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A Paixão segundo São João, BWV 245 (em alemão: Johannes-Passion), é um oratório sacro de Johann Sebastian Bach. A peça foi composta em Leipzig, no inverno que precedeu a sexta-feira santa de 1724.

A obra é uma representação dramática do texto contido no Evangelho de João, emoldurada por dois corais (abertura e final) e dramatizada de forma reflexiva em recitativos, corais, ariosos, e árias. Comparada com a Paixão segundo São Mateus, BWV 244, a Paixão segundo São João tem sido descrita como mais extravagante, com um andamento expressivo, as vezes desenfreado e menos "acabado".

A Paixão é uma obra de ocasião, e por regra, foi ouvida apenas uma única vez. Obra muito elaborada artisticamente, o que o ouvinte não conseguia entender em termos estéticos, como disse Chafe, era compensado por seu conhecimento de uma rede de intenções que ligavam a experiência religiosa de cada um ao seu contexto cultural e religioso maior. A principal dentre essas intenções era apresentar o caráter dinâmico da experiência religiosa num programa didático sequencial de afetos e formas com que o ouvinte comum pudesse se identificar, criando uma ponte entre as Escrituras e a fé, à luz, naturalmente, da tradição hermenêutica fundada por Lutero. Para conseguir esse objetivo, além do conteúdo explícito dos textos, Bach recorria a um rico repertório de elementos puramente musicais para ilustrar e enfatizar o texto, elementos que por sua vez estavam associados a uma série de convenções simbólicas e alegóricas então de domínio público, um procedimento típico do Barroco em geral, no caso aplicado aos propósitos do Protestantismo.

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