Terminal Justinópolis
Terminal Justinópolis | ||||||||||||||||||||||
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Uso atual | Estação de Ônibus | |||||||||||||||||||||
Administração | SINTRAM | |||||||||||||||||||||
Linhas | 520C|Centro; 521C|Centro; 522H|Hospitais; 523H| Hospitais; 524R|Retorno Túnel | |||||||||||||||||||||
Movimento em | 32 mil passageiros/dia | |||||||||||||||||||||
Informações históricas | ||||||||||||||||||||||
Inauguração | 18 de março de 2016 (8 anos) | |||||||||||||||||||||
Localização | ||||||||||||||||||||||
Localização | Ribeirão das Neves / MG | |||||||||||||||||||||
Próxima estação | ||||||||||||||||||||||
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O Terminal Justinópolis é uma estação de ônibus localizado em Ribeirão das Neves, na RMBH. É um terminal de integração metropolitana, fazendo a ligação de linhas alimentadoras e troncais. As linhas alimentadoras saem dos bairros em direção a estação, enquanto as troncais operam na estação levando os passageiros para a capital mineira, com trajeto realizado pelas avenidas Antônio Carlos e Cristiano Machado.[1][2]
Histórico[editar | editar código-fonte]
Antes da existência dessa estação, já existiam ônibus que levavam moradores da cidade até pontos estratégicos de Belo Horizonte.[3] No entanto, devido a criação do sistema MOVE em 2014, Ribeirão das Neves foi contemplada com um terminal metropolitano. Esse sistema foi criado com o objetivo de reduzir o tempo de viagem e aumentar a comodidade e segurança dos usuários.[4][5]
A região de Justinópolis foi a escolhida para abrigar essa estação, pois é vista como um ponto estratégico, principalmente pelo fato de ficar cerca de 5 minutos da capital.[6] O terminal foi inaugurado em 2016, porém as linhas 520C, 521C e 522H já operavam de maneira improvisada, desde 2014, na avenida que abriga a atual estação.[7][8] O então secretário de transportes de Minas Gerais em 2016, afirmou que o novo terminal colocou fim a uma situação provisória e explicou que o Governo do Estado estuda a possibilidade da implantação de uma nova estação na região do Veneza.[9]
As obras foram orçadas em R$ 27 milhões e levaram dois anos para ficarem prontas. No evento de inauguração participaram da solenidade o Secretário de Transportes e Obras Públicas (Setop), Murilo Valadares, a prefeita Daniela Corrêa (PT), a deputada estadual Marília Campos (PT), dentre outros convidados. Na estimativa original seriam cerca de 780 viagens realizadas entre Ribeirão das Neves e Belo Horizonte.[9]
Originalmente, três linhas troncais operavam na estação levando os passageiros para a capital mineira, com trajeto realizado pelas avenidas Antônio Carlos e Cristiano Machado. Outras 22 linhas alimentadoras fazem o percurso bairro terminal/terminal bairro.[9]
Atualidade e infraestrutura[editar | editar código-fonte]
No final de 2016, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) acrescentou mais duas linhas para atender a população nevense, 523H e 524R.[10][11] Com isso, a estimativa original foi ampliada, de 780 para mais de 1000 viagens entre Neves e BH diariamente.[10] De acordo com fontes oficiais da prefeitura de Ribeirão das Neves, grande parte da população da cidade vai ao terminal todos os dias, maioria pela manhã, para trabalhar em Belo Horizonte e outras cidades da região metropolitana.[9]
Atualmente, as viagens demoram em média 35 minutos (até o centro de Belo Horizonte) devido ao uso de corredores exclusivos.[12] As instalações do terminal contam com uma área coberta de 8,28 mil metros quadrados, são compostas por cinco plataformas para linhas alimentadoras e duas para linhas troncais, prédio de apoio técnico operacional e de apoio aos motoristas, pátio para estocagem de ônibus, banheiros, bebedouros e amplo espaço com bancos para os passageiros. Recentemente, foi instalada uma base policial em um anexo externo do terminal, aumentando a segurança dos moradores da região e usuários do transporte metropolitano.[13]
Impacto social[editar | editar código-fonte]
