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Elástico

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 Nota: Se procura o drible de futebol, veja elástico (futebol).
Elástico
Tipo
fixador (en)
correia (en)
general office supply (d)
material de escritório (en)
categoria de produtos (d)
artigos de papelaria
Características
Material
borracha, elastômero e borracha natural (en)Visualizar e editar dados no Wikidata
Cor
castanho-claro (en)
Utilização
Uso
rubber band ball (en)
hair tie (en)
armazenamento de energia

Elástico é um tipo de tecido com propriedades elásticas, i. e., retorna à sua forma – quase – original após ser deformado, esticado ou comprimido. Quase porque não é possível haver um material e condições ideais para que ele volte exatamente à forma original.

O elástico pode ser produzido através de um trançado de algodão ou outros fios têxteis juntamente com fios de borracha. Contudo, ainda pode ser fabricado a partir de fibras sintéticas com propriedades semelhantes àquelas dos elásticos à base de fios de borracha. As fibras sintéticas são chamadas de elastômeros e as melhores delas são mais resistentes que a borracha.

É possível encontrar o elástico em diversos objetos e integrados em tecidos também. O elástico pode perder sua principal propriedade com o tempo, dependendo do uso e desgaste. Pode também se romper se alongado com uma força além da sua capacidade de resistência, que varia de material para material, condições de conservação e temperatura.

A invenção do elástico foi patenteada na Inglaterra em 17 de março de 1845, por Stephen Perry

O Fenômeno da Variação de Temperatura em Elásticos [1]

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Os elásticos, por sua vez, apresentam características térmicas curiosas e intrigantes. Variando a sua temperatura, é possível observar contração e dilatação em sua estrutura.

Quando esticamos um elástico de borracha, verificamos que a sua temperatura diminui. Já quando o aquecemos, é possível observar que a sua estrutura se contrai.

Considerando os princípios da termodinâmica e do comportamento cinético dos gases, é possível estabelecer uma equação que descreva a variação de temperatura em elásticos de borracha. Vamos considerar a seguinte situação:

Quando um elástico recebe um calor ΔQ, a energia interna varia de ΔU e um leve trabalho é realizado. O trabalho realizado pelo elástico de borracha será  –FΔL, ao invés de PΔV (característico de gases). “F” é a força no elástico e “L” é o seu comprimento. A força “F” é uma função da temperatura e do comprimento do elástico. Sendo assim, podemos fazer a seguinte dedução se substituirmos os dados do elástico de borracha na equação de variação da energia interna de um gás:

ΔU = ΔQ – PΔV =>  ΔU = ΔQ – ( -FΔL)  =>  ΔU = ΔQ + FΔL

Se compararmos a equação inicial ao resultado final, observamos que houve uma mera substituição de letras. Isso implica que a discussão sobre o ciclo de Carnot se aplica ao elástico de borracha. Portanto, o calor ΔQ necessário para modificar o comprimento de ΔL é dado pelo análogo da equação do “trabalho realizado por um gás”. Isso é demonstrado pela equação:

Essa equação nos informa que, se for mantido fixo o comprimento de um elástico de borracha e aquecermos o elástico, podemos calcular quanto a força irá aumentar em termos do calor necessário para manter a temperatura constante quando o elástico é esticado um pouquinho.

Portanto, pode-se concluir que uma mesma equação se aplica tanto a um gás quanto a um elástico de borracha.


Curiosidade

Também relacionada aos fenômenos térmicos dos elásticos de borracha, outra intrigante situação torna-se evidente. Elásticos esquentam ao serem esticados se forem mantidos os dedos do observador, por exemplo, em uma secção fixa de sua estrutura. E, não obstante, ao retomar sua forma original, o elástico parece esfriar nos dedos de quem o segura. Faça o teste você mesmo!

Isso foi melhor exemplificado por Richard Feynman no programa “Richard Feynman: Fun To Imagine” de 1983, da BBC.

Elásticos para prender dinheiro, papéis etc.

No uso comum, elástico é um objeto utilizado em escritórios, sendo um material cúbico ou cilíndrico em circunferência, usado para prender dinheiro, papéis, potes, embalagens etc. No Nordeste do Brasil é geralmente chamado de liga ou liguinha.

Referências

  1. FEYNMAN, R. B.; LEIGHTON, R. B.; SANDS, M. Lições de física de Feynman: a nova edição do milênio. Porto Alegre: Bookman, 2019. 3v.