A Fool There Was (1915)

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A Fool There Was
A Fool There Was (1915)
Cartaz original do filme
No Brasil Escravo de uma Paixão
Estados Unidos
1915 •  p&b •  66 min 
Gênero drama
Direção Frank Powell
Produção William Fox
Roteiro Roy L. McCardell (cenário)
Frank Powell (adaptação)
Baseado em A Fool There Was, de Porter Emerson Browne
Elenco Theda Bara
Edward José
Cinematografia George Schneiderman
Distribuição Box Office Attractions Company
Fox Film Corporation (relançamento de 1918)
Lançamento
  • 12 de janeiro de 1915 (Estados Unidos)
  • 10 de março de 1916 (Brasil)
Idioma mudo (intertítulos em inglês)

A Fool There Was (bra: Escravo de uma Paixão[1][2]) é um filme americano de drama mudo produzido por William Fox, dirigido por Frank Powell e estrelado por Theda Bara. Lançado em 1915, o filme foi considerado polêmico por longas cartas de intertítulos ousadas como "Beije-me, meu tolo!"[3]

A Fool There Was é um dos poucos filmes existentes com Theda Bara. Ele popularizou a palavra vamp (abreviação de vampiro),[4] que descreve uma femme fatale que causa a degradação moral daqueles que ela seduz, primeiro fascinando e depois exaurindo suas vítimas.

O Filme ''A Fool There Was''

Em 2015, a Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos selecionou o filme para preservação no National Film Registry, considerando-o "culturalmente, historicamente ou esteticamente significativo".[5][6][7]

A Fool There Was foi lançado no Brasil com o título Escravo de Uma Paixão em 10 de Março de 1916.[2]

Elenco[editar | editar código-fonte]

Enredo[editar | editar código-fonte]

Theda Bara em A Fool There Was
Propaganda do filme Escravo de Uma Paixão (A Fool There Was) na revista Correio da Manhã (RJ) no Brasil.

John Schuyler (Edward José), um advogado e diplomata rico de Wall Street, é um marido e um homem de família dedicado. Ele é enviado para a Inglaterra em uma missão diplomática sem sua esposa e filha. No navio ele conhece a "Mulher Vampira" (Theda Bara) - uma vampira psíquica descrita como "uma mulher da espécie vampírica" - que usa seus encantos para seduzir homens, apenas para partir depois de arruinar suas vidas. Schuyler é mais uma de suas vítimas que cai completamente sob seu controle. No processo de sucumbir à vontade dela, ele abandona sua família, perde seu emprego, sua posição social e se torna um bêbado delirante. Todas as tentativas de sua família para fazê-lo retornar falham e o infeliz "tolo" mergulha cada vez mais fundo na degradação física e mental.[8]

Base[editar | editar código-fonte]

O filme é baseado na produção da Broadway de 1909, A Fool There Was, de Porter Emerson Browne, que por sua vez baseou sua peça no poema de Rudyard Kipling, The Vampire.[3] Katharine Kaelred desempenhou o papel de sedutora, conhecida como "A Mulher".[9] A estrela da peça foi o ídolo da matinê vitoriana Robert C. Hilliard,[9] cujo nome apareceu com destaque em alguns anúncios do filme, embora ele não tivesse nenhuma conexão com o filme.[carece de fontes?]

Produção[editar | editar código-fonte]

Os produtores fizeram questão de homenagear sua fonte literária, tendo um verdadeiro ator lendo o poema completo para o público antes de cada exibição inicial e apresentando trechos do poema ao longo do filme em legendas. O crédito oficial de Bara é até "O Vampiro", e por esta razão o filme às vezes é citado como o primeiro filme de "vampiro".[9] No entanto, tanto no filme como no poema de Kipling, o termo é usado metaforicamente, pois o personagem não é literalmente um vampiro.

O filme foi a primeira aparição na tela da atriz de cinema da época da Primeira Guerra Mundial May Allison (1890 - 1989).

Embora o filme contenha cenas aparentemente ambientadas na Inglaterra e na Itália, o filme inteiro foi filmado em St. Augustine, Flórida.[10]

Lançamento[editar | editar código-fonte]

O filme também foi um divisor de águas na publicidade cinematográfica inicial. Em uma coletiva de imprensa em janeiro de 1915, o estúdio deu uma elaborada biografia ficcional de Theda Bara, tornando-a uma exótica atriz árabe, e a apresentou em um extravagante traje de pele. Em seguida, eles vazaram intencionalmente para a imprensa que a coisa toda era uma farsa. Esta pode ter sido uma das primeiras manobras publicitárias de Hollywood.

Embora parte do filme se passe no Reino Unido, o filme não foi aprovado pelo British Board of Film Censors, por sua política de rejeitar filmes com relações sexuais ilícitas.[11] Embora A Fool There Was nunca tenha sido exibido ao público na Grã-Bretanha, mais tarde filmes de Theda Bara foram permitidos.

Status de preservação[editar | editar código-fonte]

A Fool There Was é um dos poucos filmes de Theda Bara que existem, com cópias no Museu de Arte Moderna, Arquivo Nacional BFI e outros arquivos de filmes.[10] Os outros filmes de Bara sobreviventes são The Stain (1914), East Lynne (1916), The Unchastened Woman (1925) e duas comédias curtas que ela fez para Hal Roach em meados da década de 1920.

Referências

  1. «Escravo de uma Paixão». Cineplayers. Brasil. Consultado em 27 de novembro de 2021 
  2. a b «Correio da Manhã (RJ) - 1910 a 1919 - DocReader Web». memoria.bn.br. Consultado em 28 de novembro de 2021 
  3. a b «Silent Era : Progressive Silent Film List». www.silentera.com. Consultado em 20 de novembro de 2021 
  4. «vamp | Etymology, origin and meaning of vamp by etymonline». www.etymonline.com (em inglês). Consultado em 20 de novembro de 2021 
  5. Barnes, Mike; Barnes, Mike (16 de dezembro de 2015). «'Ghostbusters,' 'Top Gun,' 'Shawshank' Enter National Film Registry». The Hollywood Reporter (em inglês). Consultado em 20 de novembro de 2021 
  6. «2015 National Film Registry: "Ghostbusters" Gets the Call». Library of Congress, Washington, D.C. 20540 USA. Consultado em 20 de novembro de 2021 
  7. «Complete National Film Registry Listing | Film Registry | National Film Preservation Board | Programs | Library of Congress». Library of Congress, Washington, D.C. 20540 USA. Consultado em 20 de novembro de 2021 
  8. Weinstock, Jeffrey. «Sans Fangs: Theda Bara, A Fool There Was, and the Cinematic Vamp». Dracula's Daughters: The Female Vampire on Film. Consultado em 20 de novembro de 2021 
  9. a b c «A Fool There Was – Broadway Play – Original | IBDB». www.ibdb.com. Consultado em 20 de novembro de 2021 
  10. a b «Silent Sundays Features "A Fool There Was"». normanstudios.org. Consultado em 20 de novembro de 2021. Arquivado do original em 30 de julho de 2014 
  11. Robertson, Dr James C.; Robertson, James (6 de maio de 1993). The Hidden Cinema: British Film Censorship in Action 1913-1972 (em inglês). [S.l.]: Taylor & Francis