Batalha de Monte Seleuco

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A Batalha de Monte Seleuco foi travada em 353 entre as forças do legítimo imperador romano Constâncio II e as forças do usurpador Magnêncio. As forças de Constâncio foram vitoriosas, e Magnêncio mais tarde cometeu suicídio.

Aconteceu em La Bâtie-Montsaléon, no departamento Altos Alpes, sul da França.

Antecedentes e batalha[editar | editar código-fonte]

Após a derrota na Batalha de Mursa Maior, em setembro de 351, o rebelde Magnêncio tentou restabelecer sua defesa ao longo dos Alpes orientais, baseando-se em Aquileia.[1] No entanto, ele alienou toda a Itália por seus massacres cruéis após a repressão da revolta debelada pelo usurpador Nepociano; revolta esta que o forçou a recuar ainda mais. Finalmente, Magnêncio se retirou em segurança para a Gália.[2]

O dilatório Constâncio, determinado a decidir a disputa por poder esmagador e não por velocidade, instigou os francos e os alamanos do outro lado do Reno a invadir os domínios do usurpador na Gália, enquanto despachava contingentes para conquistar a Espanha e a África.[3] Somente quando a frota imperial havia entrado no Ródano para capturar Lyon na retaguarda de Magnêncio - e quando chegaram as notícias de que seu irmão Decêncio fora sitiado em Sens pelos alamanos sob Conodomário [4] e que o norte da Gália rompera sua aliança - que Constâncio moveu-se contra o usurpador. [5]

Os exércitos se reuniram no Monte Seleuco, no atual departamento de Altos Alpes, perto de Gap, no sudeste da França. Constâncio, depois de um dia sangrento, foi novamente vitorioso, e Magnêncio, abandonado por sua guarda pessoal, tirou a própria vida em Lyon a 10 de agosto. [3]

Consequências[editar | editar código-fonte]

Constâncio II tornou-se o imperador indiscutível do Império Romano, o qual passou o inverno em Arles, comemorando simultaneamente o trigésimo aniversário da sua eleição como César e a derrota de seu inimigo.[6] Os ex-adeptos de Magnêncio foram cruelmente perseguidos, [7] e as atenções de Constâncio foram direcionadas ao arcebispo Atanásio, primaz de Alexandria, que além de se opor às opiniões teológicas do imperador, dera uma recepção favorável aos embaixadores do usurpador. [8]

Referências

  1. Edward Gibbon, The Decline and Fall of the Roman Empire, (The Modern Library, 1932), ch. XVIII., p. 595
  2. Gibbon, p. 596
  3. a b Gibbon, Ibid.
  4. Gibbon, chap. XIX., pp. 622, 626
  5. Gibbon, ch. XVII pp. 596, 597
  6. Nogueira, Adeilson. ConstÂncio Ii. [S.l.]: Clube de Autores (managed) 
  7. Gibbon, pp. 597, 598
  8. Gibbon, chap. XXI., pp. 705-7

Fontes[editar | editar código-fonte]

  • Edward Gibbon, The Decline and Fall of the Roman Empire, The Modern Library, 1932, New York
  • Byzantine Battles. (n.d.). Retrieved May 24, 2016, from Byzantine Battles: Battle of Mons Seleucus
  • Nogueira, Adeilson. ConstÂncio Ii. [S.l.]: Clube de Autores (managed)