Relatório Lalonde

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O relatório Lalonde foi um relatório produzido em 1974 no Canadá, sob o nome de A new perspective on the health of Canadians (Uma nova perspectiva da saúde de canadenses).[1]. É considerado o "primeiro relatório governamental moderno no mundo ocidental a reconhecer que a ênfase em assistência médica sob um ponto de vista biomédico é errado, e que é necessário olhar além do sistema tradicional de saúde (tratamento dos doentes) se o objetivo é melhorar a saúde do público."[2]

O nome do relatório provém de Marc Lalonde, que era o Ministro da Saúde do país à época. Lalonde propôs um novo conceito de saúde.[1] Ele notou que a "visão tradicional da saúde é que a arte da medicina é a fonte onde o qual todas as melhorias na saúde surgiram, e que a crença popular iguala saúde com a qualidade da medicina."[1] Lalonde propôs que a saúde poderia ser classificada em quatro elementos gerais: biologia, ambiente, estilo de vida, e organização da assistência sanitária;[1] isto é, determinantes da saúde fora do sistema de assistência sanitária.

O relatório enfatizou a responsabilidade de cada indivíduo em mudar seus comportamentos para melhorar sua saúde.[3] Outra inovação do relatório é que "propôs que intervenções da saúde pública deveriam dar ênfase em segmentos da população de maior risco."[4] O relatório também foi fundamental na identificação de desigualdades sanitárias.

Referências

  1. a b c d Lalonde M. A new perspective on the health of Canadians. A working document. Arquivado maio 8, 2009 no WebCite Ottawa: Government of Canada, 1974.
  2. Lemco J. National health care: lessons for the United States and Canada. Ann Arbor: University of Michigan Press, 1994. ISBN 0472104403.
  3. Minkler M. Health education, health promotion and the open society: an historical perspective. Health Educ Q 1989 Spring;16(1):17-30.
  4. Frohlich KL, Potvin L. Transcending the known in public health practice. The inequality paradox: the population approach and vulnerable populations. Am J Public Health 2008 Feb;98(2):216-21.