Rivaldo Barbosa

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Rivaldo Barbosa
Rivaldo Barbosa
Rivaldo Barbosa
Chefe da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
Período 13 de março de 2018
até 31 de dezembro de 2018
Dados pessoais
Nome completo Rivaldo Barbosa de Araújo Junior
Nascimento 31 de maio de 1969 (54 anos) [1]
Rio de Janeiro, RJ
Nacionalidade brasileiro
Alma mater UNISUAM
Profissão Policial civil
Professor

Rivaldo Barbosa de Araújo Junior (Rio de Janeiro, 31 de maio de 1969)[1] é um policial civil e ex-professor universitário brasileiro.[2][3] Foi chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro entre março e dezembro de 2018, quando o Estado estava sob intervenção federal na área segurança pública.[4] Assumiu o cargo um dia antes do assassinato da vereadora Marielle Franco, no qual seria o responsável por coordenar as investigações.[5]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Barbosa foi militar da Aeronáutica por 15 anos,[6] e formou-se em direito em 1998, pelo Centro Universitário Augusto Motta.[7] Em 2002, foi para reserva e entrou para a Polícia Civil do Rio de Janeiro como delegado. Em 2008, assumiu a Subsecretária de Inteligência, durante a gestão de José Mariano Beltrame na secretária de segurança. Em 2012, foi nomeado delegado titular da Divisão de Homicídios da Capital, sendo responsável por investigar casos de grande repercussão, como o assassinato da juíza Patrícia Acioli (ocorrido em 2011) e o desaparecimento do pedreiro Amarildo Dias de Souza.[8] Também foi coordenador geral das delegacias de homicídios do Estado.[9]

Em 22 de fevereiro de 2018, foi anunciado como chefe da Polícia Civil, no qual tomou posse em 13 de março.[6] No fim do ano, deixou o cargo, após o encerramento da intervenção federal na segurança pública no Estado. O relatório da Polícia Federal aponta que as investigações sobre pelo menos cinco mortes violentas que tiveram a participação do chamado "Escritório do Crime", no Rio de Janeiro, não foram concluídas pela Delegacia de Homicídios (DH) da Capital. Os assassinatos, que foram motivados principalmente pela disputas com caça-níqueis, ocorreram entre 2011 e 2018.[10][11]

Assassinato de Marielle Franco[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Assassinato de Marielle Franco

No dia seguinte a posse como chefe da Polícia Civil, ocorreu o assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes. Na época, Barbosa reuniu-se com parentes das vítimas e afirmou que a elucidação do caso seria uma questão de honra.[12] A investigação do caso ficou sob responsabilidade de Giniton Lages, nomeado pelo próprio Barbosa.[13]

Em novembro de 2019, foi acusado pela Polícia Federal de ter recebido R$ 400 mil para obstruir o caso.[14] Em 24 de março de 2024, foi preso junto aos políticos Chiquinho Brazão e Domingos Brazão, como um dos suspeitos de ser o mandante da morte de Franco.[15] A prisão ocorreu após a homologação da delação premiada de Ronnie Lessa, envolvido nas mortes de Marielle e Anderson.[16]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b «2023.0059871-SR/PF/RJ – Inq n.º 4954/DF» (PDF). 24 de março de 2024. Consultado em 24 de março de 2024 
  2. Oliveira, Fábia (24 de março de 2024). «Marielle: delegado preso é coordenador do curso de direito da Estácio». www.metropoles.com. Consultado em 24 de março de 2024 
  3. «Rivaldo Barbosa é demitido de universidade onde lecionava Direito». UOL. 24 de março de 2024. Consultado em 26 de março de 2024 
  4. «Rivaldo Barbosa: saiba quem é o chefe de polícia preso por morte de Marielle». O Globo. 24 de março de 2024. Consultado em 24 de março de 2024 
  5. «Caso Marielle: Rivaldo Barbosa virou chefe da PCRJ na véspera do crime | Metrópoles». www.metropoles.com. 24 de março de 2024. Consultado em 24 de março de 2024 
  6. a b «Delegado Rivaldo Barbosa é o novo Chefe da Polícia Civil do Rio». O Globo. 6 de março de 2018. Consultado em 24 de março de 2024 
  7. Saleme, Isabelle. «Quem é Rivaldo Barbosa, delegado que teria planejado a morte de Marielle?». CNN Brasil. Consultado em 25 de março de 2024 
  8. «Apontado como mentor do crime, Rivaldo Barbosa assumiu chefia da Polícia Civil na véspera do atentado contra Marielle». G1. 24 de março de 2024. Consultado em 25 de março de 2024 
  9. «Caso Marielle: Delegado preso pela PF assumiu chefia um dia antes do crime». UOL. 24 de março de 2024. Consultado em 24 de março de 2024 
  10. Marco Antônio Martins (26 de março de 2024). «Investigações de 5 mortes do 'Escritório do Crime' no Rio não foram concluídas sob gestão Rivaldo, diz PF». G1. Consultado em 26 de março de 2024 
  11. «Cinco mortes do 'Escritório do Crime' no Rio não foram concluídas na gestão de Rivaldo Baborsa, aponta PF». Terra. 26 de março de 2024. Consultado em 26 de março de 2024 
  12. Dia, O. (24 de março de 2024). «'Minha filha confiava nele', diz mãe de Marielle Franco sobre prisão de Rivaldo Barbosa | Rio de Janeiro». O Dia. Consultado em 24 de março de 2024 
  13. Saleme, Isabelle. «Como o delegado do caso Marielle pode ter ajudado a obstruir as investigações?». CNN Brasil. Consultado em 25 de março de 2024 
  14. «PF associa delegado a propina de R$ 400 mil para obstruir Caso Marielle». noticias.uol.com.br. Consultado em 24 de março de 2024 
  15. «Prisão de ex-chefe da Polícia Civil surpreende família de Marielle». Folha de S.Paulo. 24 de março de 2024. Consultado em 24 de março de 2024 
  16. «Delação de Ronnie Lessa foi decisiva para prender suspeitos de mandar matar Marielle». G1. 24 de março de 2024. Consultado em 24 de março de 2024