Antonio Maluf

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Antônio Maluf
Antonio-Maluf.jpg
Antônio Maluf
Nome completo Antônio Maluf
Nascimento 17 de dezembro de 1926
São Paulo
Morte 26 de agosto de 2005 (78 anos)
São Paulo
Nacionalidade brasileiro
Ocupação artista plástico, ilustrador, artista gráfico

Antônio Maluf (São Paulo, 17 de dezembro de 1926Paulo, 26 de agosto de 2005) foi um artista plástico, ilustrador e artista gráfico brasileiro. Iniciou seus estudos em engenharia civil e passou, posteriormente, a cursar a Escola Livre de Artes Plásticas, em São Paulo, dirigida por Flávio Motta 1916. Venceu o concurso para o cartaz da 1ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1951, e este é considerado um marco do design gráfico no país. O artista utilizava vários suportes e realizava pinturas murais e elementos modulares, atuando em colaboração com arquitetos como Vilanova Artigas (1915 - 1985), entre outros.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Formação[editar | editar código-fonte]

Antônio Maluf estudou na Escola Livre de Artes Plásticas, em São Paulo, na década de 1940, e também cursou pintura nos ateliês de Waldemar da Costa (1904 - 1982) e Flexor (1907 - 1971). Em 1951, matriculou-se no primeiro curso de desenho industrial da América Latina, no Instituto de Arte Contemporânea (IAC) do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp). Entre os colegas do IAC, encontram-se futuros grandes designers e artistas concretos brasileiros como Alexandre Wollner e Maurício Nogueira Lima.

Maluf seguiu uma trajetória singular, pois apesar de adotar a linguagem construtiva, compartilhada por vários artistas a partir da década de 1950, não se vincula a nenhum grupo. Elabora, em 1951, um de seus primeiros trabalhos concretos, Equação dos Desenvolvimentos em Progressões Crescentes e Decrescentes, que é adaptado para participar do concurso de cartazes da 1ª Bienal Internacional de São Paulo. Ele venceu o concurso e seu trabalho é considerado um marco no design gráfico brasileiro. O cartaz traz retângulos que se adensam, à medida em que são reduzidos, em direção ao centro do papel. Apresentou assim uma vibração ótica resultante da sugestão de movimento criada pelas linhas paralelas. Já nas séries Progressões Crescentes e Decrescentes, o artista criou um ritmo que parece se ampliar ao infinito, pela repetição de uma mesma estrutura geométrica.

Maluf utilizou variados suportes, dedicando-se a pinturas murais em azulejos e estampas para tecidos, sempre norteados por sua visão da arte concreta. Na opinião da crítica Regina Teixeira de Barros, a produção de Antônio Maluf baseia-se no conceito da equação dos desenvolvimentos, estabelecendo uma relação de igualdade entre os elementos da linguagem artística e o suporte sobre o qual eles são aplicados. Nos murais criados, por exemplo, para o edifício Vila Normanda, no centro de São Paulo, a disposição dos azulejos que servem como suporte é proporcional à utilizada nos retângulos que constituem o mural. Através de variações possíveis, obtidas pela divisão de retângulos em doze unidades, o artista lidou com princípios de equilíbrio e contrastes de cores, criando ritmos rigorosamente elaborados.

Como designer, elaborou cartazes, logomarcas, padronagens de tecido, projetos para outdoors e integrou sua obra gráfica a projetos de arquitetura. Criou murais e elementos modulares, colaborando com arquitetos como, por exemplo, Vilanova Artigas (1915 - 1985). A tendência construtiva caracterizou sua trajetória como artista e suas atividades de designer e programador visual. Com seus trabalhos, colaborou para a transformação da identidade visual da cidade de São Paulo, integrando a arte às atividades relacionadas ao cotidiano da população.[1]

Referências

  1. ITAU CULTURAL (2012). Comentário Crítico. Site Itaú Cultural <http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=artistas_biografia&cd_verbete=559&cd_item=2&cd_idioma=28555>. Acessado em 26 de abril de 2013.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]