Andrés Hurtado de Mendoza

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Andrés Hurtado de Mendoza
Andrés Hurtado de Mendoza
Nascimento 1510
Cuenca
Morte 30 de março de 1561
Lima
Cidadania Espanha
Progenitores
Filho(a)(s) García Hurtado de Mendoza, Diego Hurtado de Mendoza, 4th Marquis of Cañete
Ocupação político, militar
Religião catolicismo
Andrés Hurtado de Mendoza

Andrés Hurtado de Mendoza (Cuenca, Espanha, 1500 - Lima, Peru, 30 de março de 1561) foi um oficial militar espanhol e o quinto vice-rei do Peru[1] no período de 29 de junho de 1556 até a sua morte em 30 de março de 1561.[2][3]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Andrés Hurtado nasceu de Mendoza numa família nobre espanhola. Era um descendente de Juan Hurtado de Mendoza, Senhor de Mendívil. Foi governador de Cuenca e caçador chefe real de Castela, sucedendo seu pai em ambas as posições. Foi também militar, serviu em ações em Granada, França e Flanders. Ele acompanhou o Imperador Carlos I até a Alemanha e Flanders.

Após ser nomeado vice-rei do Peru em 1556, ele chegou ao Panamá, na época parte do vice-reinado do Peru. No Panamá ele adiou sua viagem para entrar em acordo com escravos fugitivos rebelados. Hurtado colocou Pedro de Ursúa como encarregado de suprimir os rebeldes.

Como vice-rei do Peru[editar | editar código-fonte]

Andrés Mendoza chegou em Lima em 29 de junho de 1556, encontrou uma colônia ainda recuperando-se das rebeliões de Sebastian del Castillo, Godinez, e Giron. A Real Audiência havia sido estabelecida por quase quatro anos, com seu presidente, Melchor Bravo de Saravia, servindo de vice-rei interino. Havia muita discussão entre os juízes da Audiência e eles eram arrogantes em relação ao novo vice-rei Diante da situação, Hurtado pediu ao rei que afastasse a maioria ofensiva. Por toda a colônia, os rebeldes que foram perdoados estavam inquietos e monárquicos leais eram agitados por maiores recompensas. Houve ainda alguns focos de resistência por parte dos Incas. Diante dessa turbulência, Hurtado adotou medidas tirânicas, executou antigos rebeldes e baniu muito dos partidários insatisfeitos com o governo. Entre suas outras medidas de segurança estavam a criação de uma guarda permanente em Lima e a construção de Galés adicionais para proteger a costa.

Hurtado fundou o Colégio San Juan de la Penitencia em Lima para meninas mestiças pobres, e um outro colégio na cidade de Trujillo. Também doou a recém construída Universidad Nacional Mayor de San Marcos. Fundou o Hospital de San Andrés, também em Lima, e ordenou que as múmias dos incas Viracocha, Yupanqui e Huayna Capac fossem levadas para lá. Em 1558 fundou a cidade de Cuenca, próxima a antiga residência real inca de Tomebampa (Equador). No Chile fundou as cidades de Mendoza e Osorno (1559), e a Audiência de Chuquisaca.

Ainda em 1558, o vice-rei enviou várias expedições de pesquisa, também destinadas a combater grupos de aventureiros. Ele confiou a pacificação da Amazônia ao seu leal partidário Pedro de Ursúa, e a conquista dos Chiriguanos e e planícies da Condorillo ficou aos cuidados de Andrés Manso.

Nomeou seu filho García Hurtado de Mendoza, então com vinte e dois anos, governador do Chile. Em 1557, o português Enrique Garcés, descobriu o mineral mercúrio em Huencavélica, necessário para a extração da prata.

O vice-rei Andrés Hurtado recebe Sayri Tupac, rei Inca do Peru, e o homenagea em Lima.

Relações com os indígenas[editar | editar código-fonte]

Ainda em 1558 Mendoza restabeleceu a jurisdição local dos chefes nativos. Em 5 de janeiro de 1560 o vice-rei se encontrou com o último neto de Huayna Capac, Sayri Tupac Inca em Lima. Sayri Tupac renunciou ao seu direito ao Império Inca e aceitou o batismo, como Diego. No retorno, recebeu o título de Príncipe de Yucay, e uma generosa recompensa. Hurtado proibiu a venda de bebidas alcoólicas aos indígenas.

Fim do governo de Hurtado[editar | editar código-fonte]

Enquanto isso, reclamações sobre o governo cruel e arbitrário de Hurtado, especialmente por parte daqueles que ele havia exilado, fizeram com que o rei Filipe II o afastasse do cargo. Outras queixas contra a gestão de Hurtado foram sobre a falta de controle da economia, e o enforcamento do capitão Robles em sua própria cama. Em seu lugar, o rei nomeou Diego López de Zúñiga y Velasco. López chegou à Paita em janeiro de 1561. Sua comunicação com Hurtado antes da chegada mostrou uma falta de respeito. Hurtado adoeceu e morreu antes de López chegar a capital. Ele foi sepultado na catedral de Cuenca, Espanha.

Referências

  1. Congreso, Instituto Internacional de Historia del Derecho Indiano (1973). Actas Y Estudios (em espanhol). Madrid: Instituto Nacional de Estudios Jurídicos. p. 693 
  2. Fitzgibbon, Russell Humke (1938). Visual Outline of Latin American History (em inglês). Londres: Longmans, Green and Company. p. 43 
  3. Jay, Felix (2002). Urban Communities in Early Spanish America, 1493-1700 (em inglês). Lewiston: Edwin Mellen Press. p. 291 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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Precedido por
Melchor Bravo de Saravia
Vice-rei do Peru
15561561
Sucedido por
Diego López de Zúñiga