Papel eletrônico

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Esquema de papel eletrônico utilizando tecnologia eletroforética.

O papel eletrônico (em inglês: electronic paper, ou simplesmente e-paper), também conhecido por tinta virtual (em inglês: electronic ink, ou simplesmente e-ink), é o termo que designa tecnologias que procuram imitar o papel convencional com uma impressão eletrônica de textos e imagens, que podem ser apagadas ou alteradas a qualquer momento sem necessidade de um novo papel.[1]

O "papel" é constituído de um "sanduíche" de camadas transparentes e microesferas nas três cores básicas do sistema RGB, ou preto e branco para os equipamentos monocromáticos. A impressão funciona de modo análogo à impressão de fotocópias. Uma imagem "virtual elétrica" é formada em toners e, de acordo com a distribuição destas pelo toner, ocorre o giro e a recombinação das esferas no interior o e-paper, formando novas imagens. Sistemas mais avançados atuais dispensam uso de toners e máquinas de impressão, sendo possível a alteração das imagens por meio eletrônico em pequenos equipamentos e telas muito finas, recebendo os arquivos de uma conexão USB em qualquer computador ou diretamente através de redes sem fio, sem intervenção de um computador.

Entre os equipamentos já disponíveis, o leitor de livros digitais Kindle,[2] da empresa estadunidense Amazon, oferece conectividade wireless, permitindo ao usuário receber em qualquer lugar conteúdo novo, sejam livros, revistas ou jornais. No sistema Kindle, assinaturas de revistas e jornais são entregues pelo sistema sem fio automaticamente, de modo que novas edições são disponibilizadas ao usuário tão logo aprovadas pelo editor da publicação.

Vantagens[editar | editar código-fonte]

Leitor de livros digitais iLiad.

De acordo com projeções da OMC (Organização Mundial do Comércio) as reservas de papel disponíveis no mundo (plantações de árvores das quais é extraída a celulose) só teriam garantias até o ano 2040. Ou seja, já deveriam existir políticas que reduzissem o uso de papel. Com a popularização dos computadores, o consumo de papel, ao contrário do que se poderia imaginar, aumentou drasticamente tanto em empresas quanto em residências e escolas. O e-paper, parece uma alternativa interessante para determinados usos do papel, onde este por exemplo, é descartado após a utilização. A impressão de jornais e semanais, só para citar um exemplo, poderia se utilizar desta tecnologia. A atualização dos exemplares se daria por conexão com pontos de internet ou por redes sem fio.[3] Um dado importante: 70% dos custos de produção de um jornal se devem à compra dos rolos de papel e gastos com a distribuição física de exemplares.[carece de fontes?]

Usos[editar | editar código-fonte]

Celular Motorola F3 com tela com tecnologia de papel eletrônico.

Já está em estudo um conjunto de aplicações e utilidades para o e-paper. O papel eletrônico pode inaugurar uma nova geração de telas e ecrãs para televisores e computadores. Ao contrário das telas de cristal líquido atuais, o e-paper não emite luz. Ele funciona como refletor de luz, assim como o papel comum. O resultado disso é um maior conforto visual de quem utiliza a tecnologia. Celulares (telefones móveis), notebooks, laptops, televisores e até relógios e roupas podem incorporar a nova tecnologia. Mas o alvo principal são os leitores de livros digitais (e-Readers).[4]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Como funcionará a tinta eletrônica - Fazendo tinta eletrônica». Como Tudo Funciona (How Stuff Works Brasil). Consultado em 25 de janeiro de 2010 
  2. Kunze, Bia (12 de janeiro de 2010). «Review: Kindle - e-Ink». Blog Garota Sem Fio 
  3. «Tela de e-ink flexível pode ser o futuro dos jornais e livros». Fayer Wayer Brasil. 15 de janeiro de 2010 
  4. «Qual é o futuro dos e-readers?». Revista PC World. 13 de janeiro de 2010 
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