Vacina contra a parotidite epidémica

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Vacina contra a parotidite epidémica
Estatuto OMS
Doença para tratar

A vacina contra a parotidite epidémica é uma vacinas que previne o desenvolvimento de parotidite (papeira (português europeu) ou caxumba (português brasileiro)).[1] Quando administrada na maioria da população, a vacina diminui as complicações a nível populacional.[1] Estima-se que a eficácia da vacina seja de 85% quando 90% da população se encontra vacinada.[2] Duas doses são requeridas para uma prevenção a longo prazo.[1] Recomenda-se que a dose inicial seja tomada entre os 12 e 18 meses de idade.[1] A segunda dose é geralmente administrada entre os 2 e 6 anos de idade.[1] A administração após exposição em pessoas que não estejam imunizadas pode ser benéfica.[3]

Os efeitos secundários são geralmente ligeiros.[1][3] A vacina pode causar ligeira dor e inchaço no local da injeção e febre ligeira.[1] A ocorrência de efeitos secundários mais graves é rara.[1] Não existem evidências que associem a vacina a complicações como efeitos neurológicos.[3] A vacina não deve ser administrada a grávidas ou pessoas imunossuprimidas.[1] No entanto, não estão documentados prognósticos desfavoráveis em crianças de mães a quem foram administradas vacinas.[1][3] Embora a vacina seja desenvolvida em células de frangos, é geralmente segura a administração em pessoas com alergia aos ovos.[3]

A vacina contra a parotidite está incluída na maior parte dos planos de vacinação de quase todos os países desenvolvidos e de muitos países em vias de desenvolvimento. Geralmente é administrada em conjunto com a vacina contra o sarampo e a vacina contra a rubéola, um conjunto denominado vacina VASPR.[1] Em alguns países, está também disponível uma combinação das três vacinas anteriores com a vacina contra a varicela.[3] Em 2015, a vacina contra a parotidite fazia parte dos planos de vacinação de 110 países.[1] Nas regiões de vacinação sistemática, a prevalência da doença diminuiu mais de 90%.[1]

A primeira vacina contra a parotidite foi licenciada em 1948. No entanto, era eficaz apenas durante um curto período de tempo.[3] Foi na década de 1960 que começaram a aparecer no mercado vacinas mais eficazes.[1] Embora as primeiras vacinas fossem derivadas de vírus inativados, as preparações modernas são compostas por vírus vivos atenuados.[1] A vacina contra a parotidite faz parte da Lista de Medicamentos Essenciais da Organização Mundial de Saúde, os medicamentos mais eficazes e necessários num sistema de saúde.[4] Existem diferentes tipos da vacina em uso.[1] O custo de revenda da vacina em países desenvolvidos da versão que inclui vacina contra o sarampo e rubéola é de 0,24 dólares por dose (2014).[5]

Referências

  1. a b c d e f g h i j k l m n o p «Mumps virus vaccines.» (PDF). Weekly epidemiological record. 82 (7): 49–60. 16 de fevereiro de 2007. PMID 17304707. Cópia arquivada (PDF) em 16 de março de 2015 
  2. Hviid A, Rubin S, Mühlemann K (março de 2008). «Mumps». The Lancet. 371 (9616): 932–44. PMID 18342688. doi:10.1016/S0140-6736(08)60419-5 
  3. a b c d e f g Atkinson, William (maio de 2012). Mumps Epidemiology and Prevention of Vaccine-Preventable Diseases 12 ed. [S.l.]: Public Health Foundation. pp. Chapter 14. ISBN 9780983263135. Cópia arquivada em 6 de julho de 2016 
  4. «WHO Model List of Essential Medicines (19th List)» (PDF). World Health Organization. Abril de 2015. Consultado em 8 de dezembro de 2016. Cópia arquivada (PDF) em 13 de dezembro de 2016 
  5. «Vaccine, Measles-Mumps-rubella». International Drug Price Indicator Guide. Consultado em 8 de dezembro de 2015. Cópia arquivada em 16 de janeiro de 2016