Regra do salto do rei

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abcdefgh
8
a8 preto torre
b8 preto cavalo
c8 preto bispo
e8 preto rei
f8 preto bispo
g8 preto cavalo
h8 preto torre
a7 preto peão
b7 preto peão
c7 preto peão
d7 preto peão
f7 preto peão
g7 preto peão
h7 preto peão
d4 branco peão
e4 branco peão
h4 preto rainha
g3 preto peão
a2 branco peão
b2 branco peão
c2 branco peão
h2 branco peão
a1 branco torre
b1 branco cavalo
c1 branco bispo
d1 branco rainha
e1 branco rei
f1 branco bispo
g1 branco cavalo
h1 branco torre
8
77
66
55
44
33
22
11
abcdefgh
Posição antes do salto do rei

Salto do rei, na história do xadrez, foi uma regra que permitia que o rei, em seu primeiro movimento, pudesse saltar para qualquer casa não ocupada, distante até duas casas da sua casa original, ou seja, de e1 para c1, c2, c3, d3, e3, f3, g3, g2 ou g1, desde que não estivesse em xeque.[1]

Esta regra estava descrita por Cessoles em seu tratado sobre xadrez, escrito em latim no século XIII. A ideia desta regra é que o rei, independente da sua marcha normal, pode exercer as atribuições das peças que estão subordinadas a ele, porém apenas em foro íntimo.[1]

Esta regra antecedeu à regra do roque, que surgiu no começo do século XVI, na Itália, e as duas regras coexistiram por um tempo, até o fim do século XVII.[2]

Salvio (1723) dá um exemplo de abertura onde se emprega o salto do rei:[3]

1.e4 e5
2.f4 exf4
3.d4 Dh4+
4.g3 fxg3
5.Rg2

Na continuação desta linha:[4]

5.... gxh2
6.Txh2 Dxe4+
7.Cf3

as brancas tem um forte ataque.[4]

Referências

  1. a b Règles du jeu des échecs, adoptées par la Société des amateurs d'échecs de St. Pétersbourg, comme base d'un code universal de ce jeu: suivies de notes explicatives contenant l'histoire et la critique de chaque règle (1854), p.62 [google books]
  2. Règles du jeu des échecs, adoptées par la Société des amateurs d'échecs de St. Pétersbourg, comme base d'un code universal de ce jeu: suivies de notes explicatives contenant l'histoire et la critique de chaque règle (1854), p.63
  3. Règles du jeu des échecs, adoptées par la Société des amateurs d'échecs de St. Pétersbourg, comme base d'un code universal de ce jeu: suivies de notes explicatives contenant l'histoire et la critique de chaque règle (1854), p.70
  4. a b Carl Jaenisch, Le Sphinx: journal des échecs (1865), ed. Paul Journoud, Vol 1-2, Des gambits du roi irréguliers, p.130 [google books]