Physocalymma scaberrimum

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Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante (IUCN 3.1) [1]
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Myrtales
Família: Lythraceae
Género: Physocalymma
Espécie: P. scaberrimum
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Physocalymma scaberrimum (Nome científicol: Physocalymma scaberrimum Pohl) é uma espécie de planta da família Lythraceae[2].

Taxonomia[editar | editar código-fonte]

Árvore medindo entre 3 a 25 metros de altura, casca espessa e fendida; caducifólia; ramos jovens pubescentes. Copa alongada ou piramidal, com tronco ereto e cilíndrico; Folhas com 5-12cm de comprimento, 3,5-8cm de largura, opostas, ásperas, pecioladas, às vezes acinzentadas, ápice obtuso, acuminado, margem plana, base obtusa, às vezes oblíqua, pubescentes a subvilosas; pecíolo com 1-1,5cm. Inflorescências medindo de 10-18cm de comprimento; racemos terminais; flores opostas, pediceladas, bibracteoladas; tubo floral atro-violáceo, sem epicálice, campanulado a urceolado, pubescente; pétalas rosa-magenta a arroxeadas; estames numerosos. Os frutos são cápsulas deiscentes com coloração castanha; sementes muito pequenas (6 x 4mm), aladas, arredondadas. Plantadecídua, heliófita, seletiva xerófita, pioneira, característica e exclusiva de matas semidecíduas e de sua transição para o cerrado (cerradões), onde apresenta freqüência elevada, não obstante muito descontínua e irregular na sua dispersão. Ocorre predominantemente em capoiras e capoeirões na parte mais elevada do relevo, em solos argilosos de média fertilidade e bem drenados. Também muito freqüente como planta isolada em áreas de pastagens. Produz abundante quantidade de sementes disseminada pelo vento.[3]

Ocorrência[editar | editar código-fonte]

Ocorre em todo o nordeste do Brasil, estados do Goiás e Mato Grosso nas matas semidecíduas e cerradões.[4][5]

Morfologia[editar | editar código-fonte]

Altura de 5 a 10 metros, copa alongada piramidal. Em terrenos pobres e pedregosos adota porte arbustivo. Tronco com tendencia retilineas e cilindrico com casca rimosa (possui fendas) e áspera. Possui flores muito vistosas e de coloração lilás.[6] Fruto formato cápsula deiscente, com sementes aladas pequenas.[7]

Ecologia[editar | editar código-fonte]

Planta decídua, heliófila, seletiva xerófita, pioneira, produz abundante quantidade de sementes disseminadas pelo vento).[7] Os botões florais são visíveis entre os meses de julho a setembro. A florada ocorre entre os meses de agosto a novembro. No interior do estado de Goiás, tem sido relatada uma grande variação na tonalidade de rosa caraterístico das flores, variando entre rosa mais claro, praticamente branco ao quase violeta. Frutos imaturos são observados no mês de setembro; frutos maduros em outubro, com alguma variação regional. É uma espécie hermafrodita, capaz de realizar autofecundação ou fecundação cruzada, com polinização por entomofilia, especialmente por Melipona compressips manaosensis. Espécie decídua, heliófita, seletiva xerófica, pioneira, caracteristicas e exclusiva das matas semidecíduas e de sua transição para o cerrado (cerradão). Ocorre predominantemente nas capoeiras e capoeirões nas partes mais elevadas do relevo. Preferencia por solos argilosos de media fertilidade e bem drenados. Comumente encontrada como planta isolada em áreas de pastagens.[8]

Características[editar | editar código-fonte]

Pesada (densidade de 85g/cm³), muito dura ao corte, textura grossa, resistente e moderadamente duravel.[9]

Referências

  1. Botanic Gardens Conservation International (BGCI) & IUCN SSC Global Tree Specialist Group (2019). Physocalymma scaberrimum (em inglês). IUCN 2019. Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN. 2019​: 3.1. doi:https://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2019-2.RLTS.T144308707A149054963.en Página visitada em 26 de maio de 2023.
  2. SiBBr. «Species: Physocalymma scaberrimum (Cega-Machado)». ala-bie.sibbr.gov.br (em inglês). Consultado em 26 de maio de 2023 
  3. Ribeiro, Santuza Aparecida Furtado; Carlos, Roni Peterson; França, Glauco Santos; Oliveira, José Emílio Zanzirolani de (13 de outubro de 2020). «ESPÉCIES NATIVAS DE CERRADO DE USO ATUAL OU POTENCIAL DA REGIÃO DE BARBACENA-MG, BRASIL». Atena Editora: 195–208. Consultado em 3 de maio de 2023 
  4. «Physocalymma scaberrimum: Botanic Gardens Conservation International (BGCI) & IUCN SSC Global Tree Specialist Group». IUCN Red List of Threatened Species. 12 de junho de 2018. Consultado em 3 de maio de 2023 
  5. «Supplementary file 8. Summary of published reports of LFY function in a range of angiosperm species.». dx.doi.org. Consultado em 3 de maio de 2023 
  6. «Aplicabilidade de Sedimentos Estuarinos em Solos com Baixa Aptidão Agrícola: Efeito na Fertilidade do Solo, Nutrição e Crescimento das Plantas». 19 de agosto de 2020. doi:10.22533/at.ed.3319201908. Consultado em 3 de maio de 2023 
  7. a b Silva, Adriane de Andrade; Celso Antonio Jardim, Celso Antonio Jardim (outubro de 2008). «Interações envolvendo sistemas radiculares de forrageiras». Pubvet (10): 1–30. ISSN 1982-1263. doi:10.31533/pubvet.v02n10a394. Consultado em 3 de maio de 2023 
  8. Zacarias, Braga, Maria do Socorro Costa de Oliveira Diniz, Pedro Paulo Vissotto de Paiva André, Marcos Rogério de Bortoli, Caroline Plácidi Machado, Rosangela (12 de outubro de 2012). Molecular characterisation of Bartonella species in cats from São Luís, state of Maranhão, north-eastern Brazil. [S.l.]: Fundação Oswaldo Cruz, Fiocruz. OCLC 863403839 
  9. Santos, Cibele Pelissari dos. «Mobilização de células da papila apical por C-GSF para enriquecimento de populações de células-tronco». Consultado em 3 de maio de 2023