Assembleias de Deus nos Estados Unidos

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General Council of the Assemblies of God USA
Logotipo das Assembleias de Deus nos EUA.
Classificação Cristã Evangélica
Orientação Pentecostal
Política Mistura de Presbiteriano e Congregacional[1][2]
Líder Doug Clay[3]
Associações Assembleias de Deus, Igrejas Pentecostais/Carismáticas da América do Norte e Associação Nacional de Evangélicas
Área geográfica Estados Unidos
Fundador Vários pastores
Origem 1914 (110 anos)
Hot Springs, Arkansas
Separações Igreja de Deus em Cristo, (1914)
Congregações 12.749 (2022)[4]
Membros 1.701.503 membros oficiais e 2.928.143 aderentes (2022)[4]
Site oficial ag.org

O General Council of the Assemblies of God in the United States of America (em português: Concílio Geral das Assembleias de Deus nos Estados Unidos da América) ou Assembleias de Deus nos EUA, AG) é uma associação cristã evangélica pentecostal de Igrejas dos Estados Unidos. Fundada em 1914 durante um acampamento de ministros pentecostais em Hot Springs, Arkansas, ela foi a nona maior denominação americana em 2010 com uma membresia de 2.9 milhões de pessoas.[5] A Assembleia de Deus nos EUA é o ramo norte-americano da Assembleia de Deus, a maior organização pentecostal do mundo.

A Assembleia de Deus sustenta uma teologia arminiana, evangelical e conservadora como expressado na Declaração de Verdades Fundamentais e sua posição em artigos, que enfatizam as doutrinas pentecostais como o Batismo no Espírito Santo, glosolalia, cura divina e a Segunda vinda de Cristo.[6][7]

História[editar | editar código-fonte]

Origem[editar | editar código-fonte]

Aventura Hall, Universidade do Sudeste em Lakeland (Flórida).

Nos Estados Unidos surgiram várias congregações pentecostais independentes, desde o avivamento da rua Azuza, em 1906. Em 1907, Charles Harrison Mason, co-fundador da Igreja de Deus em Cristo, foi para Los Angeles para investigar o Reavivamento da Rua Azusa.[8] Durante sua visita, afirmou ter recebido o batismo do Espírito Santo e ter tido uma experiência de glossolalia. Ao retornar a Jackson, Mississippi, seu relato de sua experiência encontrou alguma oposição. Os líderes não concordaram que “falar em línguas” fosse um teste obrigatório do batismo com o Espírito Santo. Em 1907, na convocação da Igreja em Jackson, ocorreu uma divisão entre Jones e outros líderes sobre esta questão. Mason foi expulso por aceitar as crenças pentecostais e convocou uma reunião em Memphis no final do ano que deu início à reorganização da Igreja.

A partir de 1911, muitos ministros brancos afiliados à Igreja de Deus em Cristo expressaram insatisfação com a liderança afro-americana.[9] Em 1913, 353 ministros brancos formaram uma nova igreja, que deu credenciais próprias, embora ainda usando o mesmo nome (Igreja de Deus em Cristo). O grupo de ministros brancos liderado pelo Pastor E.N. Bell reuniu-se em uma Convenção, em Hot Springs, Arkansas, em 1914 e fundou as Assembléias de Deus.[10][11][12] Como resultado, houve a adesão de quase 500 ministros e a criação do General Council of the Assemblies of God (Concílio Geral das Assembleias de Deus), mais tarde sediado em Springfield, Missouri.

Incorporada durante a segregação racial em vigor no Sul americano, a Igreja proibiu a ordenação de ministros afro-americanos de 1939 a 1962.[13] Os afro-americanos que buscavam ordenação foram encaminhados para o Igreja de Deus em Cristo.

Estatísticas[editar | editar código-fonte]

Desde 1960, as Assembleias de Deus nos Estados Unidos divulgam suas estatísticas, com o total de membros e de "aderentes". Os aderentes são pessoas que frequentam os cultos, mas não são formalmente membros. Como a denominação adere ao credobatismo, só são considerados membros os adultos batizados, enquanto as crianças, filhos dos membros, são contados como aderentes.

Ano Igrejas Membros Aderentes
1960 8.233 508.602 -
1975 9.140 850.362 1.239.197
2000 12.054 1.506.834 2.577.560
2000 12.457 1.753.881 3.030.944
2006 12.311[14] 1.627.932 2.836.174
2008 12.377 1.662.632 2.899.702[5]
2016 13.023 1.818.941 3.240.258
2018 13.017 1.856.653 3.233.385
2019 12.986 1.810.093 3.295.923
2020 12.938 1.766.477 3.260.021
2021 12.830 1.683.579 2.932.466
2022 12.749 1.701.503 2.928.143[4]

Em 1960, a denominação relatou 508.602 membros, em 8.233 igrejas. Em 1975, tinha crescido para 850.362 membros, em 9.140 igrejas. Nesse ano, a denominação também afirmou o número de 1.239.197 de aderentes.

