Anastácio I de Antioquia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para outros santos de mesmo nome, veja Santo Anastácio.
 Nota: Para outras pessoas de mesmo nome, veja Anastácio I.
Anastácio I de Antioquia
Patriarca grego ortodoxo de Antioquia
Reinado 561–571
Antecessor(a) Dono III
Sucessor(a) Gregório I
Patriarca grego ortodoxo de Antioquia
Reinado 593–598
Predecessor(a) Gregório I
Sucessor(a) Anastácio II
 
Nascimento século VI
  Palestina
Morte 598
  Antioquia
Religião Cristianismo
São Anastácio
Veneração por Igreja Católica
Igreja Ortodoxa
Festa litúrgica 21 de abril

Anastácio I (em latim: Anastasius I; em grego clássico: Αναστάσιος Α; romaniz.:Anastásios A) foi um patriarca grego ortodoxo de Antioquia entre 559/61 e 570/1 e novamente entre 593 e 598.

Vida[editar | editar código-fonte]

Anastácio nasceu em data incerta na Palestina. Antes da eleição, serviu como apocrisiário de Alexandria por Antioquia.[1] Assumiu o patriarcado em 559/61.[2][3] Lembrado por sua erudição e austeridade,[4] atraiu a inimizade do imperador Justiniano (r. 527–565) ao se opor ao edito dele favorável ao aftartodocetismo, que acreditava que o corpo de Cristo antes da ressurreição era incorruptível.[3] Não foi deposto de sua sé pelo imperador, pois ele faleceu em 565. Seu sobrinho e sucessor, Justino II (r. 565–578), realizou o propósito do tio em 570/1, depondo e exilando Anastácio e o substituindo por Gregório I.[4]

É capaz que Anastácio ficou por anos em Constantinopla e se amigou com o futuro papa Gregório I (590–604). Gregório faleceu em 593 e ele foi restituído em 23 de março[1] por intercessão de Gregório I, junto a Maurício (r. 582–602) e seu filho Teodósio, que pediu que fosse a Roma caso não voltasse a Antioquia. Ficou na posição até 598, quando faleceu. Foi substituído em 599 por Anastácio II. Foi considerado um santo e seu dia é 21 de abril.[4]

Anastácio teve papel central nas discussões dogmáticas de seu tempo e escreveu tratados contra um triteísta, sobre a Trindade e a Encarnação, sobre a providência de Deus e sobre inúmeros problemas de interpretação bíblica.[5] De algumas cartas enviadas a ele por Gregório, acredita-se que não foi suficientemente vigoroso em denunciar as reivindicações do patriarca de Constantinopla de ser bispo universal.[4] Defendeu o credo calcedoniano, mas tentou fechar a lacuna com os monofisistas.[5]

Referências

  1. a b Papadakis 1991, p. 87.
  2. Sahas 2021, p. 176.
  3. a b Smith 1870, p. 160.
  4. a b c d Campbell 1907.
  5. a b Livingstone 2006.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Campbell, T. (1907). «St. Anastasius». Enciclopédia Católica. Nova Iorque: Robert Appleton Company 
  • Livingstone, E. A. (2006). «Anastasius I». The Concise Oxford Dictionary of the Christian Church. Oxônia: Imprensa da Universidade de Oxônia 
  • Papadakis, Aristeidis (1991). «Anastasios I». In: Kajdan, Alexander. The Oxford Dictionary of Byzantium. Nova Iorque e Oxônia: Imprensa da Universidade de Oxônia. ISBN 0-19-504652-8 
  • Sahas, Daniel J. (2021). Byzantium and Islam: Collected Studies on Byzantine-Muslim Encounters. Leida e Nova Iorque: Brill 
  • Smith, Philip (1870). «Anastasius Sinaita». In: Smith, William. Dictionary of Greek and Roman Biography and Mythology. Boston: Little, Brown and Company