Armide (Lully)

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Armide é uma ópera em cinco atos do compositor francês Jean-Baptiste Lully. O libretto foi escrito por Philippe Quinault, baseda na obra do poeta Torquato Tasso La Gerusalemme liberata (Jerusalém libertada).[1]

Rinaldo e Armida por Nicolas Poussin

Armide foi a última de uma série de tragédias líricas de Lully e seu libretista Philippe Quinault. Trabalhavam juntos desde a primeira ópera de Lully, Les Fêtes de l'Amour et de Bacchus, de 1672. Quinault aposentou-se depois de Armide, que estreou em 1686, mas Lully escreveria mais duas óperas antes de morrer, no ano seguinte.

Baseada no poema épico do poeta italiano Torquato Tasso, e ambientada na Primeira Cruzada, é a história da paixão da maga Armida por seu ferrenho inimigo Renaud. Incomum na época, a ópera concentra-se quase toda no personagem-título e em suas emoções conflituosas. Foi um sucesso imediato e tornou-se um clássico do repertório francês.

A ópera abre com um prólogo no qual as deusas Glória e Sabedoria resumem a trama e (oliquamente) elogiam o rei.

Sinopse[editar | editar código-fonte]

Ato I[editar | editar código-fonte]

Armida capturara alguns cruzados em Damasco, mas está obcecada com Renaud, a quem não consegue derrotar. Sua obsessão piora quando ele liberta os prisioneiros.

Ato II[editar | editar código-fonte]

Renaud garante a um dos resgatados que seu coração está a salvo das palavras de Armida, mas esta faz com que demônios disfarçados de ninfas e pastores façam-no cair num sono profundo. Ela aproxima-se dele para matá-lo, mas, em vez disso, apaixona-se.

Ato III[editar | editar código-fonte]

Tendo dominado Renaud por meio da feitiçaria, Armida vê-se, por sua vez, dominada pelo amor irreprimível. Implora ao espírito do Ódio para curá-la, mas, quando ele vai atendê-la, ela reconsidera e o expulsa. O Ódio então a condena a amar eternamente.

Ato IV[editar | editar código-fonte]

Os companheiros de Renaud tentam resgatá-lo, mas são ludibriados pelos ardis de Armida.

Ato V[editar | editar código-fonte]

Após uma cena de amor no palácio encantado de Armida, ela parte. Os companheiro de Renaud chegam e quebram o feitiço. Antes que partam, Armida volta e, vendo que não consegue reter Renaud, pede para ser levada como cativa, a fim de estar a seu lado. Renaud, comprometido com a Glória e o Deveer, recusa. Condenada pela maldição do Ódio, Armida parte numa carruagem voadora enquanto demônios destroem seu castelo.

Papéis[editar | editar código-fonte]

  • La Gloire (soprano)
  • La Sagesse (soprano)
  • Armide (soprano) Marie Le Rochois
  • Aronte (bass)
  • Artémidore (tenor)
  • La Haine (tenor)
  • Hidraot (bass)
  • Phénice (soprano)
  • Renaud (haute-contre) - Louis Gaulard Dumesny
  • Sidonie (soprano)
  • Ubalde (bass)

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. «Armide». Biblioteca Nacional da Alemanha (em alemão). Consultado em 17 de dezembro de 2019 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]