Centro de Valorização da Vida: diferenças entre revisões
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Revisão das 21h02min de 18 de abril de 2012
Fundado em São Paulo em 1962, o Centro de Valorização da Vida é uma associação civil sem fins lucrativos, filantrópica, reconhecida como de Utilidade Pública Federal em 1973, mantenedora e responsável pelo Programa CVV de Valorização da Vida e Prevenção ao Suicídio, desenvolvido pelos Postos do CVV em todo o Brasil. .
Através dos Postos espalhados por todo o país, presta serviço voluntário e gratuito de apoio emocional, oferecido a todas as pessoas que querem e precisam conversar sobre suas dores e descobertas, dificuldades e alegrias.
Em 1977 começou a expandir-se para outras cidades do país, estando hoje em quase todas as capitais e diversas cidades do interior do Brasil. São aproximadamente 45 Postos e 2.400 Voluntários[1] que se revezam para o atendimento 24 horas por dia, inclusive aos domingos e feriados. Esse atendimento é prestado por telefone, e-mail, pessoalmente e via chat, sendo a primeira entidade do gênero no mundo a prestar atendimento via chat.
Como é o atendimento
O trabalho consiste no diálogo compreensivo e na doação incondicional do calor humano. O Voluntário trabalha no sentido de compreender a pessoa que procura o CVV, dessa forma, valorizando sua vida.
O atendimento é feito por telefone, pessoalmente, por correspondência, chat ou e-mail. A pessoa que procura o CVV tem o sigilo assegurado, a total privacidade e anonimato. O atendimento ocorre em clima de profundo respeito e confiança. Basta que a pessoa ligue para o telefone 141, ou acesse o site www.CVV.org.br para falar com o Posto CVV de sua região.
Quem são os Voluntários
Pessoas com aptidões para o serviço voluntário que passam por um curso teórico e prático oferecido pelo Posto. Esse curso é gratuito e ministrado periodicamente com prévia divulgação na comunidade. São pessoas maiores de 18 anos, de boa vontade, que acreditam no valor da vida e dispostas a conversar com outras pessoas em seus momentos de vulnerabilidade emocional.
Como é mantida a instituição
A instituição é mantida com as contribuições dos próprios Voluntários e também por doações feitas por pessoas e segmentos da sociedade que reconhecem a importância do trabalho.
Tem personalidade jurídica e não está vinculada a religião ou política.
A Linha da Vida
O CVV é hoje um dos serviços mais procurados do país, com uma média superior a um milhão de ligações por ano[1] .
Segundo a OMS - Organização Mundial de Saúde, cerca de 3 mil pessoas por dia cometem suicídio em todo o mundo.
Segundo dados do relatório de setembro de 2007, a ocorrência de suicídios aumentou 60% nos últimos 50 anos. Atualmente é uma das principais causas de morte entre os jovens e adultos de 15 a 34 anos, embora a maioria dos casos ocorra entre as pessoas com mais de 60 anos.
Organismos internacionais como a OMS e a AIPS-Associação Internacional para Prevenção do Suicídio reconhecem a importância de programas como o do CVV e, no Brasil, outras iniciativas foram criadas, inclusive pelo Ministério da Saúde.
Observações
- No Brasil, o CVV é reconhecido como serviço de utilidade pública pelo Ministério da Saúde, pertencendo às organizações do terceiro setor.
- Nos primórdios, o Programa CVV recebeu influência dos Samaritanos Internacionais, grupo fundado pelo Reverendo Chad Varah, em 1953 na Inglaterra.
- Os atendentes do Programa CVV, todos voluntários, possuem as mais diversas formações. Enquanto em atividade no CVV, deixam ao lado seu 'eu profissional' (psicólogo, dona de casa, estudante, médico, professor, etc.) e focam apenas o seu 'eu voluntário'.
- A forma de atendimento efetuada pelo voluntário é baseada na filosofia humanista de Carl Rogers.