Aplicações do Gálio[editar | editar código-fonte]

O gálio aparece em pequenas quantidades em diversas blendas de zinco, bauxite, pirite, magnetite e caulino, sendo semelhante ao alumínio na formação de sais e óxidos trivalentes. É um metal relativamente inerte, não tóxico, com ponto de fusão pouco acima da temperatura ambiente e com elevado ponto de ebulição.

Inicialmente pensou-se utilizar o gálio como líquido isolante em sistemas de vácuo, em reactores nucleares ou em próteses dentárias; no entanto, devido às suas propriedades químicas, o gálio foi utilizado na análise espectroscópica de óxido de urânio, na Comissão de Energia Atómica.

Actualmente, a principal aplicação do gálio, na forma de arsenieto de gálio (GaAs), acontece na indústria de produção de semicondutores e construção de circuitos integrados. Este composto (GaAs) é utilizado para produzir uma série de dispositivos electrónicos, como díodos e transístores, onde os díodos servem para rectificar tensões e os LEDs e os transístores para amplificar sinais. Dispositivos que utilizam sensores de temperatura (por exemplo, termómetro de alta temperatura), luz e campos magnéticos são exemplos da utilização das propriedades semicondutoras deste composto.

O gálio também é utilizado na construção de espelhos devido ao aspecto prateado brilhante e à capacidade de impregnar superfícies de vidro e porcelana. Este forma facilmente ligas metálicas com a maioria dos metais, produzindo ligas de baixo ponto de fusão.

O isótopo radioactivo ⁶⁷Ga é utilizado em medicina nuclear, tanto como análogo fisiológico do ião Fe³⁺ e elemento traçador, para o diagnóstico de inflamações e infecções activas, como para a detecção de tumores.

Recentemente descobriu-se que é possível a extracção de hidrogénio da água, através de ligas de gálio–alumínio. Assim, esta fonte de hidrogénio é utilizada em motores, em substituição dos derivados de petróleo e outros combustíveis de motores, de combustão interna.