Batalha de Saipan

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Batalha de Saipan
Parte da Campanha nas Ilhas Marianas e Palau, Guerra do Pacífico

Veículos anfíbios em direção à costa da ilha em 15 de junho de 1944. O USS Birmingham está em primeiro plano; o cruzador em atividade ao fundo é o USS Indianapolis.
Data 15 de junho9 de julho de 1944
Local Saipan, Ilhas Marianas
Desfecho Vitória estadunidense
Beligerantes
Estados Unidos Império do Japão
Comandantes
Richmond Turner
Holland Smith
Yoshitsugu Saito 
Forças
94 650 homens (71 034 na invasão) 31 629 homens (25 469 do exército e 6 160 da marinha)
Baixas
3 100 – 3 225 mortos
326 desaparecidos
13 061 – 13 099 feridos
25 144 mortos
5 000 suicídios
921 prisioneiros
7 000 – 8 000 civis japoneses mortos (a maioria de suicídio)
22 000 civis locais mortos
Tropas americanas nas praias de Saipan.

A batalha de Saipan, ou de Saipã, foi uma batalha da campanha do Pacífico durante a Segunda Guerra Mundial.[1] Fez parte de uma série de batalhas nas Marianas, opondo as tropas estadunidenses e japonesas que disputavam o controle das ilhas.

A batalha em Saipan teve início em 15 de junho de 1944 com o desembarque de tropas norte-americanas na ilha (Saipan é uma das três grandes do conjunto das Marianas), então ocupada por tropas japonesas sob o comando do general Yoshitsugu Saito, após pesado bombardeio naval norte-americano.[2] Apesar da destruição de diversos carros de assalto anfíbios por parte dos japoneses, ao fim do dia as tropas americanas desembarcadas já haviam assegurado uma cabeça de praia de 6 km de extensão e 800 m de profundidade e iniciado o avanço para o aeroporto da ilha, abandonado pelos defensores três dias após o início dos combates. Sem a possibilidade de reforço militar nem de mantimentos ou munição, a batalha era desesperançosa para os japoneses. No entanto, o general Saito resolveu defender a ilha até o último homem, espalhando as suas tropas pelas crateras vulcânicas do interior da ilha e pelo terreno montanhoso ao redor do Monte Tapotchau, escondendo-se durante o dia e realizando ataques localizados durante a noite. Estes apenas seriam expulsos e vencidos após duros e prolongados combates, onde os invasores norte-americanos foram obrigados a usar lança-chamas e artilharia pesada para destruir a resistência nas cavernas da ilha.

Um fuzileiro naval convence uma mulher chamorro e seus filhos a abandonar seu refúgio.

A 7 de julho, sem ter mais terreno para onde retroceder e se esconder, o comandante militar japonês ordenou um ataque suicida às tropas invasoras, da qual participaram civis japoneses da ilha, armados apenas de bambus afiados, que preferiam morrer a se tornarem prisioneiros dos ocupantes. Esta atitude deverá ter origem na propaganda de guerra nipônica, que descrevia os invasores como dominadores cruéis e primitivos.

Cerca de três mil homens remanescentes ainda aptos das tropas japonesas participaram do assalto final, seguidos por civis, feridos com bandagens, soldados apoiados em muletas e armados apenas de paus, avançando sobre dois batalhões de fuzileiros navais, matando ou ferindo 650 deles. Mas a desproporção de forças e armamentos se impôs e a 9 de julho a ilha de Saipan foi anunciada como tomada e considerada segura pelos comandantes americanos. O general Saito e seu estado-maior remanescente cometeram suicídio numa caverna, acompanhados de diversos outros soldados e civis por toda a ilha. Um capitão e quarenta de seu homens esconderam-se nas montanhas, rendendo-se apenas em 1 de dezembro de 1945, meses após o final da guerra.

Ao final da batalha, cerca de 22 mil civis estavam mortos, junto com quase toda a guarnição militar japonesa de Saipan, cerca de 30 mil homens. Para os norte-americanos esta foi a mais custosa batalha em vidas do teatro do Pacífico, com 14 mil homens mortos, feridos ou desaparecidos de um total de 71 mil que desembarcaram. Como resultado da derrota, o primeiro-ministro japonês Hideki Tojo renunciou ao cargo com todo seu gabinete.

Após a conquista, Saipan se tornou uma importante base da aviação norte-americana para as operações posteriores nas Ilhas Marianas e para a invasão das Filipinas em outubro de 1944, assim como base dos bombardeiros que atacavam e bombardeavam as cidades do Japão nos meses finais da guerra.

Referências

  1. «U.S. Army in World War II: Campaign in the Marianas, Ch. 5». United States Army Center of Military History. Consultado em 13 de outubro de 2006 
  2. Chapin, Captain John C. (1994). The Battle for Saipan. Washington D.C.: United States Marine Corps Historical Division. PCN 19000312300. Consultado em 7 de junho de 2014. Cópia arquivada em 11 de dezembro de 2008 
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