Tapado da Caldeira

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O Tapado da Caldeira é uma zona murada com pinheiros e eucaliptos no extremo SO da Serra da Aboboreira, em Baião, Portugal, onde foi identificada uma necrópole da Idade do Bronze.[1][2]

No Tapado da Caldeira, que fica perto do parque de merendas da Chã de Redós, foram descobertas 4 sepulturas escavadas no saibro, uma fossa e uma lareira. Em todas as sepulturas se encontrou um vaso.

O Tapado fica na encosta do Alto da Caldeira (elevação em frente ao Alto da Serrinha, onde se ergue um marco geodésico) onde foram encontrados vestígios de um habitat pré-histórico, eventualmente relacionado com as sepulturas do Tapado da Caldeira. A análise ao Carbono-14 feita aos carvões encontrados indica uma data de meados ao fim do II milénio a.C. No topo da elevação, encontraram-se indícios de um pequeno habitat defensivo, que forneceu grande quantidade de material cerâmico de feição medieval e onde se detectaram covas de dimensões várias.

Na encosta de um pequeno vale ladeado por um morro, perto também do parque de merendas da Chã de Redós, fica a Bouça do Frade, onde se encontraram também vestígios de um povoado da Idade do Bronze, com inúmeras fossas abertas no saibro contendo restos de grandes vasos de provisões. A dificuldade de atribuir funções a estas fossas, que são parecidas com outras encontradas em Monte Calvo e Vale da Quintela, levou a pressupor tratarem-se de sepulturas, cuja ausência de restos ósseos seria atribuída à acidez dos solos. No Museu de Baião pode ser visto um grande vaso de armazenamento, decorado com cordões e mamilos, em cujo interior foi encontrado um púcaro com asa e sementes de pêra selvagem carbonizadas. O material cerâmico encontrado leva a pensar poder-se correlacionar este povoado com a necrópole do Tapado da Caldeira. O morro parece ter sido amplamente ocupado, sendo extremamente rico em estruturas habitacionais e material arqueológico.

Referências