A Penna

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A Penna
A Penna
Primeira página da edição de 8 de abril de 1926 ( Exemplar do APMC)
Formato standard
Sede Caetité
País  Brasil
Slogan Orgam dos interesses commerciaes, agricolas e civilisadoras do Alto Sertão
Fundação 1897
Fundador(es) João Gumes
Proprietário Gumes & Filhos
Término de publicação 1946

A Penna foi um jornal que circulou na cidade de Caetité, interior do estado brasileiro da Bahia, entre os anos de 1897 e 1946. Junto a outras publicações da sua tipografia como 'O Arrebol', 'O Caetité', 'Lux', 'O Dever', 'Evolução', 'A Voz da Pátria', 'O Lápis', 'Do Commercio', está hoje disponível no acervo do Arquivo Público Municipal de Caetité.[1]

Circulava em várias partes do país e registrou, ao longo de sua existência, momentos de conturbação política no estado, como a disputa vivida entre J. J. Seabra e Góes Calmon.[2]

Histórico[editar | editar código-fonte]

A 5 de Março de 1897 iniciou sua publicação - sendo assim o primeiro jornal do Alto Sertão e segundo do interior baiano. Surgiu inicialmente em quatro páginas, depois ampliadas para seis, que eram compostas pelo editorial, artigos de fundo, editais, coluna social, notas diversas, etc. Seu tamanho era standard.[3]

Em 1923, João Gumes registrou (com atualização ortográfica aqui): "Quando fundamos A PENNA em 1897, dissemos que considerávamos a imprensa um dos mais importantes fatores de progresso social [...] Avançamos afoitamente essa proposição [...] Mais tarde, porém, a rude experiência, o cansaço, o arrefecimento do primeiro entusiasmo, fizeram-nos compreender que a imprensa só poderá medrar e concorrer para o progresso, só poderá produzir fruto abundante, quando concorram com ela, quando colaborarem com a sua ação, outros elementos de uma ponderabilidade incontestável que a princípio não podíamos perceber. Caímos na luta que travou-se entre a nossa frágil vontade e os mil obstáculos que se opuseram à vida e desenvolvimento da A Penna [...]."[2]

Conservação[editar | editar código-fonte]

Com a instituição, em 1999, do Arquivo Público Municipal de Caetité, o acervo de Gumes foi doado por sua filha Heloísa Gumes Portella.[1] Ali, numa parceria com o Campus VI da Universidade do Estado da Bahia, o jornal foi catalogado, higienizado e microfilmado.[4]

Referências

  1. a b «Arquivo Municipal de Caetité». Pesquisando a História. Consultado em 30 de janeiro de 2024. Cópia arquivada em 30 de janeiro de 2024 
  2. a b Maria de Fátima Novaes Pires (2011). «Hommes de Lettres na "Corte do Sertão": João Gumes e a escrita social». Veredas da História - UFBA. Consultado em 30 de janeiro de 2024. Cópia arquivada em 9 de junho de 2023 
  3. Jeremias Macário de Oliveira (2005). «A imprensa no sudoeste a partir de João Gumes». A Imprensa e o Coronelismo no Sertão do Sudoeste. Vitória da Conquista: UESB. p. 51 e seg. 
  4. Joseni Pereira Reis (2010). «Instâncias formativas, modos e condições de participação nas culturas do escrito: o caso de João Gumes (Caetité-BA, 1897-1928)» (PDF). SEI-BA. Consultado em 30 de janeiro de 2024. Cópia arquivada (PDF) em 21 de dezembro de 2018 
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