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Axantes

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Axantes
População total

acima de 5 milhões

Regiões com população significativa
Gana central
Línguas
Axante
Religiões
Cristianismo, Religiões tradicionais africanas, Islâmica
Grupos étnicos relacionados
Acãs, Fantes
Festival Akwasidae no palácio Manhyia em 2009.

Axantes[1][2] ou axântis[3] são um dos principais grupos étnicos da região de Axante, em Gana. Os axantes falam o axante, uma língua acã semelhante ao fante.

Antes da colonização europeia, os axantes desenvolveram um grande e influente império na África Ocidental. Posteriormente, desenvolveram o poderoso Império Axante e tornaram-se uma presença dominante na região.

Gana tem um terreno variável, costas e montanhas, florestas e savanas, exuberantes áreas agrícolas e quase desertos. Os axantes estão instalados na parte central de Gana nos dias atuais, a cerca de trezentos quilômetros da costa. O território é densamente arborizado, principalmente fértil e em certa extensão montanhoso. Há duas estações - o período chuvoso (abril a novembro) e a estação seca (dezembro a março). O terreno tem várias ribeiras; a estação seca, no entanto é extremamente desidratada. É quente durante o ano inteiro.

Hoje os axantes somam perto de 7 milhões de pessoas (cerca de 30% da população do Gana, falando axante, idioma integrante do grupo de línguas Níger-Congo.) Seu poder político tem flutuado desde a independência de Gana, mas continuam a ser amplamente influentes. O atual presidente ganense, John Agyekum Kufuor é axante. A maioria dos axântis residem na região de Axante, uma das regiões administrativas do país. Cumasi, a capital da atual região axante, também foi a histórica capital do Reino axante. Atualmente, a região de Axante conta com uma população de 3 612 950 habitantes, tornando-a mais populoso distrito administrativo de Gana.

Situados a nordeste de Cumasi, a capital da região axante, os edifícios tradicionais feitos de terra, madeira e palha, vulneráveis ao tempo e que constituem os únicos vestígios desta civilização, foram inscritos pela UNESCO, em 1980, na lista dos sítios considerados Património Mundial.

Referências

  1. VOC 2019.
  2. Silva 2014.
  3. Formas vernáculas registradas pelos dicionários Houaiss e Aurélio.
  • Silva, Alberto da Costa (2014). «6. A Costa do Ouro». A Manilha e o Libambo - A África e a Escravidão, de 1500 a 1700. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira Participações S.A. ISBN 978-85-209-3949-9 
  • «Axante». VOCLP – Vocabulário Ortográfico Comum da Língua Portuguesa. 2019 
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