Rotineiramente os moradores de Neves, Vespasiano e São José da Lapa se deslocam para Belo Horizonte buscando serviços médicos, culturais, entre outros, passando por esse terminal.[14][13] Tal fato motivou pesquisadores e acadêmicos a entenderem um pouco mais da vivência dessas pessoas, a movimentação pendular[15] através do transporte coletivo e analisar a justiça socioespacial na Região Metropolitana de Belo Horizonte.[16][17][18]
Para alguns usuários, o Terminal Justinópolis representa um atraso, pois ao invés de resolver o problema de mobilidade da população, muitos consideram que piorou, com destaque na lotação dos veículos, o tempo de frequência das linhas, os horários e a necessidade de baldeação;[13] para outros, essa estação incorporou uma parte de suas vidas diárias, representando um local de encontro com pessoas conhecidas ao aguardar os ônibus, o que não era possível com as linhas saindo de localidades diferentes (modelo antigo), e por considerarem que a infraestrutura do local é melhor quando comparada a pontos convencionais, afetando positivamente a rotina.[2]
Ver também[editar | editar código-fonte]
Referências[editar | editar código-fonte]
- ↑ MG, Do G1 (18 de março de 2016). «Terminal do Move Justinópolis é inaugurado em Ribeirão das Neves». Trânsito. Consultado em 16 de setembro de 2021
- ↑ a b Cardoso, L. Teixeira; Oliveira, M. F. (2014). «A bicicleta como meio de transporte integrado a terminais de ônibus: considerações sobre o caso do Terminal Justinópolis (Ribeirão das Neves/Minas Gerais)». PLURIS (6º)
- ↑ Filho, Soares; Vieira, Ronaldo (2010). «Estudo sobre o sistema de transporte público na Região Metropolita de de Belo Horizonte». Consultado em 13 de janeiro de 2022
- ↑ Dia, Frederico Haikal/Hoje em. «Dilma inaugura COP da Prefeitura de BH e testa sistema Move». HOME. Consultado em 16 de setembro de 2021
- ↑ Abreu, Artur José dias. «Oferta de transporte público para grandes eventos – O exemplo do BRT MOVE em Belo Horizonte durante a Copa do Mundo 2014» (PDF). Consultado em 9 de janeiro de 2022
- ↑ «Justinópolis to R. Padre Pedro Pinto, 6731 - Venda Nova». Justinópolis to R. Padre Pedro Pinto, 6731 - Venda Nova. Consultado em 16 de setembro de 2021
- ↑ «Terminal de Justinópolis é entregue à população com mais conforto e segurança». static.agenciaminas.mg.gov.br. Consultado em 16 de setembro de 2021
- ↑ TEMPO, O. (17 de novembro de 2015). «Estado promete conclusão de terminal do Move em Neves para fevereiro». Cidades. Consultado em 13 de janeiro de 2022
- ↑ a b c d Redação. «Depois de dois anos de obras, terminal do Move em Justinópolis é inaugurado». RibeiraoDasNeves.net. Consultado em 16 de setembro de 2021
- ↑ a b DER/Divulgação. «Moradores do Neves e Justinópolis ganham quatro novas linhas do Move. Confira». HOME. Consultado em 16 de setembro de 2021
- ↑ «Moradores do Neves e Justinópolis ganham quatro novas linhas do Move. Confira». Hoje em Dia. Consultado em 7 de janeiro de 2022
- ↑ «MOVE BH começa a operar neste sábado. Conheça alguns dados do sistema». Diário do Transporte. 7 de março de 2014. Consultado em 16 de setembro de 2021
- ↑ a b c Filho, Eduardo Benedito Ferreira; Rodrigues, Mariana dos Santos. «Análise das deficiências de terminais do sistema BRT MOVE Metropolitano de Belo Horizonte». UFSJ. Consultado em 7 de janeiro de 2022
- ↑ Prefeitura de Ribeirão das Neves (21 de julho de 2021). «Diagnóstico Socioterritorial de RIbeirão das Neves» (PDF). Consultado em 13 de janeiro de 2022
- ↑ «Movimentação Pendular na RMBH». scholar.google.com. Consultado em 13 de janeiro de 2022
- ↑ Guedes, Vinícius Guimarães de Albuquerque (28 de junho de 2018). «A participação social como meio de promoção do empoderamento de grupos em condição de vulnerabilidade social : uma análise do projeto Nós Metropolitanos». Consultado em 13 de janeiro de 2022
- ↑ Silva, Lourenço Cezar da; Nascimento, Diogo Silva do; Sales, Marcelo Ribeiro; Souza, Rafaela Goltara (1 de março de 2021). «PANDEMIA E LAZER: os reflexos da pandemia nos cotidianos de lazer das periferias urbanas». Revista Augustus (53): 125–146. ISSN 1981-1896. doi:10.15202/19811896.2021v26n53p125. Consultado em 13 de janeiro de 2022
- ↑ Lyra, Luna Esmeraldo Gama (24 de julho de 2019). «Apontamentos sobre a colonialidade de gênero a partir da análise de percursos cotidianos de faxineiras em Belo Horizonte (Brasil)» (PDF). Consultado em 13 de janeiro de 2022