Ali Chaim
Ali Chaim | |
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Pseudônimo(s) | Laurence das Arábias Califa 33 |
Nascimento | 25 de janeiro de 1939 Curitiba |
Morte | 27 de maio de 2020 (81 anos) Curitiba |
Nacionalidade | brasileiro |
Alma mater | Universidade Federal do Paraná |
Ocupação | jornalista e apresentador |
Ali Chaim (Curitiba, 25 de janeiro de 1939 - Curitiba, 27 de maio de 2020) foi um radialista, jornalista e apresentador brasileiro.[1]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Filho de Hussem e Olga Chaim[2], nasceu em 25 de janeiro de 1939[3] no antigo bairro Capanema (atual Jardim Botânico). Formou-se em Ciências Contábeis, na UFPR, e Perito-Auxiliar, na Escola de Polícia Civil do Estado do Paraná.
Começou carreira de jornalista no "Diário da Tarde", em 1960, escrevendo uma coluna sobre a noite curitibana, a "Giro na Noite". Nesta espaço, escrevia com o pseudônimo de "Laurence das Arábias", o primeiro de vários apelido que passou a colecionar ao longo da vida. Em 1968, foi convidado a trabalhar na Rádio Clube Paranaense e em 1973, passou para a Rádio Colombo, apresentando o programa "Bate Papo com o Califa". Este programa e a sua coluna, no jornal "Correio de Notícias" com o título de "O Buxixo do Califa 33", contribuíram para o seu segundo apelido: "Califa 33".[4][5]
Quando ainda cobria notícias policiais em campo (nas delegacias) para uma rádio da capital paranaense em meados da década de 1970, foi o primeiro repórter a relatar a história contada por um taxista quando este foi fazer um Boletim de Ocorrência em uma delegacia. O relato transformou-se numa lenda urbana curitibano[6] conhecida como "A Loira Fantasma"[7]. Esta lenda transformou-se em curta-metragem lançado em 1991[8], com direção de Fernanda Morini, e com a participação de Chaim fazendo o papel dele mesmo[9].
Ganhou notoriedade na televisão, quando passou a apresentar programas jornalísticos de conteúdo policial, como "Show da Notícia do Canal 4" na antiga TV Iguaçu. Também trabalhou na TV Paraná, canal 6 e na TV Paranaense, canal 12.[5]
Na TV Iguaçu, apresentava o programa onde aparecia somente o seu perfil por detrás de uma cortina. Com isso, ganhou o apelido de "Sombra"[10]. Este artifício televisivo foi copiado pelo apresentador Ratinho em seus programas.[11][5]
Ganhou várias homenagens, entre elas: "Troféu Comunicação Cidade" (em 1977 e 1979), "Melhores do Rádio" (em 1974) e "Jornalista do Ano" (em 1985).[1]
Sua vida profissional foi tema, em 2012, do curta-metragem "Califa 33" (vencedor de prêmios nos festivais: "Festival Olhar de Cinema" e "Recine Festival Internacional de Cinema de Arquivo"), com direção de Yanko Del Pino[12].
Morte
[editar | editar código-fonte]Chaim morreu no dia 27 de maio de 2020, em sua cidade natal[5]. O repórter faleceu na mesma semana em que a lenda que ajudou a criar, a "Loira Fantasma", completou 45 anos.[6]
Referências
- ↑ a b Ali Chaim (2009) Memórias do Paraná - edição de 2009
- ↑ Prefeitura de Curitiba (28 de maio de 2020). «Serviço funerário municipal de Curitiba». Consultado em 28 de maio de 2020
- ↑ Canal de televisão Paraná Educativa (28 de maio de 2020). «Vídeo do canal Paraná Turismo». Consultado em 28 de maio de 2020
- ↑ Mil e uma noites com Ali Chaim Jornal Gazeta do Povo - edição de 29 de junho de 2013
- ↑ a b c d Jornal Tribuna do Paraná (28 de maio de 2020). «Morre Ali Chaim, repórter policial que noticiou a lenda da Loira Fantasma». Consultado em 28 de maio de 2020
- ↑ a b Jornal Tribuna do Paraná (21 de maio de 2020). «Lenda da Loira Fantasma completa 45 anos e ganha história em quadrinhos». Consultado em 28 de maio de 2020
- ↑ 'Não acredito, mas não duvido', diz taxista sobre lenda da loira fantasma Portal G1 - RPC - edição de 28 de março de 2013
- ↑ A chegada das loiras fantasmas Tabloide Digital - edição de 10 de maio de 1989
- ↑ A LOIRA FANTASMA Cinemateca Brasileira
- ↑ Wasyl Stuparyk ou Basílio Junior O Rádio e Televisão do Paraná
- ↑ Do rolê do Chaim ao rolo do Petraglia Jornal Tribuna do Paraná - edição de 20 de janeiro de 2014
- ↑ "Califa 33", de Yanko del Pino (2012) Portal Cultura