Chapa de identificação
Chapa de identificação é uma chapa que contém informações sobre o portator. As chapas de identificação são normalmente usadas por militares, primariamente para a identificação de mortos ou feridos. Um soldado geralmente possui duas chapas de identificação.
História
[editar | editar código-fonte]No mundo Antigo
[editar | editar código-fonte]A menção mais antiga de objetos de identificação de soldados vem da Grécia Antiga, por parte dos Espartanos, onde eles escreviam seus nomes em gravetos e os enrolavam com corda em seus pulsos de acordo com Polieno em sua obra Estratagemas da Guerra. Os romanos também usavam ao redor do pescoço, como uma chapa de identificação moderna, o Signaculum, um disco de metal identificando o soldado com o nome e o local de nascimento.[1]
Guerra Civil Americana
[editar | editar código-fonte]Durante a guerra civil americana foi quando vimos os primeiros casos de chapas de identificação modernas. Os soldados estavam preocupados que ao ser mortos, seus corpos seriam colocados em valas, ou enterrados com lápides sem nome. Eles escreviam seus nomes em suas roupas, ou em algum papel e o amarravam em seu corpo. Outros marcavam seus nomes em moedas velhas e as amarravam ao redor de seus pescoços. Os que podiam gastar, compravam chapas de metal e as prendiam ao corpo de alguma forma através de vendedores não governamentais. Estimativas indicam que 40% de todos os mortos da Guerra Civil Americana foram mortos não identificados.[2]
Devido a isso, os primeiros pedidos oficiais para a criação de chapas de identificação começaram a ser feitas em 1899 por Charles C. Pierce, um membro do exercito trabalhando no necrotério do exercito. Em 1906 então, o Exercito americano oficialmente começou a ordenar o uso geral de chapas de identificação por seus soldados.[3]
Guerra Franco-Prussiana
[editar | editar código-fonte]Durante a guerra Franco-prussiana, muitos soldados decidiram de forma voluntária usar chapas de identificação. Em 1870 o exercito Prusso, passou a exigir que soldados usassem chapas de identificação, sendo o primeiro no mundo moderno.[4]
Primeira Guerra Mundial
[editar | editar código-fonte]Durante a Primeira Guerra Mundial, as chapas de identificação sofreram o processo de crescente implementação, regulação e padronização de sua produção pelas potências envolvidas nesse conflito, por facilitar a identificação de soldados falecidos no campo de batalha. Nesta época, uma nova variação de chapa de identificação surgiu, no formato de duas plaquetas contendo informações idênticas de si para o soldado carregar: uma ficaria consigo ao morrer e outra seria levada pelas autoridades para registro de seu falecimento. Essa mudança ocorreu, devido ao recorrente problema sofrido pela Grã-Bretanha em identificar os corpos de seus soldados mortos em combate, por conta da única chapa presente no cadáver ser removida para ser enviada ao exército britânico, o que dificultava a identificação do corpo de soldados falecidos. Assim, essa variação de chapa de identificação se popularizou e foi adotada por diversos países envolvidos nesse conflito.[5]
Segunda Guerra Mundial
[editar | editar código-fonte]Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial e as chapas de identificação como apetrechos já estabelecidos no meio militar das nações que participaram dessa guerra, o modelo de plaqueta utilizado pelo exército norte americano se tornou o mais tradicional e reconhecido: duas chapas metálicas retângulares levemente circulares, duas correntes feitas de pequenas esferas circulares também metálicas e informações como nome, tipo sanguíneo, número de serviço, patente e religião, caso almejado pelo combatente.[3]
Usos Alternativos
[editar | editar código-fonte]Apesar da forte relação das chapas de identificação com o meio militar, também são utilizadas no meio civil para propósitos diversos, que vão desde a tradicional identificação até a fins estéticos, religiosos e outros.
Referências
- ↑ Lileks, James (19 de abril de 2022). «The history of dog tags». Star Tribune. Consultado em 23 de janeiro de 2023
- ↑ Labbe, Savannah (24 de outubro de 2016). «The Evolution of the Military Dog Tag: From the Civil War to Present Day». The Cupola: Scholarship at Gettysburg College. The Gettysburg Compiler: 5. Consultado em 20 de janeiro de 2023
- ↑ a b Lange, Katie (9 de setembro de 2020). «Dog Tag History: How the Tradition & Nickname Started». U.S. Department of Defense (em "inglês"). Consultado em 20 de janeiro de 2023
- ↑ «A Brief History of Dog Tags». CC Military Surplus. 3 de janeiro de 2014. Consultado em 2 de fevereiro de 2023
- ↑ O'Mara, David (1 de maio de 2020). «Identifying the Dead: a Short Study of the Identification Tags of 1914-1918». Western Front Association. Consultado em 16 de dezembro de 2022
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «"A Battlefield Souvenir?"» (PDF). - A história de um Disco de Identidade Unida na Guerra Civil. (inglês)
- Captain Richard W. Wooley. "A Short History of Identification Tags." Quartermaster Professional Bulletin; dezembro de 1988. (inglês)
- The Importance Of Military Dog Tags And How They Are Used. [1] Card Imaging Master. (inglês)
- Kyle Mizokami. 'Smart Dog Tags' Could Help Soldiers Monitor Chaotic Battlefields. Popular Mechanics; 4 de outubro de 2021. (inglês)
- Patricia Furstenberg. The Story of Military Dog Tags Travel through Books; 18 de julho de 2020. (inglês)
- Loja de Dog Tags customizadas para consumo civil. Military Dog Tags Maker. (inglês)