Usuário(a):Yvyramata/Elisabeth Rotten

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Elisabeth Rotten
Yvyramata/Elisabeth Rotten
Elisabeth Rotten nos anos 1930
Nascimento 15 de fevereiro de 1882
Berlim (Império alemão)
Morte 2 de maio de 1964 (82 anos)
Londres (Reino Unido)
Nacionalidade Suíça
Educação doutorado em ciências
Alma mater Universidade de Berna
Ocupação pedagoga, tradutora e ativista pela paz
Empregador(a) Universidade de Cambridge (desde 1913), American Friends Service Committee (hasta 1923), Escritório Internacional de Educação (desde 1925), Schweizer Spende (desde 1948)
Movimento literário Pedagogia progressista


Elisabeth Friederike Rotten (Berlim, 15 de fevereiro de 1882 - Londres, 2 de maio de 1964) foi uma ativista pela paz e pedagoga progressista suíça.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Elisabeth Friederike Rotten foi filha do casal suíço Moritz e Luise Rotten. De 1888 a 1898 assistiu à escola secundária feminina Luisenschule, e a partir de 1904 ao Victoria Lyzeum Charlottenburg. Em setembro de 1906 aprovou o exame de finalização de estudos no Kaiserin-Augusta-Gymnasium de Charlottenburg. Estudou filosofia, língua e literatura alemã em Heidelberg, Berlim, Marburgo e Montpellier. Em Marburgo conheceu a Hermann Lietz e Gustav Wyneken, cuja influência foi decisiva para o desenvolvimento de sua carreira posterior. Em 1913 defendeu sua tese doutoral sobre o fenômeno primigênio de Goethe (Goethes Urphänomen) e o ideal platônico na Universidade de Marburgo.

Em 1913 começou a dar classes como leitora em literatura alemã na Universidade de Cambridge. Em 1914 regressou a Berlim e trabalhou no Centro de Informação e Ajuda para Alemães no Estrangeiro e Estrangeiros na Alemanha com o professor Friedrich Siegmund-Schultze. Nesse mesmo ano converteu-se em cofundadora da Bund Neues Vaterland, mais tarde conhecida como a Une Alemã de Direitos Humanos (Deutsche Une für Menschenrechte). Em 1915, viajou ao primeiro Congresso Internacional de Mulheres pela Paz em Haia como representante de da liga e ajudou a fundar a Liga Internacional de Mulheres pela Paz e a Liberdade.

Em 1922, com Beatrice Ensor e Adolphe Ferrière, fundou a Comunidade da Nova Educação (New Education Fellowship), convertendo em sua vice-presidenta para os países de fala alemã e a editora de sua revista em alemão, que finalmente se chamou Dás Werdende Zeitalter.[1] Desde 1922 associou-se com a granja escola Schulfarm Insel Scharfenberg, iniciada por Wilhelm Blume em Berlim; e foi visitante frequente da Odenwaldschule, fundada em 1910 pelo pedagogo reformista Paul Geheeb.

Em 1925, Rotten e Adolphe Ferrière converteram-se nos primeiros Diretores Adjuntos do Escritório Internacional de Educação, onde apoiavam ao diretor Pierre Bovet.[2]

Foi amiga do anarquista Gustav Landauer, quem foi Ministro de Cultura na curta República Soviética de Munich de 1919 (também chamada “República do Conselho”), antes de ser assassinado brutalmente depois de sua detenção. De 1926 a 1932, Rotten compartilhou a direção da revista Dás Werdende Zeitalter com Karl Wilker, expoente da pedagogia social que transformou o Lindenhof de Berlim. O título desta revista está inspirado numa coleção de ensaios de Landauer, que seu amigo, o filósofo Martin Buber, publicou em 1921. Em 1930, Rotten cofundou uma escola em Hellerau nas redondezas de Dresde, onde se estabeleceu uma cidade jardim pouco depois de 1900, como parte de um movimento de reforma que defendia a moradia moderna.[3]

Veja-se também[editar | editar código-fonte]

  • Anexo: Mulheres pacifistas e ativistas pela paz

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Dietmar Haubfleisch: Schulfarm Insel Scharfenberg. Mikroanalyse der reformpädagogischen Unterrichts- und Erziehungsrealität einer demokratischen Versuchsschule im Berlin der Weimarer Republik (=Studien zur Bildungsreform, 40). Frankfurt u.a. 2001. ISBN 3-631-34724-3  Inhaltsverzeichnis und Vorwort dês Herausgebers der Reihe "Studien zur Bildungsreform"
  • Dietmar Haubfleisch: Elisabeth Rotten (1882 - 1964) - eine (fast) vergessene Reformpädagogin. In Inge Hansen-Schaberg (ed.): „etwas erzählen“. Die lebensgeschichtliche Dimension in der Pädagogik. Bruno Schonig zum 60. Geburtstag. Baltmannsweiler 1997, S. 114-131. - Überarb. Ausg. unter Weglassung der Abb.: Marburg 1997.
  • Dietmar Haubfleisch: Elisabeth Rotten (1882 - 1964) - ein Quellen- und Literaturverzeichnis. Marburg 1997.
  • Dás Werdende Zeitalter (Internationale Erziehungs-Rundschau). Register sämtlicher Aufsätze und Rezensionen einer reformpädagogischen Zeitschrift in der Weimarer Republik. Zusammengestellt und eingeleitet von Dietmar Haubfleisch und Jörg-W. Link (=Archivhilfe, 8), Oer-Erkenschwick 1994; Auszug der Einleitung (S. 5-16) wieder in: Mitteilungen & Materialien. Arbeitsgruppe Pädagogisches Museum e.V., Berlin, Heft Nr. 42/1994, S. 97-99; Einleitung in leicht korr. Fassung ou.d.T.: 'Dietmar Haubfleisch und Jörg-W. Link: Einleitung zum Register der reformpädagogischen Zeitschrift 'Dás Werdende Zeitalter' ('Internationale Erziehungs-Rundschau')' wieder: Marburg 1996.

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Brehony, K. J. (2004). "A New Education for a New Era: Creating International Fellowship Through Conferences 1921-1938." Paedagogica Historica 40(5 & 6): 733-755.
  2. IBE (2015). IBE In Focus: 90 years of excellence in education (PDF). [S.l.]: UNESCO. 22 páginas 
  3. Brehony, K. J. (2004). "A New Education for a New Era: Creating International Fellowship Through Conferences 1921-1938." Paedagogica Historica 40(5 & 6): 733-755.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]