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Aprovisionamento

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Aprovisionamento é o processo de localizar e concordar com os termos e adquirir bens, serviços ou outras obras de uma fonte externa, muitas vezes com o uso de uma licitação ou processo de licitação competitiva.[1] O termo também pode referir-se a uma obrigação contratual de “aprovisionar”, ou seja, de “garantir” que algo seja feito. Quando uma agência governamental compra bens ou serviços através desta prática, isso é denominado licitações públicas.[2]

O aprovisionamento como um processo organizacional tem como objetivo garantir que o comprador receba bens, serviços ou obras ao melhor preço possível quando aspectos como qualidade, quantidade, tempo e localização são comparados.[3] As empresas e os órgãos públicos definem frequentemente processos destinados a promover a concorrência justa e aberta para os seus negócios, minimizando ao mesmo tempo riscos como a exposição à fraude e ao conluio.

Quase todas as decisões de compra incluem fatores como entrega e manuseio, benefício marginal e flutuações nos preços dos produtos. As organizações que adotaram uma perspectiva de responsabilidade social corporativa também provavelmente exigirão que a sua atividade de compras tenha em conta considerações sociais e éticas mais amplas.[4] Por outro lado, a introdução de regulamentações externas relativas às práticas contábeis pode afetar as relações contínuas entre comprador e fornecedor de maneiras imprevistas.[5]

Aprovisionamento e aquisição

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O caminhão tem papel fundamental no aprovisionamento das empresas

Alguns consideram aprovisionamento e aquisição como conceitos diferentes, entendendo a aquisição como todo o acto de adquirir (avaliação, transporte, pagamento, etc.), enquanto que o aprovisionamento incluiria também a estratégia e as escolhas de fornecimento, sendo um processo integrado que prevê um novo modelo de relação com os fornecedores.[6]

No Brasil, porém, o termo aquisição é amplamente adotado na literatura técnica com uma acepção bastante abrangente, que também envolve aspectos estratégicos.

Grande parte da literatura e dos conceitos utilizados na área de administração é traduzida do inglês. Na origem, muitos desses conceitos faziam parte da terminologia adotada pelas Forças Armadas dos Estados Unidos, notadamente no que diz respeito à logística.

Em inglês, o termo procurement (do latim procurare, que significa «tratar com cuidado de negócios alheios, administrar, governar») é definido no Glossary of Defense Acquisition Acronyms & Terms do Departamento de Defesa americano como «o ato de comprar bens e serviços para o governo».[7]

Já o termo acquisition envolve, segundo o referido dicionário, «conceituação, início, projeto, desenvolvimento, teste, contratação, produção, implementação, apoio logístico, modificação e descarte de armas e outros sistemas, suprimentos ou serviços (incluindo construção) para satisfazer as necessidades do Departamento de Defesa, tanto para o uso direto em missões militares quanto para o apoio a essas missões».[7]

e-Procurement

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O termo e-procurement é comumente utilizado como referência ao uso de sistemas online para a automatização de processos de compras.

Referências

  1. Laffont, Jean-Jacques; Tirole, Jean (1993). A Theory of Incentives in Procurement and Regulation (em inglês). [S.l.]: MIT Press. p. 1. ISBN 9780262121743  Verifique o valor de |url-access=registration (ajuda)
  2. «Public procurement - OECD». www.oecd.org. Consultado em 22 de abril de 2022 
  3. Weele, Arjan J. van (2010). Purchasing and Supply Chain Management: Analysis, Strategy, Planning and Practice 5th ed. Andover: Cengage Learning. ISBN 978-1-4080-1896-5 
  4. Salam, M. A. (2007), Social responsibility in purchasing: the case of Thailand, International Journal of Procurement Management, vol. 1, issue 1/2, 97-116, accessed 27 January 2021. Salam refers to CSR in a purchasing context as "purchasing social responsibility" (PSR).
  5. Gu, Tiantian; Sanders, Nada R.; Venkateswaran, Anand (2017). «CEO Incentives and Customer-Supplier Relations». Production and Operations Management (em inglês). 26 (9): 1705–1727. ISSN 1937-5956. doi:10.1111/poms.12715 
  6. Dias, João (2005). Logística global e macrologística. [S.l.]: Sílabo. 584 páginas. ISBN 9789726183693 
  7. a b Defense Acquisition University (julho de 2005). Glossary of Defense Acquisition Acronyms & Terms (PDF) (em inglês) 12 ed. Virginia (EUA): Defense Acquisition University Press. 222 páginas. Consultado em 8 de janeiro de 2015. Arquivado do original (PDF) em 2 de setembro de 2012 
  • N., Shaw, Felecia (1 de outubro de 2010). «The Power to Procure: A Look inside the City of Austin Procurement Program». An Applied Research Project Submitted to the Department of Political Science, Texas State University-San Marcos, in Partial Fulfillment for the Requirements for the Degree of Masters of Public Administration, Fall 2010. Consultado em 26 de outubro de 2016 
  • Benslimane, Y.; Plaisent, M.; Bernard, P.: Investigating Search Costs and Coordination Costs in Electronic Markets: A Transaction Costs Economics Perspective, in: Electronic Markets, 15, 3, 2005, pp. 213–224.
  • Hodges Silverstein, S.; Sager, T.: 2015. Legal Procurement Handbook (New York: Buying Legal Council).
  • Hammami, Farouk; Rekik, Monia; Coelho, Leandro C. (2019). «Exact and heuristic solution approaches for the bid construction problem in transportation procurement auctions with a heterogeneous fleet». Transportation Research Part E: Logistics and Transportation Review. 127: 150–177. doi:10.1016/j.tre.2019.05.009  Transportation services procurement.
  • Keith, B.; Vitasek, K.; Manrodt, K.; Kling, J.: 2016. Strategic Sourcing in the New Economy: Harnessing the Potential of Sourcing Business Models for Modern Procurement (New York: Palgrave Macmillan).

Ligações externas

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