Segurança condominial

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A segurança condominial é um ramo especializado da segurança que tem como principal objetivo atuar preventivamente na preservação de vidas em complexos residenciais ou comerciais que podem apresentar-se na forma horizontal ou vertical.

Como todo processo de segurança, suas medidas irão reduzir o conforto de seus utilizadores e este equilíbrio entre conforto e segurança deve ser balanceado.

Além disso, devem possuir metodologia a fim de obter a aprovação de seus trabalhos na Assembleia de Condomínio e também assistir o condomínio no que tange à compra e instalação dos equipamentos, de forma transparente e desprovida de interesses ocultos.

Projeto de segurança[editar | editar código-fonte]

Todo o projeto de segurança condominial está apoiado em três subsistemas que devem estar em constante equilíbrio sinérgico, e que são:

  • Infra-estrutura
  • Equipamentos eletrônicos
  • Procedimentos


Os três subsistemas da Segurança Condominial


Infra-estrutura[editar | editar código-fonte]

A infra-estrutura de um condomínio é formada pelo conjunto de grades, portões, muros, cercas, guaritas, enfim toda a estrutura fixa e não eletrônica de contenção de ameaças.

A iluminação é uma excelente ferramenta, muitas vezes negligenciada em projetos de segurança, principalmente no que diz respeito à detecção e dissuasão de intrusos. Por ter um custo relativamente baixo e manutenção simples, um projeto de iluminação adequado é um eficaz aliado de todos os processos de segurança patrimonial.

Equipamentos eletrônicos[editar | editar código-fonte]

Existem centenas de milhares de combinações de tipos e características de equipamentos eletrônicos que podem ser utilizadas nestas ocasiões, e dentre os principais sistemas de apoio eletrônico estão:

Procedimentos[editar | editar código-fonte]

O conjunto de procedimentos fará a complementação dos demais subsistemas, de forma a criar um amálgama e aumentar a sinergia entre eles.

Sem um correto e bem elaborado Manual de Procedimentos, os outros subsistemas terão sua eficácia comprometida.

Principais óbices[editar | editar código-fonte]

Em um condomínio, existem três principais óbices que devem ser considerados para elaboração de um projeto de segurança eficiente:

  • Orçamento limitado
  • Consistência técnica
  • Preferências individuais/coletivas

O projeto de segurança elaborado deve convergir estes três obstáculos para que seja corretamente implantado. Apenas assim, será possível a aprovação deste projeto em Assembléia de Moradores e sua consequente implantação.

Conflito de interesses[editar | editar código-fonte]

Há no mercado um confilto de ordem ética muito sério e comum: O fornecedor de equipamentos eletrônicos e/ou serviços de vigilância e portaria, elabora um projeto de segurança - de forma gratuita ou não - para o seu potencial cliente. Nestas ocasiões há um visível conflito de interesses na relação cliente-fornecedor que deve ser evitado.

Esta distorção ocorre por dois motivos principais:

  • Os decisores (condôminos), em sua maioria, não conhecem tecnicamente os produtos que compram;
  • O condomínio por sua vez, por se tratar de uma sociedade civil de gestão compartilhada, buscam no mercado os melhores preços - já que precisam prestar contas para os demais moradores - e acabam caindo nessa "armadilha comercial";

No livro Conflito de Interesses, de Davis & Michael, Encyclopedia of Applied Ethics, volume 1, Londres, Davis define este tema como: "situação na qual certos interesses ou intenções de um determinado indivíduo interfere em uma decisão apropriada. Mais especificamente é uma situação onde um determinado indivíduo ou empresa é solicitado para tomar certas decisões e guardam consigo um terceiro interesse, influindo diretamente no resultado da mesma".

Dessa forma, entende-se que o fornecedor de equipamentos e/ou serviços de segurança não deve elaborar projetos e vice-versa.

A participação dos moradores no processo é crítico e a segurança condominial estará fragilizada se os moradores não aceitarem os procedimentos previamente determinados. O maior facilitador para o ingresso do mal feitor no condomínio é ele próprio (o morador), por justamente não aceitar os procedimentos que de certa forma tira a sua privacidade.

Outro item importantíssimo é o treinamento de funcionários e condôminos.Todos devem ser inclusos no conceito de segurança, o ideal é que se faça uma reciclagem a cada três meses.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]