Theodor Kipp

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Theodor Kipp
Teoria da Dupla Nulidade
Nascimento 7 de março de 1862
Erlangen, Alemanha
Morte 2 de abril de 1931 (69 anos)
Ospedaletti, Itália
Nacionalidade alemão
Cidadania Alemanha
Alma mater
Ocupação jurista, professor universitário, advogado
Empregador(a) Universidade de Erlangen-Nuremberga, Universidade de Quiel, Universidade de Halle-Vitemberga, Universidade Humboldt de Berlim

Louis Theodor Kipp (7 de março de 1862 – 2 de abril de 1931) foi um jurista alemão, que é talvez mais conhecido por sua teoria da "dupla nulidade", no qual um contrato nulo pode ser contestado em algumas circunstâncias. Também fez contribuições importantes ao direito de família e ao direito das sucessões.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Theodor Kipp nasceu em 1862. Estudou direito na Universidade de Göttingen, com Rudolf von Jhering e na Universidade de Leipzig com Bernhard Windscheid. Ele obteve seu doutorado em 1883, começou a advogar em Leipzig, em 1887, e foi nomeado professor associado na Universidade de Halle.[1] Em 1889, foi nomeado professor de direito Romano e civil na Universidade de Quiel, e em 1893 tornou-se professor das mesmas matérias na Universidade de Erlangen.[2] De 1899 a 1900, foi reitor da Friedrich-Alexander-Universität Erlangen-Nürnberg.[3] Foi também editor do Bürgerliches Gesetzbuch (Código Civil), que entrou em vigor em 1900.[1]

A partir de 1901 Kipp lecionou na Universidade de Berlim. Em 1914, ele substituiu o físico Max Planck como reitor da universidade.[1] No mesmo ano, Kipp foi um dos signatários da carta "Ao Mundo Civilizado (To the Civilized World)", assinada por 93 professores Alemães, que ficou conhecida como o Manifesto dos Noventa e Três - na qual os signatários repudiaram a atribuição da responsabilidade pelo início da I Guerra Mundial (1914-18) à Alemanha, negaram acusações de violação de direito internacional pela Alemanha, principalmente ao invadir a Bélgica.[4] Kipp foi reitor da Universidade de Berlim até 1915.[3] Ele foi presidente da Sociedade de Direito de Berlim de 1929 a 1931. Theodor Kipp morreu em Ospedaletti na Riviera Italiana, no dia 2 de Abril de 1931.[2][a]

Obras[editar | editar código-fonte]

Kipp publicou uma história das fontes do direito Romano em 1896, que ainda teria várias edições.[1] Ele editou as 8ª e 9ª edições do livro de Bernhard Windscheid sobre o Direito das Pandectas (Pandektenrecht).[5] Kipp é mais conhecido por sua teoria da "dupla nulidade", onde um contrato nulo ainda pode ser contestado. Este foi apenas gradualmente aceito, mas veio a ser usado posteriormente em diversas áreas, do direito trabalhista ao direito do consumidor.[1] Ele escreveu várias monografias sobre a história do direito e sobre o direito civil, e fez importantes contribuições para o direito de família (1912) e para o direito de sucessões (1911).[2]

Publicações[editar | editar código-fonte]

Sua publicações incluem:

  • Kipp, Louis Theodor (1887). Die Litisdenuntiation als Prozeßeinleitungsform im römischen Civilprozeß (in German). Leipzig: Breitkopf & Härtel.
  • Kipp, Louis Theodor (1888). "Erörterungen zur Geschichte des römischen Civilprocesses und des interdictum quorum bonorum". Festgabe zu Bernhard Windscheids fünfzigjährigem Doctorjubiläum (in German). Halle (Saale): Niemeyer. pp. 65–122.
  • Kipp, Louis Theodor (1896). Quellenkunde des römischen Rechts (in German). Leipzig.
  • Kipp, Louis Theodor (1903). Weitere Auflagen: Geschichte der Quellen des römischen Rechts (in German). Leipzig.
  • Kipp, Louis Theodor (1899). Der Parteiwille unter der Herrschaft des deutschen Bürgerlichen Gesetzbuchs (in German). Erlangen: K. B. Hof- und Universitätsbuchdruckerei von Fr. Junge.
  • Kipp, Louis Theodor (1903). Rechtswahrnehmung und Reurecht. Sonderausgabe (in German). Berlin: Liebmann.
  • Kipp, Louis Theodor (1908). Heinrich Dernburg (in German). Leipzig: Deichert.

Notas

  1. Algumas fontes dão a data da morte de Kipp como 18 de agosto de 1931.[1]

Referências