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A expressão déficit hídrico designa uma situação na qual as precipitações exibem valores inferiores aos da evaporação e a transpiração das plantas.

O ressecamento do leito dos rios é uma das conseqüências desta situação.

Segundo Taiz e Zeiger (2009) déficit hídrico é "quando o conteúdo de água de um tecido ou célula está em uma quantidade inferior ao mais alto exibido no estado de maior hidratação".[1] Já para Kramer (1983) "O déficit hídrico afeta características relacionadas ao crescimento das plantas, incluindo a anatomia, morfologia, fisiologia e bioquímica."[2]

A sensibilidade do desenvolvimento das folhas em relação em relação ao déficit hídrico pode se alterar durante as mudanças das estações do ano, no entanto, há uma limitação de expansão na área foliar que pode ser considerada uma primeira reação das plantas a esse déficit.

Quando uma cultura está sob ótimas condições de suprimento hídrico, as plantas dessa cultura tendem a ser menos resistente a deficiência de água, já que os mecanismo morfofisiológicos são bastantemente afetado, pois nesta situação de déficit a planta precisaria adaptar-se rapidamente, entretanto, se o déficit ocorrer gradualmente e/ou no início do ciclo de produção, as plantas tem mais facilidade de se adaptar. A tolerância da planta a deficiência de água parece ser um importante mecanismo de resistência para manter o processo produtivo em condições de baixa disponibilidade de água às plantas. Os fatores mais importantes à limitação da produção agrícola mundial são a frequência e a intensidade do déficit hídrico.[3]

Relação entre o déficit hídrico e o desenvolvimento das plantas[editar | editar código-fonte]

 De acordo com Taiz & Zeiger (1991), os solos com textura mais fina, ou seja, os solos argilosos, armazena uma maior quantidade de água do que os solos de textura arenosa, devido à maior área superficial e a poros menores entre partículas. As plantas tem maiores dificuldades em absorverem água a medida em que o solo seca, porque há um aumento na força de retenção e uma diminuição de água na disponibilidade de água no solo às plantas (Bergamaschi, 1992). Para Ludlow & Muchow (1990) o conteúdo de água reduzido no solo causa expressiva variação no desenvolvimento e na distribuição radicular, podendo assim alterar a quantidade e a disponibilidade de água disponível para as plantas. Dessa maneira, nem toda água que o solo armazena é disponível às plantas.

O suprimento hídrico para uma cultura é resultado de ligações que se estabelecem ao longo do sistema solo-planta-atmosfera. Os efeitos entre esses três componentes básicos tornam o sistema proativo e estreitamente interligados, de tal forma que a combinação hídrica da cultura irá depender da combinação desses segmentos.[4][5][6]

Efeitos do déficit hídrico nos processos morfofisiológicos das plantas[editar | editar código-fonte]

Alguns processos morfofisiológicos são afetados fortemente com a diminuição do conteúdo de água no solo, enquanto outros parcialmente insensíveis.

A resposta mais ressaltante das plantas ao déficit hídrico, segundo McCree & Fernández (1989) e Taiz & Zeiger (1991), reside no decréscimo da produção da área foliar, da aceleração da senescência, do fechamento do dos estômatos e da abscisão das folhas. As plantas quando são expostas a situações de déficit hídrico demonstram respostas fisiológicos, que resultam, de forma indireta, no mantimento da água no solo, como se estivessem economizando para períodos futuros.

A água, além de ser de extrema importância para o desenvolvimento das células, é um componente necessário para a manutenção da turgescência.

Para Petry (1991) a importância da manutenção do turgor nas células é possibilitar o prosseguimento dos processos de crescimento vegetal, expansão, divisão celular e fotossíntese; outro motivo é a capacidade de tardar a desidratação dos tecidos, permitindo essas reservas serem usadas em períodos posteriores do ciclo.[7][8]

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  1. Taiz, Lincoln; Zeiger, Eduardo (2009). Fisiologia vegetal. [S.l.]: Artmed. ISBN 9788536316147 
  2. Revista Ceres. [S.l.]: Universidad Federal de Viçosa. 2006 
  3. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v.2, n.3, p.287-294, 1998 Campina Grande, PB, DEAg/UFPB  
  4. TAIZ, L.; ZEIGER. Plant Physiology. California: The Benjamim/ Cummings Publishing Company, Inc., Redwood City, 1991.  
  5. BERGAMASCHI H. Desenvolvimento de déficit hídrico em culturas. In: BERGAMASCHI, H. Agrometeorologia aplicada à irrigação. Porto Alegre: UFRGS, Ed. Universidade, 1992. p.25-32.  
  6. LUDLOW, M.M. & MUCHOW, R.C. A critical evaluation of trits for improving crop yields in water-limited environments. Advance in Agronomy, São Diego, v.43, p.107-153, 1990.
  7. McCREE, K.J.; FERNÁNDEZ, C.J. Simulation model for studyng physiological water stress responses of whole plants. Crop Science, Madison, v.29, p.353-360, 1989.
  8. PETRY, C. Adaptação de cultivares de soja a deficiência hídrica no solo. Santa Maria: UFSM, 1991. 106p. Dissertação Mestrado