Vufrida de Wilton

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Vulfrida também conhecida como Wulfthryth (falecida em 1000), era uma santa católica e abadessa da Inglaterra anglo-saxônica que era venerada localmente em Wiltshire.

Vida[editar | editar código-fonte]

Desenho contemporâneo de Edite.

Vulfrida era uma nobre inglesa, prima de Vulfildo, nascida por volta de 937, que o rei Edgar da Inglaterra retirou do convento em Wilton Abbey e levou para sua residência em Kemsing, perto de Sevenoaks.[1] Enquanto estava em Kent, Vulfrida deu à luz uma filha, Edite.[2]

Depois de pelo menos um ano, Vulfrida retornou à Wilton Abbey, levando Edite com ela.[3] Mais tarde, ela se tornou chefe da abadia e sobreviveu à filha.

Segundo os primeiros textos monásticos, sob a direção de Santo Dunstano, Edgar penitenciou-se deste crime não usando a sua coroa por sete anos.[4] Como parte da sua penitência, Edgar deu a Vulfrida seis propriedades em Wiltshire e na Ilha de Wight, que ela passou para a Abadia de Wilton em 965 d.C..[5] Uma forma de rapto de noivas, muitas vezes mais simulada do que real, pode ter existido como um vestígio da tradição anglo-saxônica anterior, e os historiadores se referiram alternativamente a Vulfrida como concubina de Edgar ou sua segunda esposa, embora nunca como cativa. Dado os costumes religiosos da época, a sua penitência estava provavelmente relacionada à violação da santidade de sua vocação religiosa, e não a qualquer afronta pessoal a Vulfrida. É claro que os dois podem ter tido uma amizade contínua muito depois de seu retorno a Wilton. De qualquer forma, Edgar parece ter reconhecido Edite como sua filha; o relacionamento pode ter sido considerado um casamento, apesar da sanção formal da Igreja, como era o costume da época, e, nesse caso, Edite seria uma filha legítima.

Vulfrida continuou a ter uma influência considerável sobre Edgar após o seu retorno a Wilton. Ela conseguiu impedir que oficiais de justiça prendessem um ladrão que se havia refugiado na abadia[6] e conseguiu garantir a libertação de dois padres de Wilton que haviam sido presos.[7] Como abadessa de Wilton, ela construiu um muro de pedra ao redor da abadia e também usou a sua riqueza para construir a coleção de relíquias da abadia.[8]

Veneração[editar | editar código-fonte]

Igreja de Santa Maria, Wilton

Tanto Vulfrida como sua filha Edite foram consideradas santas depois de suas vidas.[9] Vulfrida morreu em Wilton a 21 de setembro, provavelmente no ano 1000, e foi enterrada diante do altar principal da igreja da Abadia de Wilton.[8]

O seu dia de festa é 13 de setembro.

Referências[editar | editar código-fonte]

Moeda de Edgar, c.973.

33em

  1. Stephen Morillo, The Haskins Society Journal (Boydell Press, 2003), page 97
  2. Pauline Stafford, Queen Emma & Queen Edith (Blackwell, 2001), pp. 324-325
  3. Mrs Jameson, Legends of the monastic orders: as represented in the fine arts, p. 95
  4. Ann Williams, Oxford Dictionary of National Biography (Oxford University Press, 2004), (Edgar Pacificus), accessed 16 May 2012 (Subscription site)
  5. Wulfthryth at OxfordDNB (Subscription site)
  6. Stephen Morillo, The Haskins Society Journal (Boydell Press, 2003)page 112
  7. Gwen Seabourne, Imprisoning Medieval Women: The Non-judicial Confinement and Abduction of Women in England, c. 1170-1509 (Ashgate Publishing, Ltd., 2011) page 184
  8. a b Wulfthryth at OxfordDNB.
  9. Barbara Yorke, Oxford Dictionary of National Biography (Oxford University Press, 2004), (St Wulfthryth, abbess of Wilton) accessdate=17 November 2012