2010: Odyssey Two

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2010: Odyssey Two
2010: Segunda Odisseia (PT)
2010: Uma Odisseia no Espaço 2 (BR)
2010: Odyssey Two
Autor(es) Arthur C. Clarke
Idioma inglês
País  Reino Unido
Gênero ficção científica
Série Odisseia no Espaço
Arte de capa Michael Whelan
Editora Granada Publishing Ltd
Lançamento Janeiro de 1982
Páginas 291
ISBN 0-345-31282-1
Edição portuguesa
Tradução F. Oliveira Faia
Editora Publicações Europa-América
Lançamento 1984
Páginas 228
Cronologia
2001: A Space Odyssey
2061: Odyssey Three

2010: Odyssey Two (2010: Uma Odisseia no Espaço 2, no Brasil; 2010: Segunda Odisseia, em Portugal) é o segundo romance da saga de quatro livros, escrita por Arthur C. Clarke e publicado em 1982. O livro, assim como o primeiro, possui um adaptação ao cinema, titulada 2010: The Year We Make Contact.

Sinopse [aviso de spoilers][editar | editar código-fonte]

O livro passa-se nove anos depois da nave Discovery One, do computador HAL 9000 e do tripulante Dave Bowman (principal personagem do primeiro livro) terem ido ao encontro de Júpiter e, consequentemente, do "Grande Irmão" — denominação dada ao grande monólito (AMT-2) encontrado em Júpiter que, a não ser pelo tamanho, é idêntico ao monólito encontrado na Lua em 2001.

Nesta história o personagem principal trata-se do Dr. Heywood Floyd, que havia comandado da Terra a missão da Discovery One em 2001, e agora parte na nave Leonov (uma nave russa) junto com Walter Curnow (o engenheiro que projetou a Discovery) e Dr.Chandra (que construiu HAL 9000), além da tripulação russa, em uma missão para resgatar a primeira nave e tentar descobrir mais sobre o monólito de Júpiter e o paradeiro de Dave Bowman. Nesta viagem o computador HAL 9000 é reativado, assim como toda a Discovery One. Eles descobrem que os mesmos seres inteligentes que nos deixaram os monolitos estão desenvolvendo vida no satélite jupiteriano Europa. Junto a Leonov outra nave parte para as proximidades de Júpiter: a nave chinesa Tsien, que pousa em Europa, mas acaba sendo destruída. Um de seus tripulantes (Dr.Chang), o único sobrevivente, consegue relatar as formas de vida europanas através de seu rádio para a humanidade antes de morrer.

Quando Leonov finalmente chega ao monólito este não apresenta nenhuma reação durante um longo tempo, até que o "Novo Dave Bowman" (ou aquilo em que ele se transformou) reaparece e avisa a tripulação que a Leonov deve voltar para Terra o quanto antes. Através de uma acoplagem entre a Leonov e a Discovery a tripulação foge das proximidades de Júpiter, com a ajuda de HAL. Eles escapam bem a tempo da explosão de Júpiter causada pelo monólito, que transforma o antigo planeta em uma nova estrela, um segundo sol.

Junto com esta explosão Hal transmite uma mensagem dos donos dos monólitos a toda a humanidade: "TODOS ESTES MUNDOS SÃO SEUS EXCETO EUROPA. NÃO TENTEM ATERRISSAR LÁ!"

Com este desfecho é dada a resposta definitiva sobre vida inteligente não-humana e inicia-se a conquista do espaço pelo homem.

Escrita[editar | editar código-fonte]

Clarke escreveu os primeiros 25% do livro numa máquina de escrever elétrica, mas então começou a usar um computador Archives III nos finais de 1981 (carinhosamente o chamando de "Archie"). Impressionado com seus recursos de processamento de texto, ele então escreveu o resto do romance usando este método e 2010 é, portando, o primeiro livro de Clarke escrito em um computador.[1]

Relações com a realidade

Clarke apimentou o romance com o nome de vários dissidentes soviéticos, incluindo os físicos Andrei Sakharov e Yuri Orlov, ativistas dos direitos humanos Mykola Rudenko e Anatoly Marchenko, o ativista ortodoxo russo Gleb Yakunin, entre outros.[2] Clarke mesmo faz uma referencia a "colocar (editor Vasili Zakharchenko) em sérios problemas tomando emprestados nomes de vários dissidentes" em 2061: Odyssey Three[3]

Descontinuidades entre 2010 e os outros trabalhos

Clarke reconheceu tais inconsistências na Nota do Autor em 2061

Assim com 2010: Odisseia Dois não foi uma sequência direta de 2001: Uma Odisseia no Espaço, então este livro não é uma sequencia linear de 2010. Todos eles devem ser considerados como variações sobre o mesmo tema, envolvendo muitos dos mesmos personagens e situações, mas não necessariamente acontecendo no mesmo universo. Os desenvolvimentos desde 1964 fazem a consistência total impossível, porque as historias posteriores incorporam descobertas e os eventos que não tinham ocorrido mesmo quando os livros mais adiantados haviam sido escritos.
  • No filme 2001, as últimas palavras faladas são uma gravação da visão geral da missão. No entanto, na novelização Dave Bowman é ouvido dizendo "Meu Deus! Está cheio de estrelas". Esta citação é usada tanto no livro quanto na versão filmada de 2010.
  • A segunda metade do livro 2001: Uma Odisseia no Espaço ocorre em torno de Saturno, com o Monólito embutido na superfície da lua saturniana Jápeto. O livro 2010 segue a continuidade do filme 2001, que coloca o Monólito e a descoberta em órbita entre Júpiter e sua lua Io.
  • Quando Bowman recorda os acontecimentos de 2001, ele se lembra do incidente de perseguir o cadáver de Frank Poole em uma cápsula sem seu capacete, e então entrar no Discovery através da sonda de emergência. Este incidente só ocorreu no filme. No livro, HAL abre todas as portas da compartimento dos casulos e a câmara de emergência para matar a equipe quando Bowman tenta despertá-los da hibernação.
  • Em todos os romances da Odisseia do Espaço e a versão cinematográfica de 2010, o instrutor da HAL é nomeado Dr. Chandra; No filme 2001: Uma Odisséia no Espaço, este é o Sr. Langley.[4][5]

Referências


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