Apolo e Dafne: diferenças entre revisões
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Ninguem acreditará, |
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Revisão das 13h09min de 5 de novembro de 2012
Apolo e Dafne | |
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Autor | Gian Lorenzo Bernini |
Data | 1622-1625 |
Técnica | Mármore |
Altura | 243 |
Localização | Galleria Borghese, Roma |
Apolo e Dafne é uma das esculturas mais famosas de Gian Lorenzo Bernini (1598 - 1680), grande escultor do barroco italiano. A escultura encontra-se na Galleria Borghese, Roma, Itália.
Bernini sabia como transformar o mármore rígido em feições delicadas e em pura ação e movimento, trazendo ao observador toda a tragédia do momento e a experiência do ato. "Apolo e Dafne" é uma das esculturas que demonstra a habilidade do artista em inserir o observador na ação. O modo desesperado com o qual Dafne tenta fugir de um Apolo alucinado e como a cena é captada no exato momento em que a ninfa se transforma em um loureiro para ser protegida.
A lenda conta que Apolo, o mais belo deus do Olimpo, autoconfiante com seu arco de prata, irrita o Cupido com sua arrogância. Assim, o Cupido teria lançado duas flechas, uma de amor em Apolo e outra de chumbo na ninfa Dafne, filha do rio-deus Peneu, que afastava o amor.
Doente de amor, Apolo começou o assédio sobre Dafne, que recusando todos os pretendentes, não deixou de recusar o belo deus. Apolo então começou uma perseguição a Dafne, que corria desesperada pela floresta tentando evitá-lo. Ele estava cada vez mais próximo de seu objetivo quando Dafne suplica ao seu pai, ao vê-lo entre as árvores, que parasse com o sofrimento. Peneu então, vendo que Apolo já tocava os cabelos da filha, a enfeitiça. Dafne sente seu corpo adormecer, sua pele se transformando em casca, os cabelos em folhas, os braços enrijeceram e viraram galhos, os pés fincaram-se no chão virando raízes.
Transtornado, Apolo se agarra à árvore que fora seu grande amor e chora, dizendo que os ramos do loureiro sempre o acompanharão em sua coroa verde e vistosa, participando de seus triunfos eternamente. Dessa maneira, os ramos de loureiro ficaram associados a Apolo, tanto que nos Jogos Olímpicos ele ainda constitui parte do prêmio.
Dafne
Um dos dons que atiçava Apolo, era sua capacidade de profetizar, já que Apolo era o deus da poesia e da clarividência. Tendo como parte de seu último suspiro, há uma profecia relatada por Hesíodo:
O fim se iniciará, Pelo roubo da mão.
A maldição terminará, Por um beijo do irmão. Meu ovo
Ninguem acreditará, Em sua história descomunal.
Apenas o loureiro se erguerá, Com o auxilio real.
As mão que correm o sangue do rei, Terão aparencia fina e delicada.
Recaberão um amor que nunca vos neguei, Mas tive de ser afastada.
Ao fim da Noite, sob o céu sem lua, O choro da dama irá lhe interessar.
Antes que possa executar a solução crua, Tudo vai expirar.
O viajante destemido.
Jamáis irá recuar, Passará por inúmeros aflitos.
Mas em nada voce se infiltrará.
O desengano de informação, Irá lhe ajudar.
Ja que o viajante e sua familia jamais descobrirão, A morte que tu conseguiste evitar.
O conselho doa desiguais, A vida há de eliminar.
Tendo como Hades, o senhor dos mortos, a obrigação de os torturar, Sem ter tempo da profecia apagar.
Vossas vidas terão um bem sem fim, Sob a coroa de honra e rosas cor de carmim.
A benção da rainha, eternamente tu terás, E nunca, jamáis, de tudo esquecerás.