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A personalidade propensa à fantasia (PPF) é uma disposição ou traço da personalidade onde o acometido experiencia envolvimento para com a fantasia profundo, persistente e duradouro [1]. Esse traço é uma tentativa, ao menos em partes, de melhor descrever uma "imaginação hiperativa" ou uma "vivência no mundo dos sonhos" [2]. Pessoas com tal traço (rotuladas como fantasiadoras) podem ter dificuldades em diferenciar realidade e fantasia, podendo ainda experienciar alucinações, bem como outros sintomas psicossomáticos auto-sugeridos. Construções psicológicas fortementes correlatas incluem devaneios, absorção e memória eidética.

História[editar | editar código-fonte]

Os psicólogos americanos Sheryl C. Wilson e Theodore X. Barber identificaram pioneiramente a PPF em 1981, alegando que tal estaria acometendo 4% da população. [3] Além de identificar esse traço, Wilson e Barber reportaram um número de antecedentes da infância que provavelmente aumentam a propensão à fantasia na vida adulta, tais como, "pais, avôs, professores ou amigos que engajaram-se na leitura de '''contos de fadas''', impulsionando as [...] fantasias da criança, e tratando as bonecas infantis e animais de pelúcia de modo a encorajar a criança a crer que esses estão vivos". Eles sugeriram que esse traço era muito provavelmente sinônimo daqueles que respondem dramaticamente à '''indução hipnótica''', isto é, '''"altamente hipnotizáveis"''' [1]. Os primeiros estudos sistemáticos foram conduzidos nos anos 80 pelos psicólogos Judith Rhue e Steven Jay Lynn [1]. Pesquisas postriores realizadas na década de 1990 por Deirdre Barrett em Harvard confirmaram muitas dessas características de pessoas com PPF, mas ela também identificou uma outra série de sujeitos altamente hipnotizáveis que tiveram infâncias traumáticas e que identificaram os momentos de fantasia majoritariamente como momentos de "afastamento". [4]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b c Lynn, Steven J.; Rhue, Judith W. (1988). "Fantasy proneness: Hypnosis, developmental antecedents, and psychopathology". American Psychologist. 43: pp. 35-44.
  2. Glausiusz, Josie (2011, Março–Abril). Living in a dream world. Scientific American Mind, 20(1). pp. 24-31.