai do pintor Lula Cardoso Ayres, que usava como ateliê a ala tipo senzala do local, conservada até hoje.[3] O palacete também foi moradia temporária do ex-governador de Pernambuco Carlos de Lima Cavalcante (1892/1967), e testemunhou o casamento de Dona Dulce de Lima Cavalcanti com Frederik von Söhsten. Por fim, em 1930, o casal Dona Dulce de Lima Cavalcanti e Frederick von Söhsten adquiriram a casa do proprietário João Cardoso Ayres Filho. Lá nasceu a filha única do casal Frederika Cavalcanti Von Söhsten [5].

Atualmente a propriedade pertence a uma casa de eventos.[4]

Estrutura[editar | editar código-fonte]

O terreno do palacete, considerando o casarão, jardim e demais construções existentes, compreende cerca de 6.890 m2, cercado por grades e portões de ferros voltados para a rua Benfica.[6] O edifício principal possui 900,50 m² de área construída, e foi erguido no centro do terreno com jardins e caminhos laterais para veículos. Apresenta características de um sobrado isolado de quatro águas da fase colonial, porém não possui os beirais à mostra. O assentamento está sobre uma plataforma elevada em uma base maciça, dando-lhe uma elegância e imponência. Não apresenta porões e arcadas.[4]

O gradeamento frontal é de ferro de fabricação inglesa, voltado para rua Benfica, mostrando-se os portões neogóticos. As grades estão assentadas sobre uma base de alvenaria e acabamento de pedra portuguesa. Destaca-se a exuberância das plantas do jardim, dando realce à edificação.[4]

O conjunto arquitetônico oitocentista foi tombado pelo Iphan em 1987.[7]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b «Benfica, a rua dos palacetes no Recife». Jornal do Commercio. Consultado em 17 de junho de 2020 
  2. «Genealogia Pernambucana». www.araujo.eti.br. Consultado em 19 de março de 2021 
  3. a b Pernambuco, Diario de (30 de agosto de 2018). «Os palacetes da Benfica do séc. XIX». Diario de Pernambuco. Consultado em 19 de março de 2021 
  4. a b c d Controladoria Geral da União, Secretaria Federal de Controle Interno (2014–2015). «Relatório de Fiscalização» (PDF). Presidência da República - Controladoria Geral da União. Consultado em 19 de março de 2021 
  5. «senzala | Fernando Machado». Consultado em 19 de março de 2021 
  6. «Recife - Palacete do Benfica -ipatrimônio». Consultado em 19 de março de 2021 
  7. «Bens tombados e processos de tombamento em andamento - Pernambuco» (PDF). Iphan. Consultado em 30 de junho de 2020 
Ícone de esboço Este artigo sobre patrimônio histórico no Brasil é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.