Em 2000, havia 1.506.834 membros, em 12.054 igrejas, com um total de 2.577.560 de aderentes.

Em 2010, havia 1.753.881 membros, em 12.457 igrejas, com um total de 3.030.944 de aderentes.

A denominação atingiu o seu número máximo de membros em 2018, quando relatou ser formada por 1.856.653 membros, em 13.017 igrejas e 3.233.385. Desde então, a denominação relatou declínio no número de membros em 2019, 2020 e 2021. Em 2022, o número de membros voltou a subir. O número total de aderentes chegou ao máximo em 2019, com 3.295.923 aderentes. Desde então, relatou declínio constantes.

O número máximo de igrejas foi relatado em 2016, com 13.023 igrejas filiadas. Desde então foi relatado declínio constante.

Em 2022, a denominação estimou ser formada por 1.701.503 membros, 2.928.143 aderentes e 12.749 igrejas.[4]

Estrutura[editar | editar código-fonte]

Superintendentes Geral[editar | editar código-fonte]

Antigo Superintendente Geral da AG Thomas Trask e esposa

O atual Superintendente Geral General do Concílio Geral é o Rev. Doug Clay tomou posse após o George O. Wood depois de dez anos deste à frente da superintendência.

As Assemblies of God apresentam algumas diferenças de sua coirmã brasileira: no tocante à administração, não existe o sistema de ministérios; cada igreja local é autônoma e não é subordinada a nenhuma outra, mas voluntariamente agrupam-se em presbitérios regionais, onde há igualdade entre todos e contam com a participação de representantes leigos. A congregação local entrevista e contrata o pastor, que é examinado e ordenado pelo Concílio Geral. Referente aos costumes, as Assemblies of God são integradas à sociedade americana, permitindo, por exemplo, que suas mulheres cortem o cabelo e usem calças compridas.

Referências

  1. Roozen, David A.; James R. Nieman, Editors (2005). Church, Identity, and Change: Theology and Denominational Structures in Unsettled Times. Grand Rapids, Michigan: William B. Eerdmans Publishing Company. p. 100. ISBN 0-8028-2819-1 
  2. Assemblies of God USA. "Welcome to Our Community".
  3. https://ag.org/es-ES/About/Leadership-Team/General-Superintendent.
  4. a b c d «Estatísticas das Assembleias de Deus dos Estados Unidos - 1960-2022» (PDF). Consultado em 8 de setembro de 2023 
  5. a b National Council of Churches (2010-02-12). "Catholics, Mormons, Assemblies of God growing; Mainline churches report a continuing decline". Visitado em 2010-03-08.
  6. «Assemblies of God Statement of Fundamental Truths». Assemblies of God. Consultado em 20 de junho de 2010. Arquivado do original em 25 de outubro de 2010 
  7. «Assemblies of God Position Papers». Assemblies of God. 2006 
  8. Samuel S. Hill, Charles H. Lippy, Charles Reagan Wilson, Encyclopedia of Religion in the South, Mercer University Press, USA, 2005, p. 203
  9. Vinson Synan, The Holiness–Pentecostal Tradition: Charismatic Movements in the Twentieth Century, (Grand Rapids, Michigan: William B. Eerdmans Publishing Company, 1997), p. 153–155, ISBN 978-0-8028-4103-2.
  10. Cecil M. Robeck, Jr, Amos Yong, The Cambridge Companion to Pentecostalism, Cambridge University Press, UK, 2014, p. 78
  11. «Church Of God In Christ (1907- )». BlackPast (em inglês). 28 de março de 2009. Consultado em 3 de setembro de 2022. Cópia arquivada em 6 de fevereiro de 2023 
  12. «Race and the Assemblies of God Church: The Journey from Azusa Street to the "Miracle of Memphis" By Joe Newman». Cambria Press. Consultado em 6 de fevereiro de 2023 
  13. Macchia, Frank D. (1995), «From Azusa to Memphis: Evaluating the Racial Reconciliation Dialogue Among Pentecostals», Pneuma: The Journal of the Society for Pentecostal Studies, 17 (2): 208, doi:10.1163/157007495x00192 
  14. «2008 Yearbook of American & Canadian Churches». The National Council of Churches. Consultado em 9 de dezembro de 2009 
  • Blumhofer, Edith L. Restoring the Faith: The Assemblies of God, Pentecostalism, and American Culture. Urbana, IL: University of Illinois Press, c. 1993
  • Menzies, William . Anointed to Serve: The Story of the Assemblies of God

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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